Há alguns anos, quando poderíamos imaginar as facilidades de um celular, que já não é apenas um telefone, mas reúne diversas utilidades num só aparelho, com a grande facilidade da comunicação instantânea, a depender do aplicativo utilizado, inclusive com imagem ao vivo.
Comportando num só aparelho máquina fotográfica, filmadora, telefone convencional e também com imagens, entre outros muito úteis sistemas que nos favorecem a vida, como o notável GPS e o recente WhatsApp, realmente impressiona o que o ser humano é capaz de produzir ou, ainda melhor dizendo, foi capaz em tão pouco tempo – fruto, é claro, de conquistas anteriores –, a ponto de que a partir de 1988 a 2014, nossa tecnologia desenvolveu tecnologias e sistemas – em todas as áreas, reafirme-se –, superiores aos milênios anteriores da evolução humana.
Em menos de 30 anos fomos capazes – cada um com sua aptidão e na soma da criatividade, talento e dedicação –, de revolucionar a vida humana em todos os sentidos.
Nada a provocar espanto. É a Lei do Progresso, inexorável em sua caminhada.
Embora ainda nos deixemos, como seres humanos, escravizar aos vícios – inclusive os cibernéticos – vivemos uma nova era na história, que vai provocar com mais velocidade outras tantas mudanças que virão intensamente.
Embora muitos de nós, os humanos, ainda usemos essas maravilhosas ferramentas para cálculos e ações criminosas – como os vírus de computador, invasão de contas bancárias, aprimoramento de sistemas que visam enganar, usurpar, roubar e manipular em todos os sentidos –, isso vai passar, porque paralelamente também caminhamos com intensa necessidade do aprimoramento moral – embora mais lentamente – que vai modificar os sofridos panoramas da atualidade.
As mídias sociais, os sistemas de navegação para comunicação instantânea ou para controles operacionais de diversas áreas de atividade foram conquistas e facilidades permitidas que vieram mesmo para modificar a sociedade para melhor. O uso indevido por alguns é fruto da imaturidade e do senso ainda equivocado dessas ferramentas tão úteis que o progresso moral vai modificar com o tempo.
Daí a extrema necessidade de nossa melhora moral e da transmissão de moralidade às crianças que chegam – já dominando com muita facilidade os teclados que acionam os mecanismos virtuais –, para que tenhamos a sociedade melhor do futuro que tanto esperamos.
Isso para não termos governos corruptos, cidadãos egoístas ou criminosos que abusam, exploram e ainda trazem infelicidade. Estão todos com os dias contados esses que desejam dominar a sociedade para explorá-la. É mera questão de tempo, pois é impossível deter a Lei de Progresso, que tudo modifica.
Não vai demorar a chegar o tempo em que a desonestidade, a falta de ética e respeito, o uso e abuso das facilidades atuais pensando somente em si mesmo, serão notas destoantes na nova sociedade que gradativamente está se formando.
Não haverá, em breve tempo, mais lugar para os que desejam tirar proveito, para os que tentam dominar, para os que abusam e exploram. Ficarão como “peixes fora d’água” e convidados a contragosto a deixarem o planeta para que os que aspiram à felicidade pela retidão e pela solidariedade encontrem aqui a prometida vivência do amor.
E, interessante, somos os protagonistas desse tempo de transformação. Irá durar décadas, séculos? Não é possível prever com exatidão. Mas, como seres imortais, saberemos e nos encontraremos em afinidade com a escolha que fizermos: a do bem geral, se nos transformarmos, ou a do egoísmo que nos vinculará a outros seres que também optaram por esse caminho.
A intensidade das transformações sociais que vivemos é bem um recado que vivemos um tempo de definições. Melhor nos posicionarmos, pois que tais definições nos vincularão aos caminhos que escolhermos, onde reinará um tempo novo de entendimento e solidariedade ou nos remeterá a espaços e lugares onde ainda impere o desejo de domínio e o tão conhecido egoísmo e orgulho, geradores desse sofrido quadro em queda que vivemos na sociedade humana.
Sim, alegre-se, leitor desesperançado. O quadro social de intensas dificuldades morais e materiais é um estado em queda. É desespero de causa. Somos filhos do amor e amor nunca abandona. Os que perseveram na confiança em Deus e na perseverança no bem são os que transformam as pedras em degraus de aprendizado.
Avante, pois, sem receio! Resignação, coragem e trabalho constituem a senha do novo tempo.
Orson Peter Carrara
http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2015/03/01/celulares/
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