a partir de maio 2011

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sábado, 3 de dezembro de 2011

Disciplina


Numa de suas acepções, disciplina significa observância de preceitos ou normas.

Para o cristão, do ponto de vista moral, como regra e roteiro de conduta, essa disciplina está contida nos ensinamentos de Jesus.

Em relação à atividade mediúnica, o espírita tem como paradigma a recomendação dos Espíritos, colocada por Kardec nas obras da Codificação, especialmente em O Livro dos Médiuns.

Neste particular, há que se distinguir dois aspectos:

O primeiro, os cuidados do médium em relação a si mesmo;

O segundo, pertinente às atividades mediúnicas propriamente ditas.

No primeiro caso, o médium responsável cuida da sua higiene mental tanto quanto da higiene física. Sabe que flashes mentais bombardeiam continuamente seu campo mental e busca separar o joio do trigo, não cedendo às sugestões que o podem prejudicar.

No segundo, na sua participação aos denominados trabalhos práticos, preparação adequada para comparecer às reuniões, cumprimento dos horários, total renúncia a qualquer vantagem de ordem material, seja ela qual for.

O exercício da caridade, tanto a material quanto a moral, precisa estar presente no contexto da disciplina do médium esclarecido. Tem a ver com o aspecto da boa sintonia, pois representa esforço contrário ao cultivo do egoísmo e do orgulho.

Para bem desempenhar suas tarefas, há que manter a disciplina da saúde física.

Neste particular, Cairbar Schutel, no livro Fundamentos da Reforma Íntima, dá-nos importantes subsídios no capítulo denominado “Disciplina da Saúde Física”, tanto em relação a aspectos materiais, como a fatores psicológicos e espirituais, entre outros.

No que diz respeito à sugestão, a vigilância do médium é extremamente importante, uma vez que os adversários do bem utilizam esse mecanismo com muita frequência, buscando interferir em suas ideias, negativamente.

O estudo, a meditação, a prece, são de vital importância para o médium e suas atividades mediúnicas.

No dia a dia, há que exercitar continuamente a força de vontade para acolher o que é bom, na esfera dos pensamentos, e rejeitar o que é mau, prevenindo dificuldades imprevisíveis.

A fascinação tem aí o seu início. Importante, pois, as escolhas que o médium faz no campo de suas elucubrações. Trata-se do uso que faz do seu livre-arbítrio. Suas palavras e atitudes são precedidas daquilo que é agasalhado em sua mente, e em seu coração.

Convém ao médium perguntar-se, periodicamente: “O que estou fazendo da minha mente, dos meus pensamentos? E do meu coração, meus sentimentos? Estão de acordo com os ensinamentos de Jesus? Estão em acordo com as orientações dos Espíritos, contidas na Doutrina que abraço?”

Ser médium faz parte da programação reencarnatória. Contribui para a evolução do encarnado se bem utilizada, não perdendo de vista o seu aspecto caritativo, contido no ensinamento de Jesus “dar de graça o que de graça se recebe”.

A disciplina deve aí estar presente.

O caráter do médium espírita precisa refletir os princípios da Doutrina que, não por acaso, elegeu para sua vida.

A intenção, do médium em geral, e do espírita em particular, e sem segundas intenções, deve ser sempre a de colaborar com Jesus e seus emissários, no que estiver ao seu alcance, em benefício do próximo. Essa a finalidade dos grupos e das associações espíritas.

Que a disciplina, pois, faça parte de nossas prioridades atuais.



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