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sábado, 1 de junho de 2013

Jesus – Ressurreição

Como explicar a ressurreição de Jesus: foi em corpo ou em espírito?
A vida de Jesus está repleta de acontecimentos e fenômenos que nos parecem fantásticos e sobrenaturais, alguns deles denominados milagres. Nada há, porém, de sobrenatural, porquanto as leis de Deus não podem ser derrogadas e a elas tudo e todos estão sujeitos. O que ocorre é que nem sempre temos o conhecimento necessário para a explicação de todos os fatos. Por isso é mais fácil não acreditar neles, enquadrá-los como dogmas que não podemos discutir ou até mesmo esquecê-los. E, embora tudo tenha uma explicação, convém que só percamos tempo em indagar sobre aquilo que na atualidade possa ser útil à nossa felicidade.
No transcorrer dos tempos, a ciência experimental pôde elucidar muitos “mistérios” da vida, confirmando uns e contrariando outros. Mas boa parte das revelações científicas emerge da mente fértil e inspirada de alguns gênios, que se antecipam à demonstração material, formulando teorias que posteriormente vieram a ser comprovadas por eles mesmos ou por seus colegas. O exemplo mais notório é o de Einsten.
Um dos grandes desafios para os cientistas ainda é a questão da alma, pois até agora não conseguiram eles encontrar provas da sua existência. As religiões, no entanto, a aceitam como uma realidade. O Espiritismo a admite não simplesmente por se tratar de um ato de fé, mas porque a razão demonstra que além da matéria destrutível existe um ser individualizado, imortal, que é a essência do pensamento e dos sentimentos.
Mais do que razão, temos fatos que nos bastam à crença. Enganam-se os cientistas em acreditar apenas naquilo que pode ser medido e pesado; submetido a controle e repetido em laboratório. O campo da espiritualidade foge aos nossos parâmetros; para a confirmação da alma, é necessário abstração das coisas puramente materiais. Por isso, é importante que Ciência e Religião se unam na busca da verdade, para que a Fé e a Razão em equilíbrio proporcionem ao homem melhor compreensão da vida.
A ressurreição de Jesus foi em espírito. A ciência demonstra que o corpo de carne morto não recobra a vida, e contra esse fato não se pode conjecturar. Morto o corpo de Jesus, restava ainda a Ele o seu corpo espiritual (perispírito), e foi com este que apareceu no terceiro dia para Madalena e posteriormente aos demais apóstolos e outros seguidores.
Sendo o perispírito matéria, foi possível a Jesus, pela força de seu pensamento, condensá-lo e torná-lo visível a terceiros; e também tangível, como quando se permitiu ser tocado por Tomé. E quando ao corpo de carne desaparecido, uma das hipóteses levantadas é a da desmaterialização, uma vez que os judeus da época não compreenderiam como Jesus poderia estar morto e aparecer em outro lugar. Não sabiam eles da existência do corpo espiritual.
A ressurreição vinha confirmar a veracidade dos ensinamentos de Jesus, fundamentados em maior parte na existência de uma vida futura, onde se alcançaria a felicidade; e deu aos primeiros cristãos a fortaleza necessária para perpetuarem a Boa Nova, pela palavra e pelo exemplo. Depois de Jesus, a história registrou a aparição de outros homens e mulheres, dando-nos a certeza da sobrevivência da alma e da possibilidade do intercâmbio entre o nosso mundo e o mundo espiritual. No futuro, certamente, a ciência humana proporcionará aos incrédulos as provas de que necessitam para acreditar.
Autor: Donizete Pinheiro
Livro: Respostas Espíritas – Edições Sonia Maria – 1ª Edição – Capítulo: 40 – São Paulo – 1997

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