a partir de maio 2011

sábado, 16 de março de 2013

... E a sociedade, "compete a nós"?


Seguir Jesus, não significa fugir do mundo, renunciar a tudo ou anular-se em clausura e recolhimento.
 •  Cláudio Viana Silveira
“... Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ‘Eles já não têm vinho.’ Respondeu-lhe Jesus: ‘Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou...” 1
Jesus e seu secretariado viviam junto ao povo, e essa era sua ferramenta predileta de trabalho. Em As Bodas de Caná, o Mestre revela-se um Rabi Social atuante, pois aí realizaria seu primeiro milagre. Jesus é sempre o roteiro mais confiável e, nessa passagem, mostra-nos que a sociedade convoca-nos e espera que nossas potencialidades também realizem milagres.
“... Seguir Jesus, não significa fugir do mundo, renunciar a tudo ou anular-se em clausura e recolhimento. A magna proposta exarada por Jesus, neste aspecto, é que o indivíduo ‘esteja’ no mundo sem, no entanto, ‘ser’ do mundo, numa possível e fraternal convivência...” 2
Essa sociedade, que nem sempre nos é amistosa, por apresentar riscos de toda sorte, é o campo ideal para travarmos nossas lutas. Os quadros chocantes que, por vezes, mostra-nos são próprios do degrau de cada parceiro: analisando-os, deveremos tirar o maior aproveitamento possível. Como um feixe de varas, fortificar-nos-emos nessas batalhas, teremos a oportunidade de intercambiar nossas aptidões, trocar talentos. Escancara-se, dessa forma, a porta para uma progressão emparelhada.
O cabedal intelectual e moral que porventura tenhamos amealhado, deverão possuir destinação, funcionando como um ateliê à disposição da sociedade. Capacidade de contagiá-la: esse o nosso grande desafio e responsabilidade junto a ela.
Quantas vezes somos convidados a comparecer em aniversários, formaturas, casamentos e procuramos várias desculpas para furar? Ignoramos, inconsequentemente, todas as dificuldades que o organizador desses eventos enfrentou, no percurso de sua elaboração, até o convite chegar-nos às mãos.
Por outro lado, quando a eles comparecemos, muitas vezes à custa de vários sacrifícios, constatamos a alegria estampada no rosto do homenageado e, imediatamente, essa euforia contagia-nos; contabilizamos, então, decisões acertadas.
Comemorar nosso aniversário, comer uma pizza com amigos, brindar com vinho ou champanhe uma data marcante, participar, com um papo animado de uma roda de chimarrão, na orla, escutar uma boa música e até sacudir o esqueleto, são atividades simples de nosso dia a dia às quais não poderemos nos furtar que precisam ser consideradas e que são verdadeiras recargas para as nossas vidas em trânsito nesta Esfera de Aprendizado.
Vivemos, em nosso Balneário, uma época sui generis e de exposição. Nossas duas casas estarão invadidas por visitantes, parentes ou nem tanto e precisaremos estar blindados e convivendo inteligentemente com linguajares um tanto chulos e atitudes mais estranhas que de costume.
“Não se cresce intimamente sufocando a espontaneidade, as energias inatas ou adotando um comportamento social de intolerância, mesclado a uma aparência santificante...” 3
Portanto, a sociedade não só nos compete como é chegada a nossa hora de aproveitarmos as chances com as quais ela nos oportuniza, diariamente, visto que “estar no mundo é utilizar-se de todas as possibilidades que ele oferece, de maneira sábia e comedida, com critério, racionalidade e bom-senso...” 4

Bibliografia
1. João, II, 1-4;
2. SCHUTEL, Cairbar. Horizontes das Profecias.
3. CATHERINE, Lourdes. Conviver e Melhorar.
4. SCHUTEL, Cairbar. Horizontes das Profecias.
http://www.oclarim.org/site/

Nenhum comentário:

Postar um comentário