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quinta-feira, 14 de março de 2013

CONHECIMENTO E VERDADE

Dalmo Duque dos Santos

O conhecimento é a única porta de acesso à verdade.  Sem ele é praticamente impossível evoluir e a recusa ao seu acesso é um gesto de rebeldia e indiferença contra as leis do Universo. Quando aceitamos o conhecimento, reconhecemos que precisamos progredir intelectualmente e nos transformar espiritualmente, atitude que significa sempre luz e bem-aventurança. Significa também comprometimento, já que a posse do mesmo nos torna responsáveis pelas implicações dessas informações, seja em no plano individual, seja no coletivo. Quando recusamos o conhecimento, negamos a necessidade de progredir e bloqueamos a nossa maturação espiritual. Sofremos, quase sempre, as consequências negativas desse gesto, geralmente um sentimento de culpa e uma sensação de impotência diante das situações delicadas e desafiadoras.
 
Mas Deus sempre insiste e renova constantemente as possibilidades de acesso à Verdade. Essas oportunidades são praticamente inesgotáveis, mesmo quando estamos mergulhados em provações ou em graves processos expiatórios. Esta a essência das bem-aventuranças, conselhos sábios para todos aqueles que recusaram a luz do conhecimento ou então , mais grave ainda, impediram que seus semelhante não tivessem a cesso à ela.
 
Assim como são verdadeiras as cores do arco-íris, e inegáveis as sonoridades das notas musicais, sete também são os tipos de conhecimentos manifestados na experiência humana:
  • O Conhecimento MÁGICO (descoberta instintiva): os seres primitivos, ainda muito influenciados pelo instinto animal, descobrem de maneira mágica e infantil os fenômenos e recursos da Natureza. Era Pré-Histórica
  • O Conhecimento EMPÍRICO: adquirido pelo esforço da experiência prática. Exemplo: o mecânico quando busca solução para o conserto ou construção de uma máquina; o lavrador quando desenvolve uma variedade de sementes. Era Agrícola.
  • O Conhecimento REVELADO (transcendente): adquirido através das manifestações paranormais. Exemplo: as revelações religiosas históricas da Bíblia, do budismo, etc. Era Teológica.
  • O Conhecimento LÓGICO-RACIONAL (relação de causa e efeito): adquirido pela observação repetitiva dos fenômenos. Exemplo: os cientistas quando estudam os fenômenos da Natureza no ambiente ou no laboratório. Era da Razão.
  • O Conhecimento EXPERIMENTAL: obtido pela observação sistemática e metodológica da pesquisa científica. Tese, antítese e síntese. Era Industrial. Era Positiva.
  • O Conhecimento INTUITIVO: domínio do Superconsciente e das inteligências voltadas para os problemas subjetivos, interiores e espirituais. Era Psicológica e Espiritual.
A inter-relação desses conhecimentos é que forma o conjunto de CONCEITOS que temos sobre as coisas, isto é, a definição mais próxima que temos da Verdade. Quanto mais distante da verdade for o conhecimento, mais ele manifesta-se como PRÉ-CONCEITO, isto é, algo não definido, falso e mal formulado.
 
Na sua formação mental e social o ser humano desenvolve os VALORES para o exercício do juízo nas escolhas e decisões. É nesse percurso que desenvolvemos também os preconceitos mais comuns: raça, cor, sexo, origem, classe, profissão, religião, opinião, comportamento, gosto, condição pessoal, etc.  Muitos deles são adquiridos de forma inconsciente e por isso manifestam-se também de forma inconsciente, sem o nosso controle. Qualquer situação ou atitude que se choca  com os nossos VALORES desperta uma reação de defesa em forma de preconceito.
 
A distinção entre o preconceito e o conceito geralmente é obtida pela postura crítica (capacidade de observância e percepção), distinguindo o que é ESSENCIAL do que é SUPERFICIAL.  Isso só não acontece quando nos sentimos ameaçados ou quando aplicamos uma análise crítica da situação. Mas a postura crítica não ocorre somente no terreno lógico-racional (causa e efeito ou tese, antítese e síntese); ocorre também no plano emocional, pois é nele que estão gravados os preconceitos mais graves, onde nossas rejeições se manifestam de forma mais agressiva, ainda que camufladas. Nesse caso, o caminho mais seguro para evitar ataques inconsequentes é sempre a autocrítica e o autoconhecimento. Quando deixamos a nossa emoção avaliar determinas situações quase sempre fazemos julgamentos (gosto ou não gosto) e consequentemente condenamos ou absolvemos de acordo com os nossos valores, que nem sempre são os mais corretos. Querer conhecer e criticar os outros é sempre um risco de julgamento superficial e projeção equivocada dos nossos limites e defeitos.  Para não julgar, nem cair em erro, é preferível sempre aceitar. E aceitar não quer dizer concordar nem aplaudir, mas simplesmente não julgar.  Essa foi a experiência que os grandes sábios se esforçaram para ensinar aos seres humanos a ideia de Vida Plena, ou seja, a aquisição de graus mais elevados de consciência e felicidade. Nas parábolas e exemplos desses sábios de todos os tempos encontramos sempre preciosos antídotos contra os preconceitos, quase sempre identificados nos personagens ou nas situações por eles relatadas.
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