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domingo, 14 de abril de 2019

ENCAMINHANDO ESPÍRITOS

 por hugolapa

Muitas pessoas me pediram que formulasse um guia ou roteiro de auxílio para encaminhar desencarnados ou recém desencarnados após a morte. Nessa oportunidade, farei uma breve descrição de como cada pessoa pode conduzir um espírito para o astral superior, ou plano espiritual mais elevado, a fim de que o espírito não fique aprisionado dentro do nível da crosta terrestre e ligado a um ou mais encarnados.
O procedimento em si é bastante simples, mas para algumas pessoas pode ser um ato de desapego muito difícil de ser realizado. Isso porque no fundo não desejamos que um ente querido, que muito amamos, e que acabou de desencarnar fique longe de nós. No entanto, é de extrema importância que isso ocorra, por dois motivos bem simples: Em primeiro lugar, os desencarnados necessitam deixar a vida material, que é o seu caminho natural, para que possam seguir na vida espiritual, que é o mais apropriado a sua condição. Em segundo lugar, os espíritos que ficam presos a Terra podem atrapalhar sobremaneira os encarnados, fechar seus caminhos, transmitir-lhes doenças e energias ruins, mesmo que tenham boas intenções. Por isso, é essencial que eles sigam pela via da ascensão a planos mais elevados.
Vamos então explicar os passos que devem ser seguidos a fim de enviar um espírito para níveis mais sutis.
1 – Faça uma oração inicial, pedindo a proteção de Deus nesse trabalho que você irá realizar.
2 – Procure mentalizar o espírito com a aparência que ele tinha na Terra e sentir a sua presença.
3 – Caso tenha alguma pendência com esse espírito, você deve praticar o perdão, o pedido de perdão e o arrependimento. Por exemplo, supondo que se trate de um espírito que, em vida, nos fez muito mal, e após a morte ainda nos persegue. Perdoe esse espírito do mal que ele te causou, e diga que ele está livre para ir. No caso do espírito ser alguém que, em vida, foi maltratado por nós, peça perdão pelo que você fez, e diga-lhe que se arrepende de seus atos. Caso você não consiga perdoar e não se arrependa dos seus atos, encerre o exercício, pois não é possível se realizar esse experimento quando ainda guardamos mágoas, ódio, ou qualquer sentimento negativo diante daquela pessoa. Em suma, diga a ele o que gostaria de dizer, sempre tomando por base o perdão, o arrependimento e o autoperdão. Seja um pedido de perdão ao espírito, seja perdoando o espírito pelo mal que fez a você, seja perdoando a si mesmo pelo mal que praticou. Se você perceber que o espírito o acusa ou ataca de alguma forma, projete nele energias de amor, perdão, e envolva-o em luz.
4 – Explique a ele mentalmente a razão de ir ao astral superior. Essa justificativa tem como base os dois motivos de apresentamos, ou seja, é seu caminho natural após a morte e que, caso ele fique preso aqui, ele vai sofrer e vai fazer outras pessoas sofrerem como ele, mesmo que ele não se dê conta do mal que está fazendo ou pode fazer.
5 – Após esta explicação, diga a ele que, nesse momento, se abre ao seu lado um portal, com um túnel e uma luz branca no final desse túnel, o qual ele deve percorrer. Informe-o que ele precisa ir na direção da luz branca que fica no final desse túnel. Se ele não estiver indo por si mesmo, visualize-o indo na direção da luz, e o mais importante, mentalize que ele está se fundindo ou se integrando nessa luz branca.
6 – Durante esse processo, você pode orar aos guias espirituais, aos mentores, ou aos espíritos de luz que o amparem nesse caminho rumo a luz branca. Ore aos espíritos bons para que o acompanhem nessa jornada e o introduzam no mundo dos espíritos. É possível que, antes mesmo de invocarmos os guias, eles já apareçam para acompanha-lo.
7 – Pode acontecer de o espírito ficar relutante, e demonstrar medo de seguir até a luz. Neste caso, peça a presença dos entes queridos do espírito que já se encontrem desencarnados. Nesse momento, podem aparecer diversos espíritos de parentes, pessoas que ele ama, da vida atual ou de vidas passadas. Eles vão conversar com o espírito e mostra-lo que não há qualquer perigo nesse caminho. Isso é necessário para o espírito sentir-se seguro com pessoas que ele já conhece, ama e confia.
8 – Assim que o espírito se integrar na luz, encerre a mentalização. Se você não perceber que o espírito se integrou na luz, encerre o exercício logo após você o visualizar se fundindo na luz branca. Depois disso, procure não mais pensar nisso e vá realizar suas ocupações habituais.
No caso de hesitação, ou de dificuldade em encaminhar o espírito, não continue o procedimento. Dê por encerrado o exercício e procure um centro espiritual que trabalhe com desobsessão.
Você pode estar se perguntando se existe algum perigo em se realizar esse procedimento. A princípio não há qualquer perigo, pois o máximo que pode ocorrer é o espírito permanecer preso a você, ou rondando sua residência ou qualquer outro local em que você se encontre. Dessa forma, nada de mal poderá ocorrer que já não estivesse ocorrendo antes. No caso de você não conseguir concluir o experimento, procure um centro para que seja feita a desobsessão.
Pode acontecer de algumas pessoas não conseguirem realizar esse procedimento, pois inconscientemente não desejam que um espírito que muito amam vá embora. Se for esse o seu caso, procure trabalhar o desapego em você, e liberte o espírito que está aprisionado. Muitas vezes não é o espírito que está preso a você, mas sim você que pode estar prendendo o espírito. Pode ocorrer também uma prisão mútua, onde ambos não desejam dissociar-se um do outro, permanecendo em um estado de “simbiose espiritual”. Aqui procede a analogia do jovem que amadureceu, chegou a certa idade, e que deve sair da casa de seus pais para encontrar seu próprio caminho na vida. Esse costuma ser um momento doloroso para os pais, no entanto, é necessário. Os filhos precisam sair de casa, pois esse é o caminho natural para se desenvolverem e amadurecerem como seres humanos. Da mesma forma, o espírito precisa seguir seu caminho e deixar o corpo, os familiares,os amigos, e toda a vida que tinha na matéria, pois chegou ao fim seu prazo na vida atual.
Aqui vale a máxima: A libertação é imprescindível ao desenvolvimento e ao despertar de nossas faculdades.
Observações importantes:
Esse experimento deve ser realizado apenas com espíritos que conhecemos em vida, sejam parentes, amigos ou conhecidos. Não o pratique em casos de espíritos que você não conheça.
No caso de você começar a sentir-se mal, encerre o experimento e procure um centro espiritual que trabalhe com desobsessão.
Se você for médium de incorporação, não faça esse exercício sozinho(a), pois se você “incorporar” o espírito, não existirá outra pessoa próxima de você para encaminha-lo.
Se você for uma pessoa impressionável, ou tiver qualquer outro problema psicológico, assim como algum transtorno mental um pouco mais grave, não pratique esse experimento. Peça ajuda num centro espiritual. É sempre bom seguir nossa intuição e perguntar ao nosso ser interior se o melhor caminho é a realização dessa visualização.
Mande o seu relato desse exercício para lapapsi@gmail.com
Autor: Hugo Lapa
lapapsi@gmail.com

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