a partir de maio 2011

domingo, 1 de abril de 2012

Religião na Coréia;por hugolapa


A religião tradicional que compõe a fé dos coreanos é o chamado sinkio. De acordo com a tradição, esta religião não possui um nome formal, sendo considerada uma religião “sem nome”. Talvez aqui encontremos a ausência de qualificativos e rótulos para o conhecimento sagrado, um tema que está presente em várias outras tradições, como o Taoismo, onde o Tao é “aquilo que não tem nome”; e no Hinduísmo Brahma é o “inominável”. Por outro lado, muitos consideram a religião coreana como “animista”.
A religião da Coréia se fundamenta em cinco aspectos principais:
1)    O primeiro aspecto pode ser compreendido como uma relação entre o ser e o mundo, ou o eu e o cosmos. Neste aspecto, o homem se encontra em sintonia com o mundo, com todo o universo. Este parece ser o estado onde reina a harmonia e a perfeição no mundo. Esta condição é repleta de seres celestiais e espíritos dos elementos (água e terra). Aqui podemos fazer uma correlação com o mundo dévico, tal como ensinado em algumas correntes esotéricas, como a Teosofia, onde os anjos, os seres celestiais e de hierarquia superior habitam num cosmos de perfeição, onde não existe corrupção, morte, erros e ilusão. Os seres celestiais seriam os anjos e devas; e os seres ligados ao elemento água e terra (representado pelas árvores) podem ser associados, respectivamente, aos elementais da água (sereias) e aos elementais da terra (gnomos e duendes).
2)    O segundo aspecto aborda uma espécie de norma universal. Aqui entram as leis supremas representando um conjunto de regulamentos de conduta nos quais todos os adeptos devem se submeter. O mito de Tan´gun é destaque neste aspecto. Tan´gun é um ser mitológico que seria o fundador da nação coreana. Ele teria chegado do céu para viver entre os homens e trazer-lhes felicidade. Veio junto com 3.000 ajudantes e instituiu as leis que compõem o código moral da religião. Teria também ensinado aos seres humanos as artes, medicina, agricultura e outros conhecimentos. Pelo relato, parece que Tan´gun veio “do céu”. Talvez ele seja um dos representantes da teoria dos astronautas antigos, que afirma seres os deuses extraterrestres que visitaram a Terra num passado remoto. Alguns destes deuses vieram com propósito positivos, de ajudar a humanidade a se desenvolver e progredir. Outros, no entanto, vieram com objetivos mais egoístas.
3)    Este aspecto fala do destino do homem e do mundo. Neste aspecto a crença coerena admite uma interdependência entre o homem, a natureza e o mundo celeste. O modelo cósmico une estes três aspectos dentro de uma unidade comum, mas que se equilibra dentro da oscilação dos opostos, o yin e o yang. As forças opostas existem sempre e permitem a criação e a destruição de tudo, numa constante e periódica regeneração do mundo. A única coisa imutável é o modelo cósmico onde tudo isso habita.
4)    O quarto aspecto fala sobre a quebra, o rompimento dessa relação de harmonia e equilíbrio dentro do modelo cósmico e dos elementos que o compõe. O homem vive sua vida na tentativa de resgatar esse retorno a ordem cósmica perdida. Infelizmente, a tradição coreana prevê que esse retorno pode ser conseguido através do sacrifício ritual, o que se constitui como uma prática ainda primitiva e desconectada com a modernidade. O confucionismo, bem presente na Coréia, veio trazer o culto dos antepassados, que também é significativo na tradição coreana.
5)    O quinto aspecto fala sobre o Livro da Vida, o grande livro do cosmos, um tema presente em outras doutrinas esotéricas, como a Rosacruz. O livro da vida é um símbolo da leitura que todos os seres devem fazer da natureza para dela retirar a sabedoria e o modo correto de ser e estar no mundo. É por meio do livro da vida e sua correta interpretação que se torna possível entender os códigos celestes e viver em harmonia com o mundo.
Nos dias atuais, a antiga religião sinkio sofreu fortes influências do Budismo e do Confucionismo, e perdeu um pouco de suas origens, vindo a se adaptar a estas correntes de pensamento.

(HUGO LAPA)
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