a partir de maio 2011

domingo, 5 de agosto de 2012

Jejum

 

Autor: Hugo Lapa (Atendimento com Terapia de Vidas Passadas)
O jejum pode ser definido como a prática de se abster quase completamente ou completamente de alguma coisa, mais especificamente de comida. Durante o jejum os praticantes param de ingerir qualquer tipo de alimento e optam em beber apenas água, como forma de limpar o organismo. Os objetivos de uma pessoa que decide fazer o jejum podem variar muito, desde manifestações sociais e políticas, como exigir direitos, atrair a atenção para uma causa, reivindicar melhorias sociais, a motivos puramente religiosos, místicos ou depurativos. Há também o jejum que busca o emagrecimento, a saúde e o bem estar, além do jejum feito apenas como uma dieta mais radical, a fim de perder peso rapidamente, ou apenas por simples vaidade e culto ao corpo. Esse último, obviamente, não nos interessa aqui neste artigo.
O jejum ainda é uma prática desconhecida em seus efeitos positivos e infelizmente pouquíssimo recomendada pela classe médica. Apesar disso, ele está presente em muitas religiões e tradições antigas, embora na maioria dos casos as pessoas busquem realizar o jejum religioso por uma obrigação dogmática e ritual.
Um dos jejuadores mais conhecidos e respeitados da História foi Gandhi. O mahatma utilizava o jejum principalmente para realizar manifestações políticas, mas também dizia que, com o jejum, era possível obter benefícios muito significativos para a saúde e a vitalidade do organismo. Dizem que ele fez 17 jejuns ao longo de sua vida, seja para se solidarizar com pessoas que passavam fome, ou como meio de mobilização das massas contra a violência e ou também visando a depuração orgânica.
Em seu último jejum, que durou mais de 20 dias, Gandhi tinha o objetivo de parar definitivamente com a guerra civil que se instalara na Índia após a queda da dominação secular inglesa. Depois desse longo jejum, o mahatma foi examinado por vários médicos, e estes identificaram em seus sinais orgânicos sinais claros de muita saúde. Logo após o seu assassinato, outra comissão de médicos foi avaliar sua saúde, e relataram que, apesar de seus 77 anos de vida, ele tinha uma condição orgânica tão saudável quanto um jovem de 33 anos. Os médicos concluíram que a única explicação para esse fato eram os constantes jejuns que ele se propunha a realizar. O arauto da não-violência disse certa vez: “Para mim nada mais purificador e fortificante que um jejum”. Gandhi sabia bem o que estava dizendo, pois tinha bastante experiência em jejuns. Disse também que “Jejum para purificar a si mesmo e aos outros é uma antiga regra que durará enquanto o homem acreditar em Deus”.
Jejum no Cristianismo
Muitos livros sagrados das religiões valorizam o jejum como prática de entrega espiritual, oração e purificação física, mental e espiritual. Na Bíblia encontramos muitas referências ao jejum, sendo a mais importante o jejum de Jesus, que permaneceu 40 dias e 40 noites em jejum no deserto, antes de ser tentado pelo “demônio” nas famosas três tentações. No Novo Testamento está escrito: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome” (Lucas 4:1-2). Ou seja, Jesus passou 40 dias no deserto sendo tentado pelo demônio, e durante estes quarenta dias nada comeu. E somente após terminado o período de quarenta dias e as tentações, teve fome. Jesus passou pelo jejum e logo depois pelas tentações como preparação para a sua missão na Terra.
Vemos com isso que o jejum possui um papel central no cristianismo, como um treinamento para alguma realização espiritual considerável. Inclusive, numa das tentações, Jesus disse “Nem só de pão viverá o homem” (Lucas 4,4). Com isso Jesus quis dizer que o ser humano não deve preocupar-se apenas com a vida material e suas necessidades, mas também e principalmente com seu desenvolvimento espiritual.
Na Bíblia há outras referências sobre o jejum, algumas vezes transmitindo a ideia de que a abstenção de comida pode permitir uma maior concentração nos assuntos divinos, em nosso crescimento espiritual e no contato com Deus. Além de Jesus, outros personagens bíblicos importantes também jejuaram, como Moisés, Elias, Ana, Davi, João Batista e seus discípulos, além dos Apóstolos. Tendo isso em vista, não é difícil concluir que o jejum teve um papel central no cristianismo, já que os maiores personagens cristãos da história fizeram ao menos um jejum com objetivos espirituais.
Por exemplo, Moisés Fez um jejum de 40 dias, assim como Jesus, e durante os 40 dias em que nada comeu diz-se que teve uma experiência espiritual onde entrou em contato com Deus. Lemos em Êxodo (34,28) “E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos”. Esse trecho dá a entender que Moisés fez o jejum e graças ao estado de consciência alcançado durante o jejum pôde falar diretamente com o senhor e escrever as tábuas da Lei.
Outro profeta que teria praticado o jejum, e também por 40 dias, foi Elias. Vemos escrito em 1 Reis (19,8): “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”. Isso significa que durante os 40 dias de caminhada, Elias não teria se alimentado de coisa alguma, e mesmo assim conseguiu cruzar um longo caminho até Horebe num período de 40 dias. Logo depois, chegando ao monte Horeb, Elias entrou numa caverna e, ainda em jejum, teria ouvido a voz do Senhor falando com ele. Tanto Jesus como Moisés e Elias teriam jejuado por 40 dias. Será que o número 40 possui um significado especial para se fazer jejuns? O fato é que Jesus, Moisés e Elias tiveram o que podemos denominar de fortes experiências espirituais durante ou após os 40 dias de jejum. No caso de Jesus, ele foi provado pelo demônio, e conseguiu sair vitorioso. Já Moisés e Elias ouviram uma voz espiritual e tiraram algum tipo de revelação importante deste episódio. Diante destes fatos fica claro que o jejum foi um meio essencial para que os principais profetas bíblicos entrassem em contato com o mundo espiritual e recebessem dele alguma graça, inspiração, revelação especial ou experiência mística com o divino.
Encontramos também na bíblia vários usos diferentes para o jejum, como a fortificação de uma súplica, a evitação ou banimento de um castigo, a diminuição da ira de Deus sobre si mesmo, a penitencia pelos nossos pecados (um dos mais comuns até hoje), dentre outros (Bauer, 1994). Em Atos (13,2) vemos que os cristãos primitivos também adotaram o jejum em conjunto com orações. Os apóstolos também jejuaram (II Corinthius 6,5), assim como o apóstolo Paulo (II Corinthius 6,5). O apóstolo Paulo, inclusive, jejuava com frequência (II Corinthius 11,27).
Fora da Bíblia, Tertuliano, no século II e III D. C., autor prolífico do cristianismo primitivo e pai da Igreja Africana, pregava sobre os benefícios espirituais do jejum e situava essa prática como pertencente aos mais destacados cristãos (Roy Strong, 2002). Os antigos padres renunciantes do deserto também utilizaram o jejum e outros tipos de abstinência em suas práticas espirituais.
Jejum em outras religiões
O jejum é uma prática freqüente e valorizada em várias outras religiões. No judaísmo o jejum está presente no Yom Kipur, onde os judeus se abstêm de alimentos e se entregam a orações fervorosas por 25 horas seguidas. Este é um momento de se fazer pedidos especiais a Deus e expiar os pecados através do jejum. No Islamismo vemos a seguinte passagem recomendando o jejum: “Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados, para que temais a Deus.” (2:183)”. A abstinência no islã não é apenas de comida, mas também de bebida, sexo, cigarro e gestões obscenos. Os muçulmanos jejuam obrigatoriamente no mês de Ramadã, o nono mês do calendário islâmico. Imam Al Báquir disse o seguinte “Deus prescreveu o jejum para que o rico sinta a aflição da fome e sinta pena do pobre”. Nesse ensinamento vemos o significado social do jejum; uma forma do rico sentir o que o pobre sente e se solidarizar com ele, ajudando-o em suas necessidades mais básicas, que todos possuem.
No Budismo, o jejum de Buda durante suas práticas ascéticas também é bastante conhecido. No caso de Buda, o jejum acabou sendo taxado como algo desnecessário e perigoso, assim como outras práticas relacionadas ao ascetismo. Porém, o jejum de Buda não foi simplesmente um jejum, mas um período prolongado de várias práticas que acabaram por enfraquecer sua resistência física e entorpecer sua mente e consciência. Assim, o jejum como abstinência de alimentos para fins de saúde, bem estar e práticas espirituais não são repudiados pelos budistas, mas sim as práticas que levam ao abandono completo das necessidades do organismo onde se deixa o corpo e a mente enfraquecidos e doentes.  No Budismo o jejum é encarado como uma prática que visa diminuir os apetites, desejos e demandas do corpo a fim de que a mente e a consciência fiquem mais livres para seguir um caminho meditativo. Geralmente a forma de praticar o jejum varia de escola para escola. No Budismo tibetano os jejuns são comuns, e muitas vezes motivados para se expandir os poderes inerentes à prática da yoga tibetana. No Budismo Theravada e Tendai a intenção é a libertação da mente das impurezas de pensamento e desejos.
Nos cultos pagãos não há um dia ou mês determinado e universal como obrigatório para o jejum. No entanto, alguns ramos do paganismo costumam jejuar na preparação do festival de Ostara (Equinócio de Primavera). Esse jejum pode ser de redução da comida ou de abstinência total de qualquer alimento.
O Hinduísmo é uma das religiões que mais frequentemente realiza jejuns. Os hindus acreditam que o jejum promove a diminuição dos desejos e apegos associados às necessidades do corpo e ativa a consciência espiritual. O autocontrole através do jejum, assim como a limpeza corporal são justificativas para a prática entre os hindus. Apesar do Hinduísmo ser um conjunto de crenças muito vasto, profundo e diversificado, o jejum é uma prática regular em vários dos seus segmentos. Na Yoga, o jejum prolongado faz parte de tapas, que são práticas de purificação física. George Feuerstein, um dos maiores pesquisadores sobre a yoga do mundo diz que “O jejum (upavâsa) e a dieta (ahârâ) são dois importantes meios yogues de purificação. Há muito tempo se sabe que o jejum é um meio muito eficiente para a indução de estados alterados de consciência. A abstinência de alimento muda a composição química do sangue, o que tem inevitavelmente um efeito sobre a mente”.
O objetivo do jejum na maior parte das filosofias orientais é “tirar o corpo do caminho” e deixar que a mente possa ascender a níveis superiores de consciência. Seria como o balão com um peso extra. O peso que o balão carrega é simbolicamente o corpo físico, e a mente é o gás aquecido no balão. O jejum seria uma forma temporária de eliminar um peso extra e assim permitir que a mente suba às alturas espirituais.
Personagens Históricos e o Jejum
A despeito do escasso conhecimento do público, o jejum era praticado e incentivado por muitos dos personagens históricos mais aclamados de várias épocas. O jejum era praticado e tido em alta conta em muitas culturas antigas, pelos mais importantes pensadores e líderes dos muitos povos da humanidade. Na Grécia antiga, Demócrito também teria realizado um jejum de 40 dias, assim como Jesus, Moisés e Elias. Pitágoras era outro defensor do jejum. Não apenas defendia o jejum, como exigia que seus alunos jejuassem por 40 dias antes de aceita-los como tais. Diz-se que o próprio Pitágoras realizou um jejum de 40 dias. Pitágoras dizia que o jejum ajudava uma pessoa a pensar melhor e a mente ficava mais clara. Mas não só isso: através do jejum, a consciência se purificava e, nessa condição, conseguia assimilar adequadamente alguns de seus ensinamentos. Assim como Pitágoras, temos também Sócrates que afirmava ser o jejum uma abertura de caminho para se compreender mais plenamente os mistérios da vida. Platão dizia o mesmo,  e também Aristóteles e Plutarco.
Benefícios do Jejum
Os benefícios do jejum já foram atestados por uma ampla gama de casos de pessoas que se submeteram a períodos longos ou curtos de jejum. Muitas experiências científicas sugerem os profundos efeitos positivos que o jejum proporciona ao ser humano. Esses benefícios não se restringem ao nível do organismo físico em purificação e saúde. Eles se estendem até os níveis emocionais, mentais e espirituais. Para quem acredita nos benefícios espirituais e deseje aproveitar os resultados que o jejum promove, vale a pena levar a cabo um jejum com finalidades religiosas ou místicas, e usufruir destas dádivas.
Todos estes benefícios, ou foram comprovados cientificamente, ou são atestados por vasta experiência dos jejuadores espalhados por todo o mundo. Há uma tradição milenar que fala sobre a prática do jejum e seus benefícios. Mesmo antes de se pesquisar cientificamente o jejum, os antigos já vislumbravam a maior parte de seus efeitos positivos, pois sentiam esses resultados de forma direta nas próprias experiências que tinham com o jejum.
Hoje em dia o jejum é inserido em vários centros de tratamento ao redor do mundo. Há estabelecimentos hospitalares em vários países que utilizam o jejum com base terapêutica.  Podemos citar os centros nos países escandinavos, na Alemanha, França, Suíça e outros que tratam o jejum como fonte de bem estar terapêutico e capaz de tratar várias doenças. Nos Estados Unidos há o centro liderado pelo Dr. Shelton, responsável por orientar nada mais nada menos do que 50.000 jejuns (Do livro: Nutrição e Doença, Carlos Eduardo Leite).
E quais seriam os grandes benefícios do jejum? Vamos descrever resumidamente esses benefícios, para que o leitor tenha conhecimento sobre o assunto, e possa se motivar a praticar ele mesmo um ou mais jejuns restauradores:
Aumento significativo da energia: Esse é um dos mais importantes benefícios que o jejum pode trazer aos seres humanos e aos animais. Logo após um jejum curto ou mais longo, nosso organismo sente-se regenerado, restaurado e descansado após um período mais extenso de descanso de algumas de nossas funções orgânicas. O aumento da energia e da disposição física e mental é um dos mais patentes benefícios do jejum, visto que nos sobra mais energia para desempenhar nossas tarefas rotineiras e isso permite que nossa vida se torne muito mais simples e agradável. Os seres humanos quase não têm noção do “peso” que carregam todos os dias por conta de uma alimentação intoxicante e desregrada. O jejum pode aumentar nossos níveis de energia e permitir maior mobilidade em nosso dia a dia.
Bem estar geral: Um jejum mais longo ou vários jejuns são responsáveis pela sensação generalizada de bem estar. Isso ocorre basicamente graças ao seu poder depurativo, que traz o alívio de vários sintomas orgânicos, como dores, desconfortos, enfermidades, impurezas no sangue, mau funcionamento de órgãos, etc. O bem estar geral é o resultado de uma melhora acentuada no estado geral de saúde e equilíbrio do organismo. A melhora na saúde física é bastante presente após um ou mais jejuns. Isso ocorre em decorrência de vários fatores, um deles é o que cientificamente se chama de efeito natriurético ou natriurese, que significa o processo de eliminação de altas quantidades de sódio acumulado nos rins. O jejum ajuda na homeostase do organismo e proporciona uma regeneração física muito profunda. O “médico interior” é despertado em toda a sua plenitude num jejum médio e longo, e permite a regeneração do corpo, dos tecidos e até a cura de doenças graves. Além de ser econômico, posto que não precisamos gastar dinheiro com comida em períodos de jejum, o bem estar físico após um prolongado jejum é uma das sensações mais maravilhosas que o ser humano pode ter no corpo físico.
Alívio de sintomas psíquicos:  Esse fato pode surpreender alguns, mas já foi demonstrado que o jejum pode em muito contribuir com o alívio e a diminuição de sintomas psicológicos leves, moderados e graves, como a depressão, a ansiedade, o transtorno de pânico, o estresse, etc. Obviamente que em muitos casos o jejum ou vários jejuns não substituem a ajuda psicológica especializada, mas mesmo assim pode ser um grande aliado a psicólogos, psiquiatras e psicanalistas no trato de questões emocionais graves e profundas. O jejum torna as pessoas mais leves, tranqüilas, pacíficas, relaxadas, descontraídas, serenas, espontâneas, etc. Os benefícios psicológicos decorrentes do jejum podem, em alguns casos, dissolver núcleos emocionais problemáticos de forma total ou parcial, e dispensar a medicação alopática antidepressiva, ansiolítica, analgésica, etc. Praticamente todas as pessoas que praticam jejuns regulares mantendo uma alimentação regrada e um estilo de vida saudável são pessoas alegres, tranqüilas, espontâneas e livres.
Perda de peso, emagrecimento: Este é obviamente o benefício que mais atrai o ocidental médio de nossa época. A perda de peso associada a estética física é hoje quase uma exigência social para sermos aceitos em determinados círculos. Claro que não devemos jamais realizar o jejum apenas por uma questão de estética, ou para corresponder as cobranças que a sociedade nos impõe. A obesidade é hoje um problema crônico em nossa sociedade. Cada semana vemos o aparecimento de uma nova dieta “milagrosa” divulgada pela mídia. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que a maior parte dessas novas dietas são apenas marketing e poucos resultados trazem para aqueles que desejam perder peso. O emagrecimento proporcionado pelo jejum permite maior mobilidade corporal e energia, já que o excesso de gordura é eliminada e ficamos mais leves. Por outro lado, a principal vantagem do emagrecimento é o ganho em saúde e bem estar. Nesse sentido o jejum se configura como o mais rápido e eficiente meio de emagrecer e recuperar a saúde. Um jejum prolongado, ou vários jejuns ajudam a diminuir drasticamente a fome e também a vontade de saborear alimentos. Por esse e outros motivos, é mais eficiente que as dietas ocidentais midiáticas. Porém, de nada adianta adotar o jejum com frequência e no intervalo entre um jejum e outro não se consolidar sérias modificações em nossa alimentação e estilo de vida. Poucos serão os resultados daqueles que fazem jejuns e logo depois voltam a comer besteiras e a manter hábitos prejudiciais, como o sedentarismo. Os jejuns devem sempre vir acompanhados de uma transformação profunda do nosso estilo de vida, caso contrário, será apenas uma melhora passageira.
Rejuvenescimento: Tanto as pesquisas científicas quanto as pesquisas empíricas de pessoas independentes sem uma constatação científica atestam claramente que o jejum contribui para a redução do envelhecimento do corpo físico, além de dar claros sinais de um rejuvenescimento dos praticantes. Isso pode ser confirmado não apenas pela experiência dos jejuadores, mas também por experimentos científicos realizados por pesquisadores de várias partes do mundo. Os doutores Carlson e Kunde do Departamento de Fisiologia da Universidade de Chicago avaliaram o organismo de um homem submetido a 14 dias de jejum. Logo após os 14 dias, por mais incrível que isso possa parecer, os dois cientistas constataram que os tecidos do jejuador encontravam-se em condições semelhantes a de um jovem de 16 anos de idade (Corassa, 2011). Já mencionamos as condições físicas de Gandhi após seus jejuns de mobilização social. Um dos médicos que o avaliou disse que “Apesar de seus 64 anos, de um ponto de vista fisiológico, o líder indiano era saudável como um homem de 40”. Outros experimentos realizados em laboratório, como o do Dr. C. M. Child, atestaram que animais em laboratório que ficaram períodos consideráveis sem alimentos viveram por períodos bem mais longos do que aqueles que alimentavam-se de forma normal. Eduardo Corassa, autor do livro “Jejum Higienista: a cirurgia da natureza”, com base em vários experimentos científicos, afirma que “A regeneração do corpo é produzida através da renovação diária de suas células e tecidos. Entretanto, o jejum acelera essa renovação de uma forma que pode ser considerada ‘parar no tempo’. Experimentos de laboratório demonstram que é mais como ‘voltar no tempo’ do que apenas ‘para-lo’. (…) Nada que o homem conheça é mais eficaz do que o jejum no processo de rejuvenescimento do organismo”.
Clareza Mental: Esse benefício do jejum é mais difícil de ser avaliado cientificamente, mas a experiência dos jejuadores demonstram fortemente que o jejum promove uma clareza mental maravilhosa. Nossa mente fica clara, limpa, sutil, aberta, livre e saudável, algo difícil de se traduzir em palavras. Neste âmbito, a melhor forma de sentir tal benefício é pela prática do jejum. É preciso dizer que, em jejuns mais longos, frequentemente ocorre de emoções reprimidas do passado virem à tona e aparecerem com nitidez à consciência. Isso ocorre por que, durante o jejum, o organismo vai purgando não apenas os tóxicos orgânicos, como também as toxinas emocionais que impregnam nossa mente. É possível que visões de cenas traumáticas invadam nossa mente com força, mas isso é apenas uma tentativa do nosso psiquismo de drenar, pôr para fora, fazer uma catarse, um expurgo de todas as impurezas que permeiam nosso corpo emocional. Caso a pessoa se mantenha firme e equilibrada, a libertação dos conflitos emocionais será profunda e duradoura.
A Falta de interesse da Medicina pelo jejum
Alguns podem se perguntar: se o jejum é algo tão positivo, por que ele não é reconhecido como prática médica oficial? Infelizmente, pelo fato de o jejum ser um método simples, natural, acessível, eficaz, que não pode ser patenteado pelas indústrias farmacêuticas e tampouco pode ser objeto de lucro de médicos e grandes corporações, os maiores centros universitários e hospitalares do mundo ainda fazem vista grossa para o poder terapêutico do jejum, e não querem inseri-lo nas práticas regulares dos hospitais do mundo. Não apenas o jejum, mas também outras formas de terapia natural e holística são rechaçadas pelas grandes corporações que não veem nelas possibilidade de exploração econômica. As indústrias farmacêuticas lucram com a doença das pessoas, e desejam que assim continue. Neste caso, só podemos lamentar o fato inconteste de que o dinheiro ainda fale mais alto do que a saúde e o bem estar da humanidade. Milhões e milhões de pessoas no mundo que sofrem das mais variadas doenças crônicas poderiam beneficiar-se sobremaneira de jejuns regulares e supervisionados em hospitais públicos por profissionais de saúde capacitados. No entanto, a máfia da saúde e o pesada ingerência das indústrias farmacêuticas sobre as práticas de saúde ainda ditam as regras que deverão ser seguidas pelas instituições.
Preparando-se para o Jejum
A maioria do público leigo acredita que o jejum é algo muito perigoso, e deve ser visto com uma cautela extrema, visto que ao menor sinal de complicação e desconforto deve ser interrompido imediatamente. Podemos dizer que há bastante exagero nestas crenças, e que os riscos do jejum são frequentemente superestimados pela população e também por boa parte da ciência atual. Obviamente devemos tomar alguns cuidados ao empreender essa prática, ainda mais tratando-se de pessoas com um organismo mais sensível, sedentário ou com idade avançada. Não devemos esquecer que há casos em que o jejum não é recomendado, como em diabéticos, que precisam se alimentar. O jejum que é feito com conhecimento de causa, e tomando-se todas as precauções assinaladas pelos especialistas, é perfeitamente seguro, e pode ser realizado pela maioria das pessoas sem qualquer preocupação com conseqüências letais para a saúde.
(HUGO LAPA)
Atendimento com Terapia de Vidas Passadas em São Paulo.
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