a partir de maio 2011

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Animismo e Espiritismo

mediunidade2-1A origem dos fenômenos anímicos e espíritas é algo que sempre me causou dúvidas, sempre me perguntei quem e como se define a origem de um fenômeno. Como Espíritos encarnados, somos extremamente restritos e, a maioria de nós não dispõe da percepção necessária para reconhecer se um processo é anímico ou mediúnico! Percebi que a grande maioria dos fenômenos que ocorrem, inclusive nas Casas Espíritas, são considerados como oriundos de espíritos desencarnados, sem que eles sequer sejam analisados. Também percebi que o tema “animismo” é visto como uma espécie de tabu, uma coisa mal vista e indesejada.
Por isso resolvi estudar um pouco sobre o assunto e cheguei a algumas conclusões, que serão expostas no final do post, que será dividido em duas partes…
Para começar, precisamos conhecer os tipos de fenômenos existentes e as características que cada tipo apresenta. Para isso apresento um panorama com três tipos existentes e suas respectivas características e conceitos:
1 – Ideoplastia
2 – Animismo
3 – Mediunismo
1 – IDEOPLASTIA
Ideoplastia é a modelagem de uma idéia através do uso de ectoplasma (que é orgânico). A modelagem é realizada pelo Espírito ENCARNADO através da junção entre uma idéia forte, que está impregnada no ambiente, com o ectoplasma existente no local, seja ele animal ou vegetal, normalmente ambos.
É o caso das aparições, fantasmas, mula sem cabeça, saci-pererê etc…
Acredito que quanto maior for a força do pensamento, da crença da pessoa, maiores serão as chances de realmente aparecer o que se imagina estar vendo.
2 – ANIMISMO
A palavra animismo vem do latim – anima – que significa alma. No animismo o Espírito encarnado está voltado para si próprio.
As manifestações acontecem através do perispírito, que quando se desprende do corpo nos dá acesso a outras esferas. Podemos acessar todos os nossos existentes, que são os conhecimentos acumulados pelo Espírito durante a sua trajetória reencarnatória – durante o sonho por exemplo.
Existentes:
• revelado – o que utilizamos nesta encarnação – o que já aprendemos;
• em repouso – o que já aprendemos e não precisamos nessa encarnação. Ele está fora do nosso plano reencarnatório, fica “guardado” ;
• em trânsito – está sendo construído nessa encarnação.
O eminente cientista russo – Alexandre Aksakof – propõe para os fenômenos anímicos uma classificação em quatro categorias distintas, todos eles, contudo, resultantes do que ele chama de “ação extracorpórea do homem vivo”, isto é, fenômenos mediúnicos produzidos pelo ser encarnado para os quais não há necessidade de recorrer-se à interferência de desencarnados. Nesse quadro ele colocou:
• efeitos psíquicos (telepatia, impressões transmitidas à distância);
• efeitos físicos (fenômenos telecinéticos, isto é, movimento à distância);
• projeção da imagem (fenômenos telefânicos, ou seja, desdobramento);
• projeção de imagens “com certos atributos de corporeidade”, isto é, formação de corpos materializados.
Teríamos hoje outras categorias a acrescentar e outros fenômenos a enquadrar, bem como fenômenos mistos, nos quais podemos identificar tanto características nitidamente animistas quanto interferências ou participação de seres desencarnados, mas essas categorias não serão tratadas.
Ele ocorre também nos casos de auto-obsessão, quando o próprio subconsciente da pessoa a traz à situações desequilibradas do passado.
TODOS NÓS PRODUZIMOS FENÔMENOS ANÍMICOS!!!!!
As manifestações anímicas mais comuns são:
SONHOS
– Os sonhos “normais” não tem significados para o consciênte! (são os sonhos oriundos das preocupações diárias)
– Os sonhos mediúnicos – nos trazem uma lição, um aprendizado, ou a comunicação com um outro Espírito – esses sonhos são muito fortes e claros, quando acordamos nos lembramos e temos um sentimento extremamente forte!
SONAMBULISMO
Aqui não se faz referência ao sonambulismo “normal” , aquele que a pessoa levanta durante a noite e anda pela casa dormindo;
É como um transe, onde o perispírito tem um desprendimento um pouco maior do corpo – é como se estivesse em trânsito – tem um acesso mais amplo ao Polissistema Espiritual.
EXTASE
Possui um desprendimento ainda maior do perispírito, podendo alcançar inclusive outras esferas, dependendo apenas da frequência.
DUPLA VISTA ou CLARIVIDÊNCIA
Nesse tipo de manifestação, o corpo está em estado de vigília, o desprendimento do perispírito é ainda maior do que nos casos acima; dependendo-se do grau do desprendimento, pode-se ter pressentimentos, observar situações que já aconteceram ou estão para acontecer.
Estando a Dupla Vista em um estado rudimentar existe uma “certeza” de que algo vai acontecer;
Sendo a Dupla Vista mais apurada pode-se ter pressentimentos. É uma visão em paralaxe – ou seja, vista de fora.
* Os fenômenos anímicos são confundidos com os mediúnicos porque muitas   vezes os médiums não dispõem de autoconhecimento suficiente para distinguir o que é seu, do que é de um Espírito Desencarnado, e produzem mensagens baseadas nas informações que eles têm dentro de si.
Penso que o fato de a manifestação ser anímica não significa necessariamente que esta não tenha valor, pois o Espírito encarnado também tem um nível de conhecimento e desenvolvimento próprio.
3 – MEDIUNISMO
É a comunicação mediúnica, que se dá através da mediunidade.
A mediunidade é uma faculdade do Espírito, esteja ele encarnado ou não. Ela requer exercício e precisa-se de muito tempo para usá-la, não se consegue em apenas uma encarnação. Ela permite o diálogo com todos os seres (não apenas com pessoas) do Universo.
Para uma manifestação mediúnica de fenômenos físicos faz-se nescessário:
Ectoplasma + E.C.U. (elemento cósmico universal)
Os primeiros métodos de comunicação foram :
• Tiptologia – pancadas
• Sematologia – sinais
Outros métodos:
• Pneumatografia – é a escrita direta (a folha ou pedra aparece escrita) – surge através do ectoplasma do médium
• Pneumatofonia – é a voz direta (surge no ambiente) também através do ectoplasma do médium
• Materializações
• Audiência – ouvir os Espíritos
• Vidência – ver os Espíritos
• Psicografia – através da mão do médium
• Psicofonia – através do aparelho vocal do médium
puzzle-piecesPara que ocorra a comunicação entre o médium e o Espírito Desencarnado, no caso das psicografias e psicofonias, este último tem que conhecer muito bem o médium, ele tem que saber qual o nível de conhecimento que o médium tem para saber se o médium é capaz de “traduzir” o que ele está querendo dizer. Para isso o Espírito também tem que conhecer bem a si próprio, pois de outra forma, ele não tem como avaliar se existe afinidade suficiente para que haja comunicação. Eles precisam estar alinhados de todas as formas – por isso não é possível que um espírito recém desencarnado se comunique com algum médium, ele pode apenas comunicar-se através de um mensageiro, um mentor espiritual, é como um recado, e é uma coisa rara, pois depende de vários fatores, como por exemplo, condições psicológicas, merecimento, etc.
No próximo post entrarei nos detalhes dos fenômenos anímicos. Até lá!
Adriana
Literatura complementar:
• Evolução em dois mundos – André Luiz
• Mecanismos da Mediunidade – André Luiz
• A Gênese – Allan Kardec
Fonte:
• 32º CCM – Curso de Capacitação de Monitores 2014 – Tema: Psicofonia e Psicografia – Palestrantes: Profª Vanilza Suhevits Oliveira e Prof. Raul Fernandes de Oliveira – 9º Encontro.
• Animismo e Espiritismo – Alexandre Aksakof
• Guia H.E.U
https://naturezaespiritualista.wordpress.com/2014/11/09/animismo-e-espiritismo/

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