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quinta-feira, 14 de março de 2013

Coincidências sobre a escolha do papa e o fortalecimento do espiritolicismo


 Para quem não acompanha este blogue, bom saber que o que a maioria das pessoas conhece como "Espiritismo" na verdade é uma igreja sincrética cheia de enxertos de outras crenças, a maioria oriunda do Catolicismo. A influência de espíritos de padres e a presença de ex-católicos entre seus fiéis reforça isso.

E as coincidências que envolvem a escolha do novo papa prometem reforçar ainda mais o caráter catolicista do Espiritismo brasileiro, totalmente em desacordo com o que foi estudado por Kardec em suas pesquisas e na codificação destas.

Desta vez  a "pátria do evangelho" não conseguiu eleger o seu papa. Para os futebosteiros que vivem pegando no pé dos coitados dos argentinos, uma má notícia: o novo papa é da Argentina.

Algumas coincidências devem se notar na escolha, já que na semana passada morreu o mais combativo crítico da colocação de enxertos católicos no Espiritismo: José Manoel Barboza. O nome de nascimento do papa é José. Lembrando que a morte de Barboza favorece e fortalece a manutenção desses enxertos na versão brasileira - e deturpada - da Doutrina Espírita.

O nome escolhido para assumir publicamente o pontificado é Francisco I. Isso lembra Francisco Cândido Xavier, tido como o maior símbolo do Espiritismo (sic) no Brasil e que na verdade era católico beato, fiel a Nossa Senhora, rezava o terço diariamente e nunca estudou de fato alguma obra de Kardec, o que faz a classificação de "maior espírita" brasileiro um grave engano e uma clara falta de informação. Xavier, se vivo iria ficar muito feliz com a escolha do papa e do escolhido nome de pontificado.

Xavier havia dito, se eu não me engano na entrevista do Pinga Fogo, que a Igreja Católica deveria ser reconhecida como verdadeira guia da humanidade e que o papa seria o líder condutor da regeneração planetária. Como definir como "espírita" um médium que pede que todos sejamos católicos?

Outra coisa a reparar no novo papa é o fato dele ser jesuíta. Emmanuel, obsessor que se fantasiou de "espírito puro" e "protetor" de Chico Xavier, pela natureza de suas mensagens e de sua atitude, provavelmente se trata da manifestação do padre jesuíta Manoel da Nóbrega, que queria "entender" para depois acabar com a cultura indígena para converter os índios para o catolicismo. Utilizando o mesmo método, Emmanuel queria converter os "espíritas" em católicos para que a religião do papa se mantivesse hegemônica.

Não esqueçamos que o Espiritismo brasileiro foi atacado ferozmente por uma falange de espíritos católicos, a maior parte de formação jesuíta e que vieram com a "missão" de atrapalhar o desenvolvimento da Doutrina Espírita, se infiltrando nela.

Em pleno século XXI, a mudança de papa pode servir - pelo menos para os seguidores do médium mineiro - de confirmação a profecia do médium mineiro que achou que um papa seria o guia maior da humanidade. Bom, pelo menos intelectual o novo papa é, com vários diplomas, inclusive de engenharia química e com experiência de reitor em uma faculdade de Teologia.

Com o fortalecimento do Espiritolicismo, é bem provável que o Catolicismo se torne ainda mais influente no "Espiritismo" brasileiro, já que os espíritos católicos encontrarão um terreno bem fértil para a sua influência. 

E com o enfraquecimento das críticas, Kardec ainda se mantém muito desconhecido para os brasileiros, reduzido a um mero carimbo de cartório para autenticar as fantasias e erros difundidos por um médium que era beato católico e influenciado por uma falange de jesuítas desencarnados. O enfraquecimento já ocorre e na contramão servirá de vitamina para que o papa dos católicos evoque o "papa dos espíritas" sob um único nome: Francisco, Cavaleiro da Luz.
http://euadoro-sossego.blogspot.com.br/2013/03/coincidencias-sobre-escolha-do-papa-e-o.html

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