A MAIOR FESTA PAGÃ DO BRASIL E DO MUNDO
Se olharmos as comemorações do Carnaval com uma visão abrangente apoiado nos conceitos religiosos é uma festa carnal, com celebração pagã, lúdica e dilaceradora. Não poderemos deixar de classificá-la como uma das festas mais populares no Brasil. Reminiscências das festas pagãs greco-romanas, o carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, através do “entrudo”, brincadeira de rua perigosa, suja e violenta do século XVIII. Mais uma celebração vem por aí, conhecido tradicionalmente como o país do carnaval, essa festa da carne, celebração pagã acontece no mês de fevereiro tradicionalmente, traz alegrias para uns e tristezas a outrem. Em todas as cidades e principalmente nas capitais, milhares de pessoas se preparam para o tão sonhado acontecimento. Em algumas regiões semanas inteiras são dedicados aos foliões que se habilitam a percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som extravasando suas emoções e suas paixões carnais. Sendo a festa urbana do país, criada pelo povo e mantida por ele, suas manifestações são livres, criadoras e espontâneas, sambistas, frevistas e admiradores de maracatus fazem a festa.
Para sermos bem claro, em 1641, no Rio de Janeiro a festa foi evoluindo, até a consolidação do samba e das marchinhas, a partir de 1930. Os bailes de máscaras em 1835 e os desfiles de carros alegóricos em 1835, as camadas populares dançavam, cantavam com entusiasmo nas ruas ao ritmo da percussão. Nos bailes ao som de bandas de música todos eram envolvidos na festa pelos ritmos da polca, xótis, maxixe e valsa. Um ato de entrega, de transe e êxtase, de liberação de todas as tensões reprimidas e da envolvência absoluta entre o real e o fantástico, capaz de, num único e frenético impulso, balançar o chão das praças. “A partir de 1889 Chiquinha Gonzaga, com seu - (Abre Alas), o carnaval ganhou música própria, ganhando destaque: sambas, marchinhas, atingindo o seu grande apogeu entre 1930 a 1960. O frevo pernambucano que completos cem anos, é uma marcha ritmo frenética, característica do Estado. No Ceará o que empolga são os maracatus, visto que as escolas de sambas e cordões são paupérrimos e cada brincante faz a sua parte para ascender à alegria da plateia da Avenida Duque de Caxias”.
O carnaval no Rio de Janeiro e São Paulo é um luxo só. Fantasias das mais variadas cores extravagantes e modelos com criatividades sem precedentes, desfilam pelas passarelas. O culto à sensualidade já marca o compasso de espera e é a marca registrada dos componentes, dos integrantes das escolas de samba que desfilam seus carros alegóricos em meios às luzes dos refletores e câmaras de TVs tentando focar os corpos desnudos das mulheres em meios aos gritos desconexos vindo das arquibancadas abarrotadas de multidões esperando suas escolas passarem para serem aclamadas e reverenciadas como culto explicito ao paganismo declarado. Em Salvador é comum o trote: grupos de foliões brincam cobertos com mortalhas e máscaras. A atração maior são sem dúvida os trios elétricos, mas no Rio de Janeiro também existem os ranchos e blocos. No Ceará o carnaval não tem muita tradição, pois o folião prefere as praias e o tradicional mela-mela. Já em Manaus o carnaval vem crescendo a cada ano, com suas belas fantasias e danças ao som de samba-enredo ou antigos sucessos carnavalescos. Durante quatro dias toda esta movimentação aparentemente harmoniosa com ritmos atordoantes e alucinantes regados a bebidas alcoólicas e sexo sem limites enchem ilusoriamente o coração de seus participantes nos variados clubes das noites, na esperança de poderem neste espaço de tempo ceder sem nenhum temor a Deus às suas luxúrias, na ignorância de que na quarta-feira confessando os seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta celebração.
Talvez vocês não concordem conosco, porém Infelizmente o maior inimigo do ser humano é a sua ignorância. A ignorância tem cegado o entendimento, a lucidez da mente, porém Deus declara com muita rigidez em sua Palavra, a Bíblia as seguintes advertências: Conforme assevera Pr. Nélson R. Gouvêa. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Como Deus é bom, mesmo sendo uma festa de origem pagã o povo sofrido brasileiro merece dias de lazer, no entanto sabendo que seu direito termina, quando começa a do outro. Para uns a palavra carnaval vem de Carrumnavalis, os carros navais que faziam as aberturas das Dionísias gregas nos séculos VII e VI A.C., para outros a palavra carnaval surgiu quando Gregório I, O grande, em 590 D.C., transferiu o início da quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo da Páscoa. A palavra carnaval teria surgido em Milão na Itália, em 1130, outros afirmam que foi na França, em 1268. No Brasil a origem não é menos controvérsia. Alguns se baseiam na festa feita pelo povo para receber a família real no Brasil, como marco zero do carnaval, outros já citam o aparecimento dos primeiros cordões, no início dos anos 20, como o surgimento do que mais se aproxima do carnaval de hoje. O ponto negativo do carnaval é que o país para por completo e o saldo da festa é horrendo, mas seja à vontade do povo que quer cantar, pular, dançar ao som de samba enredo, frevos, forró, e os velhos sucessos musicais que nunca são esquecidos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.
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