Fim de ano, começo de ano

Bem, o dia vinte e um de dezembro já se foi, e como o mundo não acabou resta à humanidade dar continuidade à vida, e até que nova data para o fim do mundo seja divulgada, a grande maioria continuará vivendo sem atentar para a finalidade maior de nossos espíritos.

Perde-se na esteira do tempo as vezes incontáveis em que se agendou a data para o fim do mundo, e não paramos para raciocinar a respeito, mesmo alguns de nós, envolvidos em movimentos religiosos. É a presença da crença cega.

O Senhor Jesus anunciou que os mansos herdarão a Terra, e isso significa que o planeta vai continuar existindo para acomodar uma geração de espíritos afinados com a mensagem do Evangelho, tendo a oportunidade de dar continuidade ao progresso individual em novo ambiente.

Raciocinando, se os mansos serão os escolhidos, cabe-nos perguntar, diante do espelho, olhos nos olhos, se já fazemos parte daqueles a quem está destinada a Terra, ao fim do período de transição.

Pelo sim, pelo não, convém trabalharmos nosso espírito, diuturnamente, no sentido de pegarmos gosto pela paciência, tolerância, indulgência, bondade e perdão, pela prática do bem, enfim, até que  nosso comportamento seja naturalmente um reflexo das lições de amor que o Senhor nos trouxe.

E mais uma vez as vibrações do Natal e a proximidade de um Novo Ano nos impulsionam em direção ao Cristo, chamando-nos à espiritualização e ao fortalecimento da esperança em dias melhores, que virão pelas nossas próprias mãos.

Portanto, trabalhemos para o fim do mundo, mas o mundo das desigualdades e indiferenças, da violência e da maldade, da dor e do desespero, da ignorância e da miséria moral, das perseguições e exclusões, atendendo o chamamento do Senhor, como trabalhadores da última hora, na Seara que é grande, e onde escasseiam os servidores fiéis.

E que no Ano Novo estejamos com o Cristo, tanto quanto o Cristo está conosco, desde sempre, e até o fim dos tempos.

antônio carlos navarro

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