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terça-feira, 9 de abril de 2013

Espírito: Perfectível e Imortal

O progresso nos Espíritos é fruto do próprio trabalho; mas, como são livres, trabalham no seu adiantamento com maior ou menor atividade, com mais ou menos negligência, segundo sua vontade, acelerando ou retardando o progresso e, por conseguinte, a própria felicidade.
Enquanto uns avançam rapidamente, entorpecem-se os outros, quais poltrões, nas fileiras inferiores. São eles, pois, os próprios autores da sua situação, feliz ou desgraçada, conforme esta frase do Cristo: “A cada um segundo suas obras”. (C.I., 1a parte, cap. III 7)1
Todo Espírito que se atrasa não pode queixar-se senão de si mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do seu esforço, dando por isso maior apreço à felicidade conquistada.
A suprema felicidade só é compartilhada pelos Espíritos perfeitos, ou, por outra, pelos puros Espíritos, que não a conseguem senão depois de haverem progredido em inteligência e moralidade. (idem)
O progresso intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, mas o que o Espírito não consegue em tempo dado, alcança em outro, de modo que os dois progressos acabam por atingir o mesmo nível. Eis por que se veem muitas vezes homens inteligentes e instruídos pouco adiantados moralmente e vice-versa. (ibidem)
A encarnação é necessária ao duplo progresso, moral e intelectual, do Espírito: ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas ou más qualidades.
A bondade, a maldade, a doçura, a violência, a benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a sinceridade, a franqueza, a lealdade, a má fé, a hipocrisia, em uma palavra, tudo o que constitui o homem de bem ou perverso, tem por móvel, por alvo e estímulo, as relações do homem com os seus semelhantes. (ibidem 8)
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. São obras de Deus. Somos seu filhos. (L.E. 76 e 77)2
Todos os Espíritos têm que percorrer os diferentes graus de escala para se aperfeiçoarem. (L.E. 561)2
Há diferentes ordens de Espíritos: elas são graus de desenvolvimento. Seguem os Espíritos a marcha progressiva da natureza: os das ordens inferiores são ainda imperfeitos; depois de depurados, atingem as ordens superiores; avançam na hierarquia à medida que adquirem qualidades, experiência e conhecimentos que lhes faltam. (R.E. 1858)3
À medida que o Espiritismo crescer e se desenvolver, os Espíritos de uma ordem cada vez mais elevada virão sustentar a obra, em razão das necessidades da causa. (R.E. 1865)3
O Espiritismo é o resultado do ensinamento dos Espíritos; de tal sorte que, sem as comunicações dos Espíritos não haveria Espiritismo. (R.E. 1866)3
A harmonia, a ciência e a virtude são as três grandes concepções do Espírito: a primeira o deslumbra, a segunda o esclarece, a terceira o eleva. Possuídas em suas plenitudes, elas se confundem e constituem a pureza. (R.E. 1869)3
Demonstrando a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reaviva a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida. (L.E. conclusão III)2
Como pode um homem, e um homem inteligente, não crer na imortalidade da alma e, consequentemente, numa vida futura, que é a do Espiritismo? (R.E. 1860)3
Os vossos palácios de dourados salões, que são eles comparados a estas moradas aéreas, vastas regiões do espaço matizadas de cores que obumbrariam o arco-íris? (C.I., segunda parte, cap. II)1
Perfectíveis e imortais, os Espíritos avançam no curso do tempo, sem jamais regredir, e ajudam-se mutuamente, de maneira consciente ou inconsciente, por força das leis imutáveis do Criador.

1. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 
2. ____. O Livro dos Espíritos.
3. ____. Revista Espírita.

http://www.oclarim.org/site/

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