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domingo, 24 de março de 2019

INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE

 por ANA MARIA TEODORO MASSUCI em 18 março 2019


Kardec, em "O Livro dos Médiuns" (2ª Parte, cap. XVIII, itens 221 e 222), esclarece que "a faculdade mediúnica é por vezes um estado anômalo, mas não patológico. Há médiuns de saúde vigorosa; os doentes o são por outros motivos".

O exercício da faculdade mediúnica, como outro qualquer, quando não disciplinado ou bem orientado pode ocasionar perigos e inconvenientes; a mediunidade de efeitos físicos, por despender maior quantidade de fluidos, se trabalhada continuamente, pode levar o médium à fadiga. No entanto, essa fadiga, facilmente recuperável com o repouso, diz respeito aos seus órgãos corporais e não ao seu Espírito.

"Há casos em que é prudente, necessária mesmo, a abstenção, ou, pelo menos, o exercício moderado, tudo dependendo do estado físico e moral do médium."

"Há pessoas que devem evitar quaisquer causas de superexcitação, e a prática mediúnica seria uma delas."

"Os médiuns muito sensíveis devem procurar abster-se das comunicações com Espíritos violentos, devido ao cansaço resultante" (LM, 2.a Parte, cap. XVI, item 188).

"Os médiuns velozes, quando identificados com os Espíritos, escrevem com muita rapidez, o que não seria possível em seu estado normal, despendendo assim grande quantidade de fluido, do que também resulta fadiga" (LM, 2ª.Parte, cap. XVI, item 194).

O desconhecimento da Doutrina Espírita leva algumas pessoas a julgar que a prática da mediunidade pode conduzir o médium à loucura. No entanto, isto não acontecerá, se não houver já uma predisposição para isso. Quando este fato acontece, o que facilmente se identifica pelas condições psíquicas e mentais da pessoa, deve,se procurar ter os cuidados necessários, para evitar qualquer abalo que seria prejudicial.

Muitas vezes, essa predisposição existente tem como causa a fraqueza moral, que torna a criatura sem forças para suportar o desespero, a mágoa, o medo, etc.

Como toda criatura possui mediunidade, as crianças também estão nestas condições. Porém os Espíritos orientam (LM, 2ª.Parte, cap. XVIII, perg. 221, § 6°) "que é muito perigoso" o desenvolvimento da mediunidade na infância,"porque esses organismos frágeis, delicados, seriam muito abalados e sua imaginação infantil ficaria superexcitada".

Existem casos em que a vidência, os fenômenos de efeitos físicos, e mesmo a escrita são espontâneos, são naturais nas crianças; isto não é inconveniente, é natural Porém elas não devem ser estimuladas. A prudência dos pais deverá afastá-las dessas idéias; no entanto, os pais orientarão quanto à moral trazida pelos ensinamentos dos Espíritos, preparando-as para a vida adulta, dentro do conhecimento doutrinário.

Não há idade precisa para a prática da mediunidade, que depende inteiramente do desenvolvimento físico, moral e, particularmente, do psíquico. O exercício da mediunidade na criança requer cuidados e conhecimentos, para que não haja enganos por parte de Espíritos mistificadores. Se os adultos são muitas vezes enganados por esses Espíritos, a infância e a juventude, pelas suas inexperiências, estarão muito mais sujeitas a eles.

O recolhimento e a seriedade são condições essenciais para se tratar com Espíritos. Como uma criança ainda não possui esses discernimentos é imperioso que a vigilância seja exercida sobre ela, para que não tome o fenômeno por um brinquedo.

A mediunidade deve ser evitada, por todos os meios possíveis, em criaturas que tiverem dado as menores demonstrações de excentricidade nas idéias ou enfraquecimento das faculdades mentais, preservando-se, assim, o Espiritismo dessa responsabilidade, como também a saúde mental da criatura.

Diz Edgard Armond, em "Mediunidade", cap. 20, que "Moléstias de toda ordem, que resistem aos mais acurados tratamentos; alterações físicas incompreensíveis de causas impalpáveis que desafiam a competência e a argúcia da Medicina; complicações as mais variadas, com reflexos na vida subjetiva" ... e, ainda "angústias, depressões, ou alterações, já do mundo mental, como temores, misantropia, alheamento à vida, manias, amnésias etc" enfim, todas estas perturbações, numa ampla proporção, existe sempre esse fator mediunidade, como causa determinante e, portanto, passível de regularização".

"Muita gente toma, assim, o efeito pela causa. Não é o exercício da mediunidade que traz inconvenientes ou perigos " saúde das pessoas, mas a sua abstenção é que gera os desequilíbrios. Cabe a cada um descobrir as causas de suas aflições, tornando-se médico de si mesmo, para tornar-se o arquiteto de seu próprio destino, porquanto o estudo constante, o trabalho, o devotamento ao bem e a vigilância auxiliam o homem e o previnem contra os desequilíbrios no exercício da mediunidade.

Diz Emmanuel (no livro "Roteiro", cap. 36) que "não há bom médium, sem homem bom. Não há manifestação de grandeza do Céu, no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra. Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir".

Mulher Grávida: Participará das Reuniões apenas para receber energias positivas. Todos os fluidos magnéticos serão direcionados ao feto que irá renascer.

Analfabetos: Poderão trabalhar na mediunidade normalmente. Não sabem ler, mas o importante é a pureza de coração e sentimentos de amor e fraternidade; e a boa vontade e alegria de servirem aos Mentores espirituais.

Bibliografia:

*1* LM. 2: Parte, Cap XVIII

*2* MEDIUNlDADE, cap. 20 - Edgard Armond.

*3* ROTEIRO, cap. 36 - Emmanuel.

*4* LE, Introdução. XV - A Loucura e suas Causas


http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/inconvenientes-e-perigos-da-mediunidade

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