Quando o Espírito reencarna traz do mundo espiritual
compromissos estabelecidos para o seu progresso, entre eles,
quando o caso, o de exercer a mediunidade, aprendendo nesse
exercício a humildade e a disciplina, e sendo instrumento dos
Espíritos que por ele trarão suas comunicações. O mandato
mediúnico não acontece por acaso. Obedece planejamento prévio
e, além do próprio médium, envolve os instrutores espirituais,
todos eles coordenados pelo anjo da guarda do médium, seu
Espírito protetor, que é sempre de elevada categoria moral. Assim,
a função de escrever livros, de proporcionar materializações, de
fazer ditados espontâneos, de pintar quadros e assim por diante,
está limitada, circunscrita à missão, ao mandato mediúnico de que
foi investido o médium.
Citemos um exemplo dos mais conhecidos mas ainda não
totalmente compreendido: o médium Chico Xavier e seu benfeitor
espiritual, Emmanuel.
Quando Emmanuel, espírito guia do médium, apresentou-se,
informou existir um compromisso de realização psicográfica de
150 livros, escritos por ele e por outros espíritos, o que
posteriormente foi aumentado.
A missão do médium e de seu guia espiritual encerra-se com a
conclusão do planejado no mundo espiritual. Assim, não há
necessidade de algum outro médium substituir Chico Xavier, que
pela idade avançada já quase não mais exercia a psicografia. Ele e
Emmanuel já haviam concluído sua missão, e que missão!
De 1938, data da publicação de seu primeiro livro (Emmanuel,
Editora FEB) até 1995, ano em que foi publicado seu último livro
(Antologia da Amizade, Editora CEU), o Espírito Emmanuel
escreveu através do médium Chico Xavier a fantástica soma de
105 livros espíritas, sem considerarmos os livros escritos em
parceria com outros espíritos. O conteúdo dessas obras ainda não
foi devidamente analisado e absorvido pelos que estudam e
vivenciam o Espiritismo. Então, perguntamos, depois do
cumprimento de tão vasta missão, por que Emmanuel haveria de
necessitar socorrer-se de outro médium para continuar a escrever?
Informemos, também, que Chico Xavier, até dezembro de 1996,
psicografou o total de 402 livros, e, se fosse considerado o autor
dos mesmos, teria de receber as honras de todas as academias
literárias, pois estaríamos à frente do maior gênio literário de
todos os tempos.
Estamos tratando deste assunto por vermos surgir, vez por outra,
médiuns anunciando serem continuadores de Chico Xavier,
recebendo mensagens psicografadas de pretensos Emmanuel,
André Luiz, Bezerra de Menezes e outros, como se esses espíritos
nada mais tivessem de fazer a não ser procurar médiuns e
escrever, escrever, escrever… E como escrevem aberrações! E
como cometem erros doutrinários! E como descaracterizam seu
estilo literário!
Uma análise isenta logo os desmascara e o médium desaparece
para ser substituído, algum tempo depois, por outro, que também
tropeçará na ilusão da fascinação e será esquecido. Mas os
argutos observadores do potencial que representa o mercado
editorial espírita e espiritualista não perdem tempo, e publicam
esses livros com o intuito do lucro, sem nenhum interesse
doutrinário, fazendo mal à causa do Espiritismo, desviando
consciências e envaidecendo o médium e os que se acercam dele.
E muito triste é ver esses livros circulando nas livrarias dos
Centros Espíritas!
Para cada médium um mandato mediúnico, sempre para auxiliar o
próximo, fazer progredir a humanidade, onde mais importante é
tornar-se o médium fiel cumpridor de sua missão, depositário
digno da confiança divina, seja na obscuridade do anonimato, seja
na luz do reconhecimento público.
O médium que vara os anos trabalhando anonimamente numa
reunião mediúnica do Centro Espírita é tão útil e importante
quanto Chico Xavier e outros médiuns famosos, pois está
diligentemente, sem nenhuma vaidade, servindo de instrumento
aos Espíritos que necessitam receber orientação e àqueles
Espíritos que mantêm a chama acesa da fé e do amor dos
companheiros voltados ao bem do próximo.
Mandato mediúnico cumprido é missão que não se transfere.
Terminada a tarefa, ao médium reservam-se os méritos e outras
atividades, e aos Espíritos que o auxiliaram, novas tarefas.
A nós, os homens encarnados, cumpre estudar e aplicar - para nós
próprios, primeiro - o rico conteúdo de escritos fornecidos pelos
Espíritos e também os bons exemplos do médium.
Quanto a alguém substituir o médium para continuar uma missão
que era só dele e dela ele se incumbiu exemplarmente, isso já é
por conta da obsessão.
Sugestão de leitura:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.
Mediunidade, de José Herculano Pires.
Recordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira.
Seara dos Médiuns, de Emmanuel/Chico Xavier.
No Invisível, de Léon Denis.
http://www.oconsolador.com.br/editora/1a50/Entendendo%20a%20vida.pdf
ENTENDENDO A VIDA
As questões existenciais e o pensamento espírita
Marcus De Mario
compromissos estabelecidos para o seu progresso, entre eles,
quando o caso, o de exercer a mediunidade, aprendendo nesse
exercício a humildade e a disciplina, e sendo instrumento dos
Espíritos que por ele trarão suas comunicações. O mandato
mediúnico não acontece por acaso. Obedece planejamento prévio
e, além do próprio médium, envolve os instrutores espirituais,
todos eles coordenados pelo anjo da guarda do médium, seu
Espírito protetor, que é sempre de elevada categoria moral. Assim,
a função de escrever livros, de proporcionar materializações, de
fazer ditados espontâneos, de pintar quadros e assim por diante,
está limitada, circunscrita à missão, ao mandato mediúnico de que
foi investido o médium.
Citemos um exemplo dos mais conhecidos mas ainda não
totalmente compreendido: o médium Chico Xavier e seu benfeitor
espiritual, Emmanuel.
Quando Emmanuel, espírito guia do médium, apresentou-se,
informou existir um compromisso de realização psicográfica de
150 livros, escritos por ele e por outros espíritos, o que
posteriormente foi aumentado.
A missão do médium e de seu guia espiritual encerra-se com a
conclusão do planejado no mundo espiritual. Assim, não há
necessidade de algum outro médium substituir Chico Xavier, que
pela idade avançada já quase não mais exercia a psicografia. Ele e
Emmanuel já haviam concluído sua missão, e que missão!
De 1938, data da publicação de seu primeiro livro (Emmanuel,
Editora FEB) até 1995, ano em que foi publicado seu último livro
(Antologia da Amizade, Editora CEU), o Espírito Emmanuel
escreveu através do médium Chico Xavier a fantástica soma de
105 livros espíritas, sem considerarmos os livros escritos em
parceria com outros espíritos. O conteúdo dessas obras ainda não
foi devidamente analisado e absorvido pelos que estudam e
vivenciam o Espiritismo. Então, perguntamos, depois do
cumprimento de tão vasta missão, por que Emmanuel haveria de
necessitar socorrer-se de outro médium para continuar a escrever?
Informemos, também, que Chico Xavier, até dezembro de 1996,
psicografou o total de 402 livros, e, se fosse considerado o autor
dos mesmos, teria de receber as honras de todas as academias
literárias, pois estaríamos à frente do maior gênio literário de
todos os tempos.
Estamos tratando deste assunto por vermos surgir, vez por outra,
médiuns anunciando serem continuadores de Chico Xavier,
recebendo mensagens psicografadas de pretensos Emmanuel,
André Luiz, Bezerra de Menezes e outros, como se esses espíritos
nada mais tivessem de fazer a não ser procurar médiuns e
escrever, escrever, escrever… E como escrevem aberrações! E
como cometem erros doutrinários! E como descaracterizam seu
estilo literário!
Uma análise isenta logo os desmascara e o médium desaparece
para ser substituído, algum tempo depois, por outro, que também
tropeçará na ilusão da fascinação e será esquecido. Mas os
argutos observadores do potencial que representa o mercado
editorial espírita e espiritualista não perdem tempo, e publicam
esses livros com o intuito do lucro, sem nenhum interesse
doutrinário, fazendo mal à causa do Espiritismo, desviando
consciências e envaidecendo o médium e os que se acercam dele.
E muito triste é ver esses livros circulando nas livrarias dos
Centros Espíritas!
Para cada médium um mandato mediúnico, sempre para auxiliar o
próximo, fazer progredir a humanidade, onde mais importante é
tornar-se o médium fiel cumpridor de sua missão, depositário
digno da confiança divina, seja na obscuridade do anonimato, seja
na luz do reconhecimento público.
O médium que vara os anos trabalhando anonimamente numa
reunião mediúnica do Centro Espírita é tão útil e importante
quanto Chico Xavier e outros médiuns famosos, pois está
diligentemente, sem nenhuma vaidade, servindo de instrumento
aos Espíritos que necessitam receber orientação e àqueles
Espíritos que mantêm a chama acesa da fé e do amor dos
companheiros voltados ao bem do próximo.
Mandato mediúnico cumprido é missão que não se transfere.
Terminada a tarefa, ao médium reservam-se os méritos e outras
atividades, e aos Espíritos que o auxiliaram, novas tarefas.
A nós, os homens encarnados, cumpre estudar e aplicar - para nós
próprios, primeiro - o rico conteúdo de escritos fornecidos pelos
Espíritos e também os bons exemplos do médium.
Quanto a alguém substituir o médium para continuar uma missão
que era só dele e dela ele se incumbiu exemplarmente, isso já é
por conta da obsessão.
Sugestão de leitura:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.
Mediunidade, de José Herculano Pires.
Recordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira.
Seara dos Médiuns, de Emmanuel/Chico Xavier.
No Invisível, de Léon Denis.
http://www.oconsolador.com.br/editora/1a50/Entendendo%20a%20vida.pdf
ENTENDENDO A VIDA
As questões existenciais e o pensamento espírita
Marcus De Mario
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