a partir de maio 2011

sábado, 16 de março de 2013

Inteligência é genética?


Por que algumas pessoas são mais inteligentes que outras?
 •  Marcus de Mario
Na tentativa de entender a inteligência, cientistas têm se dedicado a inúmeras pesquisas, notadamente no estudo do cérebro, pois partem do pressuposto que a inteligência é uma função neuronal, portanto, em ação na massa encefálica. Um fato, notadamente, intriga os cientistas: Por que algumas pessoas são mais inteligentes que outras? É intrigante porque a ciência considera que a inteligência nasce com o indivíduo, ou seja, ela é determinada, sendo que, com o tempo, a experiência e o conhecimento, existe um aprimoramento do uso da inteligência, ou seja, ela ganha maior capacidade de resolver problemas. Então a formulação da pergunta em moldes científicos: Se nascemos com nossa inteligência determinada, será que ela é, necessariamente, herdada, ou seja, será que ela é genética?
Cientistas americanos e ingleses (foram mais de 200 pesquisadores) concluíram em estudo levado a efeito com mais de 21 mil pessoas, que existe um gene que, se sofrer uma modificação no seu DNA, com a troca de uma molécula, o cérebro da pessoa será maior, havendo um ganho no QI (coeficiente de inteligência). Entretanto, o tamanho do cérebro é maior em apenas 3cm cúbicos, e a inteligência avança somente em 1,3%. Bem pouca coisa para uma conclusão que a inteligência está ligada à genética.
Como as pesquisas relacionadas ao cérebro não conseguem sanar as dúvidas dos cientistas, convidamos o leitor para analisar o tema a partir da consideração de ser a inteligência extrafísica, e o cérebro um instrumento do espírito, ou seja, partimos do conceito de sermos uma alma imortal, onde se localiza a inteligência, sendo o cérebro instrumento de manifestação dessa alma. É o que propõe o Espiritismo.
A visão espírita não descarta o determinismo intelectual, visto que a alma, ou espírito, traz para a encarnação tudo o que desenvolveu até então, ou seja, toda a inteligência adquirida, mas rejeita a hereditariedade genética, pois a inteligência não pertence ao corpo e não pode ser passada de indivíduo para indivíduo, ou em outras palavras, de pai para filho. Também o Espiritismo explica que tudo o que o espírito conquista é patrimônio inalienável, mas a cada encarnação ele privilegia o desenvolvimento desta ou daquela área, por exemplo, se foi muito dedicado às ciências exatas, pode agora vir para desenvolver aptidões nas ciências humanas.
A diferença intelectual entre as pessoas é facilmente explicada quando inserimos a lei de evolução que se processa através da reencarnação. Somos individualidades imortais destinadas à perfeição, mas o caminhar nessa direção e alcançar em maior ou menor tempo essa destinação, é de cada um, ou seja, cada espírito está num determinado grau de evolução, tanto intelectual quanto moral, daí as diferenças intelectuais e de aptidões. Isso também é acentuado pelo organismo biológico de que se serve o espírito, pois o corpo pode ser um entrave para sua manifestação intelectual plena. Nesse caso, o espírito pode ser muito inteligente, mas deficiências orgânicas podem limitá-lo na exteriorização dessa inteligência.
Lembremos que as deficiências orgânicas não acontecem por acaso, pois tudo tem sua razão de ser. Muitas vezes o espírito solicita passar por esta ou aquela prova, necessária ao seu progresso, planejando no processo reencarnatório enfrentar esta ou aquela condição menos favorável quanto ao organismo biológico. E ainda temos as expiações, sempre redentoras, quando o espírito, por ter infringido várias vezes a Lei Divina, acarreta para si consequências desequilibrantes para sua mente e seu perispírito (corpo espiritual), o que, invariavelmente, trará disfunções para seu corpo.
Seja como for, com o Espiritismo entendemos que a inteligência é patrimônio do espírito, sendo o corpo apenas seu instrumento de manifestação. Isso fica patente no fenômeno mediúnico, quando o espírito de um encarnado, parcialmente separado do corpo através da emancipação da alma, ou desdobramento, se apresenta através de um médium. Se em vida apresenta problemas para manifestar sua inteligência, emancipado do corpo o espírito nenhum entrave encontra para pensar, dialogar e resolver questões que, em estado de vigília não consegue. É que a inteligência pertence a ele, está na sua essência, independe da matéria corporal e mantém-se intacta. É o seu instrumento de manifestação que está com defeito, por isso que estudar o cérebro é estudar os efeitos e não a causa.
Se a inteligência fosse herdada geneticamente, de nada valeriam os esforços da educação para desenvolvê-la; no máximo a educação serviria para adestrá-la, pois seríamos totalmente dependentes de genes e suas modificações. Entretanto, é bom lembrar que somos seres pensantes dotados de razão e livre-arbítrio, e seria reduzir a bem pouco, o ser humano, considerá-lo um dependente químico de secreções neuronais intelectivas, como insistem os cientistas. Aliás, uma boa pergunta a ser respondida pela ciência é esta: Como neurônios, que são células orgânicas, conseguem pensar? Convidamos a comunidade científica a responder esta pergunta, não com hipóteses e teorias fantasiosas, e sem sair do terreno biológico. Se conseguirem, dando resposta satisfatória a todas as questões que envolvem a inteligência e sua manifestação, poderemos rever nossa posição espiritualista e “matar” a alma, mas estamos muito tranquilos, pois todos os fatos corroboram a tese espírita e, como dizem, contra os fatos não existem argumentos contrários possíveis.
http://www.oclarim.org/site/

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