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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Moral

O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.
A parte por assim dizer material da Ciência (espírita) somente requer olhos que observem, enquanto que a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encarnado.
Alguns atêm-se mais aos fenômenos do que à moral, que se lhes afigura cediça e monótona. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhe compartilham das fraquezas e prevenções.
Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita, verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que noutros se conservam inertes.
Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. (Ev. XVII 4)1
Donde provém as diferenças físicas e morais que distinguem as raças humanas na Terra?
– Do clima, da vida e dos costumes. Dá-se aí o que se dá com dois filhos de uma mesma mãe que, educados longe um do outro e de modos diferentes, em nada se assemelharão, quanto ao moral. (L.E. 52)2
Donde se originam as parecenças morais que costuma haver entre pais e filhos?
– É que uns e outros são Espíritos simpáticos, que reciprocamente se atraíram pela analogia dos pendores. (L.E. 207-a)2
Qual a origem das qualidades morais, boas ou más, do homem?
– São as do Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso ao bem é o homem. (L.E. 361)2
Que se deve entender por lei natural?
– A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. (L.E. 614)2
Que definição se pode dar da moral?
– A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quanto tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus. (L.E. 629)2
Qual a mais meritória de todas as virtudes?
– Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que se assenta na mais desinteressada caridade. (L.E. 893)2
Segundo as qualidades morais dos médiuns. 
... aí se verá a influência que as qualidades e os defeitos dos médiuns podem exercer na segurança das comunicações e quais os que com razão se podem considerar médiuns imperfeitos ou bons médiuns. (L.M. 195)3
O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?
– Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo, independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium. (L.M. 226)3
A moral ensinada pelos Espíritos superiores é toda evangélica; prega a caridade cristã em toda a sua sublimidade; e ainda faz mais, porque mostra a sua necessidade, tanto para a felicidade presente como para a futura, pois as consequências do bem e do mal que fazemos estão em nossos olhos. (R.E. 1859)4
Venho dizer-vos que o progresso moral é o de mais útil aquisição, porque nos corrige as más inclinações e nos torna bons, caridosos e devotados aos nossos irmãos. (R.E. 1861)4
O progresso intelectual é também útil ao nosso adiantamento porque eleva a alma, faz-nos julgar mais corretamente as nossas ações assim facilitando o progresso moral. (ibidem)
Com um Espírito não se luta corpo a corpo, mas de Espírito a Espírito; o mais forte será o vencedor. Aqui a força está na autoridade que se pode exercer sobre o Espírito e tal autoridade está subordinada à superioridade moral. (R.E. 1862)4
Sendo o objetivo do Espiritismo o progresso moral da humanidade, forçosamente deverá iluminar o grave problema da educação moral, primeira fonte da moralização das massas. (R.E. 1864)4
O objetivo de toda moral é ser praticada; mas esta, sobretudo, pretende a condição como absoluta, porque chama espíritas não os que aceitam os seus preceitos, mas apenas os que põem os seus preceitos em ação. (R.E. 1866)4

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
2. ____. O Livro dos Espíritos.
3. ____. O Livro dos Médiuns.
4. ____. Revista Espírita.

http://www.oclarim.org/



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