a partir de maio 2011

domingo, 1 de abril de 2012

Pretos Velhos;por hugolapa


A figura dos pretos velhos são as que mais caracterizam a Umbanda. O preto velho é também chamado de “Pai Velho” em alguns locais. Os pretos velhos são entidades espirituais que, na maioria das vezes, em vidas passadas foram negros escravizados no Brasil. Eles se revestem de um corpo fluídico que lhes dá a aparência de negros e escravos. Diz a tradição da Umbanda que nem todos os pretos velhos foram negros escravos, mas que qualquer espírito pode se servir deste envoltório espiritual para representar a humildade e sabedoria. Isso ocorre por que, antes de serem ex-negros escravos, os pretos velhos são símbolos destas duas virtudes humanas: a humildade e a sabedoria.
É preciso lembrar que esses espíritos não existem no Candomblé. Eles são específicos da religião da Umbanda. Alguns centros espíritas também trabalham em conjunto com eles, geralmente em sessões de desobsessão. Os pretos são entidades muito calmas, pacientes, ponderadas, que ensinam e aconselham aqueles que os procuram. São exemplos da mais pura humildade; nunca dizem o que as pessoas devem fazer, apenas aconselham. Alguns adeptos fazem oferendas aos pretos velhos ofertando-lhes comidas, bebidas, velas, etc.
Estes espíritos aprenderam através do sofrimento da escravidão, foram submetidos as condições mais degradantes que se possa imaginar. Justamente por isso, após sua morte como escravos eles aprenderam lições espirituais valiosas, e por isso se dedicam a ajudar outras pessoas. Todo pesar e aflição que se viram envoltos acendeu uma luz em sua consciência que lhes despertou para os sentimentos mais sublimes e majestosos. Eles juraram usar a força espiritual que conquistaram para acolitar e acudir seus irmãos humanos ainda em sofrimento.
Rivas Neto, no livro “Umbanda: a Proto-Síntese Cósmica” afirma que os pretos velhos se revestem de uma vestimenta iniciática, e que apenas a minoria deles foi escravo no passado. Afirma que muitos ex-escravos que compõe os círculos ligados a escravidão no astral ainda conservam ódio e ressentimento diante dos senhores de escravos, e por isso ainda se mantém no astral inferior. Estes pretos velhos podem, no entanto, também se apresentarem como pretos velhos, mas suas palavras e ações são bem distintas da humildade e sabedoria que caracteriza os pretos velhos que trabalham para as hierarquias de luz.
Ainda segundo Rivas Neto, os pretos velhos pertencem a uma das três vibrações básicas da incorporação de espíritos. A primeira, que está ligada a uma ativação do chakra laríngeo, é a incorporação das crianças. A segunda, que se associa ao despertar do chakra da região torácico-abdominal, é conhecida como a incorporação dos caboclos. A terceira, que onde brilha com mais intensidade o chakra genésico (associado a base da coluna) é a linha de incorporação dos pretos velhos. Por este motivo, os pretos velhos fazem os médiuns se curvarem, pois a energia do chakra genésico impõe um dobramento do corpo do “cavalo” (médium). Na realidade, completa Rivas Neto, os pretos velhos, ou pais velhos eram originalmente espíritos que pertenciam a raça vermelha, a tradição ameríndia brasileira primitiva e preservada, e posteriormente vieram compor a matriz perispirítica da raça negra, apenas com a finalidade de adaptação.
Os pretos velhos muitas vezes são identificados como grandes magos brancos do passado. Por esse motivo, uma das funções que eles mais eficazmente realizam é a quebra de mandingas, feitiços, mau olhado, vodus, bozós, ou, como é mais conhecido, de trabalhos de magia negra.

(HUGO LAPA)
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