a partir de maio 2011

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O sistema federativo e os boicotes a palestrantes


Carta enviada à Federação Espírita Brasileira

Prezados amigos e amigas leitores:

Você vê sentido em um espírita cometer atos de imoralidade?
Caso esses atos não sejam apenas de imoralidade simples e sim de imoralidade grave, como fica então?
É um problema, não é?
Eu já sei que alguns vão dizer:
Peraí, Alamar. Você não vai querer que o cidadão seja santo e imune a falhas, só porque é espírita.
Tá bom, então. Como você vê instituições espíritas, geralmente formadas por várias cabeçaspensantes, cometerem atos de elevada imoralidade?
Será que agora dá para dizer que é problema pessoal e que a pessoa, por ser espírita, está sujeita a cometer os seus erros, inclusive graves, porque é espírita mas não é santo?
Eu quero fazer uma argumentação bem lógica, para que formemos uma conclusão o mais sensata possível, acerca do assunto em questão.
Faz de conta que alguém escrevesse um livro ou fizesse uma palestra e dissesse essas coisas:
  • O nome da mãe de Jesus, esposa de José, era Neuza.
  • Quando um médium entra em transe, o espírito entra nele pela narina esquerda.
  • Allan Kardec nasceu na Áustria, foi para a França aos dois anos de idade.
  • A famosa queima dos livros em Barcelona, ocorreu por ordem do pastor protestante Von Kriger.
Sem dúvida, estamos aí diante de algumas bobagens. Mesmo assim, estando diante de bobagens, não seria demais questionarmos o cidadão perguntando a ele:
- Onde você obteve essas informações? Quais as fontes?
Sobre a mãe de Jesus: católicos, protestantes, espíritas e todo o mundo sabe que foi Maria e não conhece uma literatura, sequer, que diga que foi Neuza. É uma bobagem, bem bobagem, bem evidente. 
Sobre o transe mediúnico é outra bobagem também evidente, pois sabemos que o espírito não entra no corpo de ninguém, ainda mais pelo nariz, escolhendo narinas.
Sobre essa conversa de ter nascido na Áustria, será que o cara não descobriu algum documento que diz que o Rivail de fato nascera na Áustria, mas foi levado para Lion e registrado lá, como se tivesse nascido na França?
Ninguém nunca ouviu falar nisto, nem eu. Mas também, ainda que tivesse fundamento, para mim não teria a menor importância, pois o local onde Kardec tivesse de fato nascido não acrescentaria nem diminuiria ele em nada.

Agora vem o grande questionamento:
Será justo que, por causa dessas bobagens ditas, o cidadão pegue, por exemplo, 36 anos de cadeia, seja condenado a prisão perpétua ou a pena de morte?
Qualquer pessoa sensata vai responder:
Pelo amor de Deus, não tem o menor sentido. Seria um absurdo alguém pegar uma pena tão grande, tão elevada, só pelo fato de ter dito algumas bobagens que não fazem mal a ninguém, não prejudica ninguém e não promove mal nenhum.

Outro questionamento:

Faz de conta que o cidadão citou um monte de coisas que nem eu nem você conhecemos. Coisas que constam da prática espírita realizada por Allan Kardec. Mas é possível também, que seja alguma informação que a espiritualidade resolveu trazer agora, mas que não poderia trazer no tempo de Kardec, posto que a cultura da época não estava preparada para saber. Isto foi previsto, não foi? Tanto por Kardec como por Jesus, bem antes.
Mas aí resolvemos considerar como bobagem, só porque não conhecemos e porque congelamos a nossa mente e nos fechamos para todos os ensinamentos novos.
Teria sentido?
No tempo da inquisição, Tomaz de Torquemada (foto ao lado) e todos aqueles outros monstros prendiam, torturavam, condenavam e assinavam pessoas só porque elas não pensavam exatamente conforme queria a igreja católica ou possuíam mediunidade, acreditavam em reencarnação, comunicação de "mortos" etc...
Vejam bem: Não se tratavam de pessoas bandidas, não eram criminosas, não eram assassinas, não eram pessoas más, desonestas, falsárias, perigosas, violentas,.... nada disto.
O que você diz, hoje, sobre aquele procedimento do Torquemada?
Era um monstro, um psicopata, um assassino frio, sádico e cruel, um doente e perturbado em alto grau. Ele sim, que era merecedor das mais graves e cruéis punições.
Exatamente isto, eu também penso assim.

Vamos agora para uma suposição

Se por acaso alguém dissesse para você que o movimento espírita faz isto com pessoas?
Não, Alamar, peraí. Aí você está exagerando! Não tem o menor sentido. Como alguém pode conceber que no meio espírita alguém torture e mande alguém para a fogueira?
Bom, de fato mandar para a fogueira, nunca ninguém mandou, mas não pense que foi por falta de vontade não, foi porque os dias de hoje já não permitem esse tipo de punição, ainda mais aqui no Brasil. Mas que muita gente, se pudesse, mandaria confrades para o sacrifício, não tenha a menor dúvida. O ódio que existe em nosso meio, contra o Bacelli, o Wanderley, o Robson, etc... é algo impressionante e se pudessem mandariam matá-los, não tenham a menor dúvida disto. E da forma mais cruel que você puder imaginar. Muito "fraternalmente", com muita "caridade" e muito "amor", mas matariam, sim.
Torturas físicas não tem, mas outras torturas têm, inclusive as torturas da calúnia, da frieza, da indiferença, da difamação, do abandono, do jogar todos contra, etc...
Eu já vi espírita EXTRAORDINÁRIO, experiente, grande realizador, altamente honesto, caridoso, bom, humano, fiel e amoroso desencarnar com profunda tristeza porque passou os dezesseis últimos anos da sua vida absolutamente abandonado pelo movimento espírita da sua região, impedido de realizar qualquer trabalho, impedido de falar em centro espírita, impedido de ter os seus artigos publicados, impedido até de pegar um microfone para dar um aviso qualquer num centro espírita, proibido até que alguém o chamasse ao menos para compor a mesa em algum centro. O máximo que lhe era permitido era sentar nos bancos para escutar palestras, tomar passe e beber água magnetizada.
E teve mais:
Quando ia ao centro, todo mundo ficava de olho nele.
Caso algum membro de diretoria visse alguém conversando com ele, invariavelmente iria em direção desse alguém e recomendava:
- "Olhe com quem você anda conversando aqui na casa. Com certeza pessoas é preciso ter muito cuidado, viu?"
Existe demais isto, no meio espírita e essas recomendações visam sempre plantar na cabeça da pessoa a pior idéia sobre aquele do qual estão falando. Quanto pior a pessoa pensar sobre o outro, melhor para os ideais da diretoria da casa, que é destruir totalmente a vítima.

Infelizmente esta doença existe

Sei que é duro falar sobre isto, ninguém tem coragem de se abrir para falar sobre este assunto, porque todo mundo em nosso meio sabe das conseqüências. É como mexer num vespeiro, é como subir a um morro dominado pelo tráfico de drogas e cair na besteira de fazer ou falar alguma coisa contra o tráfico. As conseqüências serão terríveis.
Quando eu falo sobre estas coisas, sempre alguém me manda email mais ou menos assim:
"Alamar, você é doido. Não sei como você tem coragem de dizer essas coisas." . Alguns chegam a dizer: "Eu tenho até pena de você."
As pessoas sabem, principalmente os mais experientes, porque convivem com esta dura realidade a todo momento.
Gente. Não podemos ser omissos e muito menos covardes, em nome do politicamente correto e do "ficar bem na fita".
Eu poderia muito bem aproveitar do momento extraordinário que construí, em nível nacional, com a força da televisão e de uma revista poderosa, como era a Visão Espírita, e feito uma tremenda malandragem para enganar a todo mundo. Bastava adotar uma fala mansa, o modelo"muita paz, meu irmão""estou vendo uma boa aura em você""Os espíritos estão me dizendo isto e aquilo""eu não valho nada, eu não sou merecedor de nada", vestir roupas sóbrias, fingir de humildezinho e toda essa palhaçada que muitos fazem.
Lembro de uma vez quando Divaldo me disse algo mais ou menos assim:
- "Alamar, não me agradeça por nada. A tribuna que você tem nas mãos é muito maior do que a minha. Com as palestras que faço nem com a próxima encarnação eu consigo falar com o público que você fala".
Vejam bem quem disse isto. Um homem que, de fato, tem consciência e humildade, logo ele que é, depois de Chico Xavier, a maior expressão do Espiritismo no Brasil e no Mundo.
Eu preferi manter-me sem máscara, pra hoje poder ter a cabeça erguida pra denunciar o que eu denuncio, sem medo de cara feia.
Bom, enviei para a FEB, com aviso de recebimento pelo correio, a seguinte correspondência que peço a sua apreciação.   


São Paulo, 16 de dezembro de 2012.

De: Alamar Régis Carvalho
Para: Federação Espírita Brasileira
Att.: Presidência e toda a Diretoria
SGAN 603, Conjunto F, Av. L2 Norte - Brasília, DF – CEP 70.830-030



Prezados Senhores:

Eu, Alamar Régis Carvalho, já conhecidíssimo do movimento espírita, creio que dispensa apresentação, através deste documento que estou lhes enviando pelos correios, com Aviso de Recebimento, e dando a conhecer ao público através da internet, venho oficialmente pedir um pronunciamento da FEB, tanto para o meu conhecimento quanto, também, para o segmento espírita que não aceita imposições, conforme o teor abaixo:
Em princípio ressalto que não faço parte do segmento espírita “inimigo da FEB”, que infelizmente existe, constituído por aqueles que nutrem verdadeiro ódio da instituição por conta da publicação dos livros de J. B. Roustaing e por outros motivos alegados que, sinceramente, não vejo razões para tamanha animosidade e muito menos para ódio, ainda mais no nível que há.
Mas já que, lamentavelmente, o “ódio espírita” é algo instalado em nosso movimento, com muito “amor” e muita “fraternidade”, e não se vê o menor esforço em discuti-lo nos congressos, temos que conviver com isto e continuemos a tocar os nossos barcos para a frente.
Muito pelo contrário, nutro carinho, respeito e consideração pela instituição.
Partindo do princípio que, em se falando de Espiritismo, temos o dever de zelar pelatransparência em todas as nossas atitudes, tenho certeza absoluta de que a nossa Casa Mater do Espiritismo no Brasil, considerada pelos companheiros de outros países até mesmo como uma espécie de “Vaticano Espírita”, não terá a menor dificuldade em responder para mim e para todo o público espírita, de forma clara, cristalina e convincente o que levo em pauta aqui.
Por que motivo o senhor Clóvis Nunes, (foto ao lado), conhecido trabalhador espírita de Feira de Santana, na Bahia, é boicotado por todo o sistema federativo do Brasil, boicote este que é obedecido até mesmo pelos centros espíritas dos demais países, que seguem o que poderíamos denominar de “vaticanismo brasileiro”?
Estou citando o nome do Clóvis Nunes, mas usando-o para representar os diversos outros que sofrem o mesmo “índex librorum prohibitorum”, imposto pelo chamado movimento federativo, sejam Federações, Uniões Espíritas, AREs, CREs, USEs, AMEs... e os seus centros adesos.
Tenho consciência, assim como todo espírita lúcido deve ter, da responsabilidade indispensável de todos nós quanto a tribuna espírita, pois que, em nome da democracia e da liberalidade total, não se pode disponibilizá-la para falar pelo Espiritismo àqueles que contradizem a essência e a base doutrinária, comprometendo o postulado espírita, fraudando o pensamento de Allan Kardec e dos Espíritos da Codificação.
Até aí é compreensível que procedimentos especiais sejam exercidos pela instituição espírita responsável, todavia com inteligência, bom senso, coerência e honestidade, sempre às claras, de forma transparente e jamais às escondidas.
Todavia as proibições e boicotes a determinados nomes têm ocorrido, não por causa disto e sim por problemas de animosidades pessoais e, principalmente, por incompetência de dirigentes de centros e até diretores de federativas, absolutamente despreparados quanto ao conteúdo doutrinário, que, muitas vezes, por não serem detentores do nível de conhecimento dos expositores em questão, terminam por alijá-los do meio, a fim de que o seu público fiel freqüentador não perceba o quanto são liderados por dirigentes desqualificados para ocuparem cargos de direção em casa espírita.
Isto é lamentável e grave, senhores diretores.
O nível de conhecimento do pesquisador e estudioso Clóvis Nunes, por exemplo, está muito acima daquele encontrado na maioria dos dirigentes de instituições espíritas, inclusive de diretores de algumas Federações.
Privar o espírita de ouvir as palestras de Clóvis Nunes, com o volume gigantesco, valioso e inestimável de informações que ele tem, obtido em várias partes do mundo, inclusive universidades, centros científicos de pesquisas e até nos escaninhos mais íntimos do Vaticano, é de uma irresponsabilidade sem tamanho, é uma vergonha para as lideranças federativas que o boicotam e também um desrespeito ao público.
Através do conhecimento de Clóvis Nunes a Rede Globo simplesmente acabou com um dos maiores equívocos que se verificavam na televisão e na imprensa brasileira, durante vários anos, que era o costume de chamar o Padre Quevedo para dar opinião todas as vezes que era levada ao ar matérias, reportagens ou programas falando sobre mediunidade, reencarnação e assuntos ligados ao Espiritismo de um modo geral, participações aquelas que sempre eram infelizes, pois carregavam sempre o objetivo de denegrir a imagem do Espiritismo, com deboches e gracejos que invariavelmente traziam prejuízos terríveis. O “basta” foi um trabalho pessoal do Clóvis e as argumentações que convenceram a Globo de tal decisão foram também produto dos conhecimentos dele.
Clóvis Nunes conhece Allan Kardec em toda a sua abrangência e deveria ser mais respeitado por esse movimento que se apresenta como representante oficial do espiritismo nas diversas regiões. Ele conhece, também, inúmeros outros nomes destacados de cientistas e pesquisadores respeitados no mundo, não espíritas, que respaldam as idéias espíritas e que são desconhecidos pelo nosso movimento.
Desculpem-me, senhores, mas é uma vergonha boicotar um homem deste, assim como vergonhosas foram as atitudes tomadas por lideranças do movimento ao boicotar homens notáveis com o Dr. Hernani Guimarães Andrade, Dr. Henrique Rodrigues e vários outros verdadeiros gênios da pesquisa e da experimentação espírita, muito além do nível igrejeiro da maioria do universo que dirige casas espíritas.
Qual o argumento que é utilizado para tais atitudes?
Invariavelmente dizem sempre que o expositor boicotado é antidoutrinário, mas apenas dizem, somente dizem, sem enquadrar quais citações feitas pelo mesmo são antidoutrinárias e com base em quais livros, números, questões e tópicos das obras básicas firmam as suas argumentações que autenticam a proibição.
Outros chegam a tal nível de imbecilidade, que simplesmente boicotam outros apenas sob a argumentação de que são “polêmicos”.
Não conhecem a orientação de Allan Kardec acerca da polêmica.
Mais uma vez me desculpem, senhores, mas isto é lamentável e é uma vergonha, repito.
Por este documento quero sugerir à FEB, em nome da dignidade, da honestidade, da decência, da vergonha, da coerência, do bom senso e até da caridade, valor muito destacado por todos espíritas, que toda vez que uma instituição espírita federativa ou centro espírita adeso ao chamado sistema “febeano” tomar a iniciativa de vetar algum expositor, que tenha a dignidade de
  • 1 – Assumir que está vetando, oficialmente e com documentação, e que sejam identificados os nomes das pessoas que assinam a sentença condenatória.
  • 2 – Fazer o devido enquadramento dos motivos, rigorosamente com base não apenas nos cinco livros considerados como obras básicas, mas também na “Revista Espírita”, nas “Obras Póstumas”, na “Viagem Espírita” e em toda obra onde estão registradas manifestações do senhor Allan Kardec, partindo do princípio que é nelas que estão registradas as ações do Codificador, enquanto trabalhador espírita, já que não tem sentido alguém considerar que o próprio Kardec estivesse errado na prática da doutrina confiada pela Espiritualidade Superior a ele mesmo.
  • 3 – Caso façam o enquadramento em algum livro da obra básica, citar qual tradução foi utilizada para tal embasamento, a fim de poder ser comparado com outras traduções e, principalmente, com o original francês da obra citada.
  • 4 – Disponibilizar, ao vetado, acesso ao documento no qual ele foi enquadrado, para que tenha conhecimento e possa exercer o direito de defesa, caso queira utilizar.
Eu, particularmente, enquanto espírita que não admite que o meu sagrado direito de escolha seja cerceado e manipulado pelas conveniências de quem quer que seja, venho cobrar do sistema federativo as razões pelas quais Clóvis Nunes é impedido de falar nas federações e centros espíritas adesos a esse sistema:
Ele cometeu algum crime? Tem algum histórico de bandidagem, de delinqüência ou de comportamento que o comprometa moralmente?
Estou perguntando isto, mas sei muito bem que ele não tem qualquer histórico nesse sentido, como também não têm os outros expositores que sofrem o mesmo tipo de boicote. Mas pergunto então: Quais são os desvios doutrinários que os supostos censores o acusam?
Enquadrem, conforme a relação que coloquei aqui, e me enviem.
Será que alguém no meio espírita federativo vai ser capaz de tal procedimento?
Tenho quase certeza de que não terei resposta neste meu desafio. O argumento que vão utilizar é que “esta carta do Alamar não merece resposta”, mas no fundo já se sabe muito bem qual é a razão verdadeira, que é a falta de embasamento, porque, com certeza, eu, o Clóvis e outros leremos e analisaremos o possível relatório feito e vamos abrir toda a obra básica, bem como toda a Revista Espírita, avaliando criteriosamente e constatar se a fala ou escrita do “condenado” está ou não está de acordo com Kardec.
Lamento ter que tomar esta iniciativa de dirigir este tipo de correspondência à FEB, meus amigos, instituição essa a qual tenho respeito, consideração e admiração pelo seu histórico papel em prol do Espiritismo em nosso país, mas não posso ser omisso em relação a um problema tão sério, grave e de um nível de canalhice sem tamanho, praticado em ummovimento que tem o dever de não cometer qualquer deslize, sobretudo de ordem moral.
Se a própria justiça brasileira, onde também há problemas de ordem moral, bem como a instituição policial, também conhecida pela população pela prática de arbitrariedades e até abuso da força, em momento algum admitem condenar até mesmo o mais perigoso criminoso e até cruel assassino, sem que esse tenha respeitado o seu sagrado direito de defesa, como pode a instituição espírita... logo a instituição ESPÍRITA!!!!  admitir a estúpida, espúria, vergonhosa, ridícula e imoral prática de condenar pessoas sem que essas tenham respeitados esses seus sagrados direitos de defesa?
Os senhores já pararam para refletir no tamanho da gravidade de tal comportamento das instituições federativas espíritas?
Consultando as suas consciências, os senhores já se deram ao trabalho de observar o nível de imoralidade que isto representa?
Já discerniram no quanto essa imoralidade é tão comprometedora para a imagem do Espiritismo?
Será que não é muito pior essa prática, altamente indecente, do que uma simples citação de um palestrante que não seja exatamente conforme aquilo que a gente pensa?
Analisando friamente a questão, perguntemos:
Pergunto: Sinceramente, amigos, se tem alguém que deve ser impedido de falar em nome do espiritismo, seria o expositor que apenas, talvez, possa falar alguma coisa que não seja cem por cento conforme o pensamento do dirigente do centro ou a instituição que pratica tão elevada prática de imoralidade?
Espero que as lideranças do nosso movimento espírita se dignem a dar atenção a este sério e grave problema.
Apenas para fazer comparação de comportamentos, quero informar que:
Enviei correspondência aos senhores Ministro das Comunicações e ao Presidente da ANATEL, com conteúdo duro, denunciando abusos e pedindo providências acerca de problemas graves no sistema de telefonia do nosso país, recebi atenciosas respostas de ambos e também dos assessores os quais eles incumbiram para apurar as providências.
Enviei, este mês, correspondência ao senhor Ministro da Saúde, também duro, questionando sobre problemas de medicamentos falsificados, medicamentos genéricos, divergências graves nos diagnósticos médicos e o próprio me telefonou, falando sobre a carta, encaminhando o problema a seus assessores que, também, atenciosamente deram importância à queixa e me escreveram.
Será que no meio espírita é possível existir o mesmo tipo de respeito humano entre os seus confrades?
Ou será que vamos, mais uma vez, enfrentar a mesma frieza e indiferença com que trataram Leopoldo Machado, Deolindo Amorim, Hermínio Correa de Miranda, Carlos Imbassahy, Hernani Guimarães Andrade e tantos nobres espíritas que tentaram questionar possíveis equívocos praticados no movimento?
Agradeço pela atenção e fico na expectativa de algum pronunciamento.

Atenciosamente.

Alamar Régis Carvalho


Resumo final, para que fique bem claro

Certamente alguns perturbados, por falta de argumentos, vão querer dizer que "O Alamar está querendo que o espiritismo vire bagunça", "O Alamar quer fazer do espiritismo um picadeiro de circo", "... quer que disponibilizemos a tribuna espírita para qualquer um"...
Não é nada disto que estou propondo, pois não sou nenhum irresponsável e nem inconseqüente. Repito o que já disse: Todos devemos zelar por uma prática espírita conforme o modelo Allan Kardec. Podemos, sim, e devemos questionar as falas e os escritos de todo mundo, podemos até sugerir que determinada pessoa não seja autorizada a falar na tribuna do nosso centro. O que protesto é apenas contra a forma imoral, indecente, ridícula, delinqüente e sem vergonha como isto vem sendo feito no movimento, ou seja, à traição, sem quem ninguém assuma e sem que a pessoa em questão tome conhecimento da proibição e exerça o seu direito de defesa. Protesto contra a falta de transparência, porque esse mau caratismo precisa ser abolido do nosso meio. 

Para a apreciação de todos..

Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia

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