a partir de maio 2011

domingo, 10 de junho de 2012

Quinta volta de Alfredo Bastos



É impressionante a quantidade de pessoas que ainda se incomoda com o novo. O mais lamentável é que não se trata de um incômodo com um novo que seja maléfico, prejudicial, imoral ou não recomendável, e sim um novo que tenha como proposta o melhor entendimento entre as pessoas, o diálogo e a troca de idéias.
Assim tem sido em relação aos trabalhos de uma casa espírita que, sem esperar e sem planejar nada, recebe a visita de um espírito, numa mediúnica, que simplesmente propõe que encarnados e desencarnados dialoguem normalmente, descontraidamente, sem formalidades, sem rigores, sem censuras e absolutamente a vontade, como a vontade são os diálogos que nós encarnados travamos entre nós.
Gente, pelo amor de Deus, se a Doutrina Espírita nos ensina que os espíritos desencarnados são exatamente as mesmas pessoas que conviveram entre nós, que mantém os mesmos gostos, os mesmos sentimentos, os mesmos valores morais, o mesmo nível cultural e tudo exatamente como eram aqui com encarnados e cujo único diferencial é a ausência do corpo físico, que diabo existe na cabeça de determinados espíritas que não querem que a coisa seja assim?
Por que muitos espíritas ainda querem que os espíritos desencarnados sejam tratados como defuntos e que todos têm que chegar saudando com frases feitas tipo, “Que a paz de Jesus seja com todos”“muita paz meus irmãos”“eu não valho nada, sou um insignificante” e tudo isto que o igrejismo espírita inventou?
O espírito, que se identifica com o nome de Alfredo Bastos, comunicou-se novamente.
Desta vez o Seu João não foi à mediúnica. Ninguém sabe se ele estava doente ou o que foi. Mas a sessão abriu normalmente, sob a direção do Jarbas.

JARBAS – “Jesus, amado Mestre, iniciamos os trabalhos da noite de hoje, pedindo a sua proteção e a assistência dos espíritos amigos que sempre nos auxiliam. Ajudem-nos a ter discernimento para administrar as idéias com critérios lógicos, conforme nos sugere a amada doutrina espírita e que todos estejamos sintonizados no trabalho, com a responsabilidade e a seriedade que a doutrina nos recomenda. Como a sua permissão abrimo-nos para as manifestações dos nossos amigos espirituais”.
ALFREDO BASTOS – “Boa Noite, meus queridos amigos. Que estejamos todos em harmonia para administrarmos bem os nossos pensamentos.”
NEUZINHA – “Boa noite, Alfredo, a sua presença em nosso trabalho nos dá uma alegria enorme.”
LOURDES – “Boa noite, amigo Alfredo. Já quero logo começar lhe fazendo uma pergunta: Está de pé mesmo aquilo que você nos sugeriu, a primeira vez que veio aqui, quando disse que poderíamos perguntar tudo o que quisermos aos espíritos, sem censura e sem formalidades?”
ALFREDO – “Claro, Lourdes, não posso ser contraditório. Todavia quero combinar algumas coisas com vocês:
Percebo que tem havido uma simpatia do grupo para comigo, salvo algumas exceções que levam companheiros outros a preocupações, embora eu não veja razões para tal, e quero sugerir-lhes, como recomendação muito séria, para que nenhum de vocês se deixe levar por simpatias especiais a qualquer espírito para receber tudo quanto é mensagem e saírem propagando como se fossem verdades. A responsabilidade quanto ao conteúdo espírita é muito grande e toda vigilância é pouco. Repito o que já disse aqui: Não pretendo trazer verdade nenhuma, o que pretendo trazer são apenas sugestões para que vocês as utilizem apenas como informações a mais, que devem ser muito bem avaliadas, sob a luz de Kardec, para, aí sim, decidirem o que fazer com elas.
Não fiquem achando que pelo fato de me fazerem o centro das atenções neste trabalho, vocês não possam discordar de mim, não possam questionar e tenham que se submeterem ao que diz o mentor, pois que não sou mentor nenhum, sou apenas um amigo como qualquer um de vocês, com a diferença de não estar encarnado.
Noto que alguns de vocês alimentaram animosidades em relação ao seu João, pelas suas contestações verificadas aqui e pelas dificuldades que ele tem em aceitar as propostas que tenho sugerido.
Ele não está errado em discordar, questionar e defender os conceitos que acredita serem os certos. Afinal é um homem de 76 anos de idade, que está uma vida inteira ouvindo falar de Espiritismo de uma forma e não se pode exigir mudanças de conceitos e quebras de paradigmas assim de uma hora para outra, apenar porque surge um espírito numa mediúnica trazendo-lhe estilos totalmente estranhos ao que ele se acostumou a ver. É preciso dar tempo ao tempo porque esta é a marcha do processo evolutivo. Seu João não é único, como ele existem vários em todas as localidades.
Dito isto, estou a disposição para a nossa conversa da noite de hoje”.
CLOVIS – “Eu gostei muito de ouvir isto de você, meu caro Alfredo. Com uma colocação desta, logo no início dos trabalhos, você nos passa mais segurança ainda e mais confiança de que estamos diante de um verdadeiro amigo”.
NEUZINHA – “Eu também adorei ver você iniciar assim”.
ALFREDO – “Quero saber da Lourdes, que pergunta é essa que ela disse pretender fazer-me? Só espero que eu possa saber responder”
LOURDES – “Ah, que bom. Peço desculpas aos meus amigos e ao Alfredo pela pergunta que vou lhe fazer, porque pode até parecer perguntinha boba de espírita curiosa apenas. Quero dizer que estou curiosa, sim, pra saber o que quero saber. Não vou ficar dando uma de super espírita e ficando com orgulho bobo sem perguntar a um amigo, que se coloca a disposição para diálogo aberto e sem sofismas.
Alfredo. Eu e meus amigos aqui não temos a menor dúvida de que você é um espírito amigo, nos passa segurança e firmeza nas suas palavras e, por conseqüência, obviamente é um espírito que está bem consigo mesmo e deve viver em algum lugar muito bom na Pátria Espiritual.
Me fale onde você vive, como é a vida aí, se você vive no Nosso Lar, enfim, me desculpe, mas eu estou curiosa pra saber isto.”
 ALFREDO – “Que bom, minha amiga, ver pessoas tendo coragem e descontração de perguntar sobre isto numa reunião mediúnica.
Já é um diferencial, porque não se vê normalmente as pessoas conversando com os espíritos sobre isto. Mas vamos lá.
Amiga, depois que o André Luiz transmitiu a experiência dele, através do Chico, falando sobre o lugar onde ele vive, os espíritas passaram a entender que o Nosso Lar é o Céu espírita e que o Umbral é o inferno espírita.
Não consigo entender porque as lideranças deixam isto permanecer na cabeça dos espíritas durante tanto tempo e ninguém se dispõe a falar sobre o assunto, não se conversa com outros espíritos sobre o tema e ficam todos limitando o que devem e o que não devem conversar com os desencarnados.
Vou dar-lhes um exemplo: Vocês moram aqui na cidade de São Paulo. O que vocês acham de alguém que mora fora da Terra achar que só existe a cidade de São Paulo no Planeta?
Porque um de vocês, que mora em São Paulo, resolveu dar uma comunicação lá e falar como é São Paulo, teria sentido aquela civilização entender que só existe São Paulo no planeta Terra?
Por que não conversariam com outros espíritos para saberem sobre Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Quixeramobim, Feira de Santana, Brasília, Nova York, Londres, Tokyo e milhares de outras cidades que existem?”
NEUZINHA – “Então você quer dizer que no mundo espiritual tem várias cidades, né?”
ALFREDO – “Óbvio. É estranho ver espíritas, com mais de trinta anos de espiritismo, que vivem em Belém do Pará, por exemplo, acreditando que os seus entes que também viveram a vida inteira lá e que, depois de desencarnados, devem estar em Nosso Lar e tendo, necessariamente, que passar pelo Umbral. É natural que algum paraense pudesse residir em Nosso Lar, do mesmo jeito que paraenses encarnados vivem no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Bahia, mas achar que todos vão sair de Belém é algo que foge à racionalidade. O mesmo acontece no mundo espiritual. Imagine toda a população brasileira, de quase 200 milhões de habitantes, ter que se transferir para a cidade de Campos, no interior do Rio de Janeiro.”
CLÓVIS – “Estamos entendendo, Alfredo. Então com isto você está afirmando, implicitamente, que locais como o Umbral, relatado por André Luiz, existem inúmeros, assim como existem inúmeras penitenciárias?”
ALFREDO – “Exatamente isto, Clóvis. Vocês entenderam muito bem”.
REGINA – “Alfredo, meu irmão, deixe eu lhe pedir uma coisa, posso?”
ALFREDO – “Claro, Regina, pode falar”.
REGINA – “Não fale essas coisas por meu intermédio não, fique aí sempre com o Zé Siqueira, meu irmão, que eu vou lhe agradecer muito”
ALFREDO – “Por que, minha irmã? Você sentiu algum desconforto ao disponibilizar a sua mediunidade para mim?”
REGINA – “Não, meu irmão, não é isto não, muito pelo contrário, adorei trabalhar contigo, nunca me senti tão bem com um amigo espiritual, é que eu morro de medo disto que está acontecendo aqui. Ainda bem que esta semana aliviaram mais pra cima de mim, depois que você escolheu o Zé pra se comunicar, semana passada. O problema é que você trazendo essas informações novas, com certeza vão dizer que nós médiuns estamos querendo ser os novos Chico Xavier, incorporando um novo André Luiz... Vai ser um inferno na nossa vida. Eu estou aqui morrendo de pena do Zé Siqueira, a partir do momento que isto que você está dizendo aqui for publicado. Neuzinha, pelo amor de Deus, não diga isto para o Alamar não, eu te peço”.
NEUZINHA – “Eu vou dizer, sim, e não vejo a hora de passar tudo isto pra ele. Gente, nós precisamos parar com esse medo que está tomando conta de todos e assumirmos o que está acontecendo aqui.”
CLOVIS – “A doutrina espírita ensina-nos que a Lei de Deus está na nossa consciência, não é gente? Se estamos todos com a consciência tranqüila, diante do que está acontecendo aqui, o que temos a temer?”
LOURDES – “Clóvis tem razão, então eu vou continuar a fazer as minhas perguntas. Mas antes quero saber se vocês não têm perguntas a fazer para o Alfredo, que eu to adorando. Não quero monopolizar o trabalho”.
JARBAS – “Alguém tem alguma pergunta, então, a fazer ao nosso irmão?”
NEUZINHA – “Eu tenho, mas vamos deixar Lourdinha fazer a que ela já tem na ponta da língua, depois eu faço”.
LOURDES – “Alfredo, estamos mesmo na curiosidade de saber mais sobre o mundo espiritual. Nos filmes e nas novelas, quando mostram o mundo espiritual, sempre mostram aqueles lugares cheios de flores, carneirinhos, todo mundo vestido igual, como se fossem pijamas, todo mundo de branco, um monte de gente que parece que não tem o que fazer. É daquele jeito mesmo o local onde você vive?”
ALFREDO – “Não é nada daquilo, Lourdinha. O entendimento lógico e racional do Espiritismo é fundamental para que as pessoas não imaginem o mundo espiritual constituído por criaturas que não tenham o que fazer. Se assim fosse, seria como ensina a religião tradicional que diz que as pessoas, depois do juízo final, ficarão sentadas à direita de Deus, por toda a eternidade, sem fazer nada, o que contradiz em absoluto com a grandeza do nosso Pai que cria sempre.
Essa figuração de todo mundo vestido de branco, só atende ao paradigma inventado pelos espiritualistas que determinaram que espíritos bons têm que estar vestidos de branco, que leva a televisão e o cinema a atender esta exigência, visto que as pessoas passaram a entender assim. Mas não tem nada disto, as cores existem naturalmente, cada criatura com as suas preferências, inclusive pelo preto, do mesmo jeito que gostavam como encarnadas. As flores existem em multiplicidade de cores, as vestes das pessoas, as casas, os animais e tudo.
Quanto aos carneirinhos, é também pela existência da lã branca, mas também não condiz com a realidade. Existem os animais sim, naturalmente, mas todos com as mesmas cores que estamos a ver como encarnados”.
CLOVIS – “Por que outros espíritos não falam sobre essas coisas em reuniões mediúnicas?”
ALFREDO – “Porque os espíritas não perguntam.”
CLOVIS – “E por que eles não tomam a iniciativa de puxar o assunto?”
ALFREDO – “Porque certamente serão considerados como obsessores, já que os espíritas determinaram que não se pode conversar muito com espíritos, não se deve fazer perguntas aos espíritos. Vocês estão convivendo com a experiência de alguns, nesta casa, que consideram-me como obsessor, pela disposição que tenho em conversar com vocês com naturalidade”.
CLOVIS – “Mas a doutrina não nos ensina que devemos avaliar as mensagens dos espíritos pelo conteúdo?”
ALFREDO – “A doutrina ensina isto, sim, mas nem todo espírita entende o que significa isto”.
CLOVIS – “Mas uma coisa tão simples, tão clara e tão evidente que é analisar as comunicações pelo conteúdo. Qual a dificuldade que alguém tem em entender isto?”
ALFREDO – “É algo para vocês se perguntarem, entre si, porque de fato não faz sentido. Muitos espíritas adoram complicar coisas simples. Os paradigmas são terríveis, a partir do momento que inventaram que seriedade é cara fechada, todo mundo passou a entender que tem que ser deste jeito e muitos não fazem o menor esforço para mudar. Assim que inventaram a máquina fotográfica, estabeleceram que as pessoas deveriam ficar com a cara fechada, diante das câmeras e que ninguém deveria sorrir e assim ficou. Hoje, se alguém apresenta uma figura do Allan Kardec sorrindo, como se apresentassem também do Voltaire, do Mozart, do Barão de Mauá ou de qualquer personalidade da antiguidade, alguns ainda acham que é desrespeito à personalidade.
Imaginar que Allan Kardec não sorria, é carência de inteligência e de bom senso”.
FERNANDO – “Alfredo. Mas se os espíritos não se submetem às distorções do movimento espírita, por que eles não tomam a iniciativa de mudar o que é equivocado e conseqüência de paradigmas?”
ALFREDO – “Você e todos aqui ouviram a Regina pedir-me até pelo amor de Deus para que eu não me comunicasse através dela, para passar as informações que passei, quando fui perguntado. Isto demonstra o quanto os médiuns vivem com medo das pressões e das punições que recebem quando saem da rotina e do mesmismo.
Ainda que os espíritos tomassem a iniciativa, causar-lhes-iam problemas.
A realidade é que os médiuns vivem tensos, preocupados e sendo obrigados a exercerem uma vigilância que não é a vigilância moral e cautelosa que todo espírita deve ter e sim a vigilância de não se deixarem ir de encontro à cabeça pensante da casa espírita onde trabalham.
Agora mesmo, neste momento em que esta sessão é realizada, quando toda a concentração e atenção deveriam estar focadas nos assuntos que estamos conversando, para que ninguém seja influenciado por ensinamentos equivocados, percebo o quanto alguns aqui estão preocupados com os comentários que certamente ocorrerão durante a semana e até por possíveis retaliações a médiuns e trabalhadores.
Faz-se necessário abolir isto, definitivamente, da prática espírita. Médiuns e trabalhadores espíritas devem estar absolutamente tranqüilos, em paz, felizes e seguros, para que os trabalhos fluam com naturalidade e mais eficiência.
Não faz sentido espíritas viverem com medo dentro da própria casa espírita, pois que contradiz tudo o que ensina o Espiritismo.”
FERNANDO – “Eu concordo contigo. Inclusive antes do trabalho começar, a gente conversava com o Zé Siqueira, brincando, e dizia para ele começar a preparar o seu calvário, caso você aparecesse por aqui hoje. Não consigo entender por que isto acontece.”
NEUZINHA – “É verdade. Dona Regina tava tremendo, antes do trabalho começar”.
REGINA – “Eu não estava tremendo, Neuzinha, eu tava preocupada apenas”.
LOURDES – “E muito preocupada, Regina, eu vi, eu percebi. Mas a gente compreende”
ALFREDO – “Lamentavelmente esta é a realidade, queridos amigos, que compete aos espíritas resolverem, por não fazer sentido. Posso assegurar-lhes que exatamente por causa disto que a maioria das mediúnicas dos centros não fluem o quanto deveriam, não se vê novidades, novos ensinamentos, não se registram contribuições para o progresso da doutrina e, ao encerramento delas ninguém sai com tarefas a fazer, com estudos e pesquisas a realizar, porque nunca surge nada de novo. É uma pena.”
CLOVIS – “Creio que alguns dirão que a doutrina já está pronta, que livros diversos já existem para estudos e que esses ensinamentos nas mediúnicas não sejam necessários.”
ALFREDO – “O que quer dizer que não deveriam ser necessários os colégios e as universidades, porque os livros das matérias ensinadas existem à disposição nas livrarias”.
 JARBAS – “Meu irmão Alfredo, esta característica de se comunicar dessa forma que você defende, nas reuniões mediúnicas, é comum entre espíritos outros, é natural, é aceito pelos espíritos em geral?”
ALFREDO – “Posso assegurar-lhe que todos os desencarnados gostariam de continuar se comunicando com as pessoas do mesmo jeito que se comunicavam quando estavam encarnados, por isto, repito, é importante que os espíritas se conscientizem de que as pessoas chegam daí para cá trazendo as visões e os valores que sempre tiveram.
Um espírita que discorda deste tipo de comunicação na mediúnica, com certeza ao desencarnar continuará discordando do mesmo jeito e não vai se comunicar assim nunca, numa mediúnica. Vai começar as suas saudações com o tradicional a “paz de Jesus esteja com todos”, vai continuar dizendo que não vale nada, vai falar baixo, não vai dispor-se a responder tudo o que perguntarem, não vai deixar as pessoas a vontade para perguntar nada... Já que vê o sorriso como um desrespeito à casa espírita, vai continuar vendo desta forma e não vai sorrir nunca numa mediúnica.
Um evangélico quando desencarna, por muito tempo ainda vai achar que vocês estão fazendo macumba e servindo ao satanás com esta reunião e assim continuará sendo, porque ninguém muda os conceitos e a sua personalidade depois que desencarna. Mas isto se ele conseguir acordar, porque a maioria permanece no caixão, ao lado do corpo em decomposição, esperando pelo dia do juízo final.
Os espíritas precisam, finalmente, entender que os desencarnados são e serão sempre as mesmas pessoas que viveram na Terra, com toda a bagagem que tiveram.”
CLÓVIS – “Por que é tão difícil coisas tão óbvias e tão evidentes ser entendidas por todos os espíritas?”
ALFREDO – “Pelo comodismo natural que as religiões imprimem às pessoas. Ao Católico basta apenas conhecer o ritual da missa, que é a mesma coisa sempre e todo mundo sabe de cor, além de decorar umas seis rezas. Os que limitaram o Espiritismo a uma religião fazem exatamente a mesma coisa. Abrem o Evangelho, lêem uma página qualquer, escutam uma palestra sem muita necessidade de atenção ao seu conteúdo, tomam o passe e o copinho com água magnetizada e está cumprido o seu compromisso religioso.
Muitos comandantes de centros apenas ficam à frente desses rituais, repetindo-os por décadas e décadas e não saem disto.
Tudo o que é novo, lhes é estranho e parece perigoso.”
Mas quero encerrar a minha participação na noite de hoje. Agradeço pela oportunidade do diálogo e desejo uma boa noite a todos.”

E assim encerrou-se mais uma participação do amigo espiritual na noite daquela casa espírita.
É importante que todos observem alguns detalhes:
Em momento algum ele se disse mentor, muito pelo contrário, fez questão de deixar isto bem claro. Apelou pela atenção, pela coerência e pela lucidez de todos, para que não se deixem enganar por espírito nenhum. Relembrou a todos o direito de discordar. Apenas quis conversar com amigos, naturalmente, como todos eles conversam com amigos outros que ainda estão encarnados.
Se não é prudente e nem recomendável a um dirigente de casa espírita monitorar as amizades e os níveis de diálogos que os freqüentadores da casa têm com seus conhecidos, parentes e amigos encarnados, que sentido teria em monitorar a amizade com desencarnados?
Alamar, eu gostaria de ter um espírito assim, se comunicando no centro onde eu freqüento!!!
Uai, e porque não tem?
Alfredo Bastos não é nenhuma celebridade do mundo espiritual, não é primo do Arcanjo Miguel e nem de Gabriel, não é um Dr. Bezerra, não é nada disto, é um espírito como outro qualquer como os que certamente desejam se comunicar no centro onde você freqüenta... isto é, se não for um centro espírita que acha que mediúnica é uma tarefa só para atender a espíritos sofredores.
Tome a iniciativa você, de conversar naturalmente com os espíritos, no tom de voz natural e saia do mesmismo. Mas isto, se tiver certeza de que a direção da casa não vai lhe mandar para os quintos dos infernos, muito fraternalmente e com muito amor.
Amém.
 Para a apreciação dos amigos.
          Abração
                          Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e AINSF Dinastia

                         alamarregis@redevisao.net

                              www.redevisao.net
                            www.alamarregis.com

               www.partidovergohanacara.com
                    www.facebook.com/alamarregis2  
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário