Luiz Carlos D. Formiga
Um dos maiores preconceitos pode ser encontrado na Lepra. A pessoa com uma doença infecciosa curável, chamada Hanseníase, é discriminada. O preconceito se transfere para a atitude, aparecendo níveis de afastamento, discriminação e segregação. (2)
Num Estado Democrático de Direito podemos encontrar guerra religiosa e práticas fanáticas. Entre nós temos duas torres gêmeas: a Umbanda e o Candomblé. Basta vestir branco para ser expulso da favela por “traficantes convertidos.”
A violência não é privilégio desta última classe de espíritos. Podemos encontrá-la na classe média. Não sei se o termo “classe média” é um “pejorativo”.
No âmbito de uma comemoração, disse a professora universitária: “a classe média é o atraso de vida, estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e uma abominação cognitiva, porque é ignorante.”
Numa entrevista, outro cidadão comentava o povo nas ruas:
“(…) Essa realidade vai mudar. Se a população atacar, partir pro contra-ataque. Sou favorável a arranhar carro de autoridade, a jogar ovo, sou favorável à revolta, ao quebra-quebra. Isso não é vandalismo. Vandalismo é botar pessoas quatro horas na fila das barcas todo dia. Vandalismo é roubar o dinheiro público.”
O Ministro Decano do STF, Celso de Melo, dia 18 de setembro de 2013, nos permitiu avaliar o estágio em que se encontrava, no final do julgamento da Ação Penal, rotulada como Mensalão.
Não é democrático ser violento. Necessitamos nos colocar acima da ideologia. Na sociedade atual, vamos encontrar estágios diferentes no processo evolutivo pessoal.
Em alguns, as consequências físicas determinam se a ação é um ato bom ou não. Os motivos morais são apenas baseados no desejo de evitar a punição.
Nos estágios iniciais o bom ou o certo é aquilo que satisfaz necessidades pessoais. Nesse nível quando a pessoa é agredida, ela também agride. Já existe a igualdade e a reciprocidade, no entanto apenas por motivos pragmáticos. Não há lealdade, gratidão ou justiça.
Em estágios avançados de conduta as pessoas já mostram respeito pela autoridade, pelas regras fixas e pela manutenção da ordem social.
A evolução caminha surgindo o respeito pelos direitos individuais, que são baseados no livre acordo. Embora se valorize o aspecto legal, já se admite a mudança da lei em função da utilidade social.
Num estágio posterior, as decisões são norteadas por Princípios Éticos selecionados, como justiça, reciprocidade, igualdade e respeito pela dignidade do ser humano. Nem tudo que é legal pode ser considerado moral.
Através desse processo evolutivo, foram surgindo Escolas Éticas (3), mas uma delas, a Ética Espírita, ainda não é considerada pela maioria dos estudiosos.
Na Ética das Virtudes buscava-se “O Caminho do Meio”.
Com Jesus, na Ética do Amor, aprendemos a “fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse”.
No estado atual da educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos, conversação digna e cristalina, numa assembleia superior a três criaturas encarnadas, disse o espírito André Luiz pelo médium Chico Xavier.
No século XX, Harbermas nos fala que uma norma é válida, quando todos aqueles que possam ser afetados, por ela, a aceitam sem coação. Introduz prévia condição: que todos tenham tido livre participação no evento prático, na discussão, no discurso, que levou a formulação daquele acordo.
Sem coação, Allan Kardec brilhou, “parecendo um sol derramado no século XIX”.
Com ele nos permitimos ampliar o número de pessoas, no diálogo, na discussão, na assembleia requerida por Harbermas.
O pesquisador francês havia convocado as Pessoas Desencarnadas para a assembleia, onde haveria a participação no discurso prático. Nos oferece assim um tratado de “Psicologia Experimental”.
Na assembleia surge então o “mar de estrelas”, o “céu prateado”, o Sol da Ética Espírita com “O Livro dos Médiuns”.
Nele, vamos encontrar: “Espíritas amai-vos, este é o primeiro mandamento, instruí-vos, este é o segundo” (cap. 31, item 9).
Jesus sempre esteve em situação difícil, diante da crise, fase difícil, grave, onde todos estavam tensos, no conflito, queriam justiça com as próprias mãos, mas a mulher encontrou Nele o argumento que evitou o apedrejamento. (4)
Estamos diante de uma ética transdisciplinar, aquela que não recusa o diálogo, a discussão, seja qual for sua origem – de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política ou filosófica.
O espírita deverá reconhecer que o saber compartilhado conduzirá a uma compreensão também compartilhada, baseada no respeito absoluto das diferenças entre os seres, unidos pela vida comum sobre Terra, no terceiro milênio (5)
Já Emmanuel, outro espírito, pelo mesmo médium, disse que “quando uma centésima parte do Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a Terra será plenamente libertada do mal”. (**)
Espíritas, não somos muitos. Que não nos abata o pequeno número de colaboradores, que possamos lembrar a advertência de Emmanuel, em termos de “centésima parte”.
Jesus, O Mestre, começou o apostolado buscando o concurso de Pedro e André. (6)
(*) Texto elaborado para a reunião dos 15 anos de funcionamento do NEU-RJ.
(**) Oliveira, Alkíndar. Decálogo do Expositor Espírita. Mundo Espírita. Página 2, fevereiro de 1998.
Leitura adicional
(1) Filhos de Gandhi
(2)Termos preconceituosos relacionados a deficiências, principalmente à hanseníase
(3) Gontijo, J.T. 2011. Ética Espírita – Um esforço para delineação.
(4) Crises e Argumentos. CEERJ
(5) Ética, Sociedade e Terceiro Milênio
(6) Emmanuel, Francisco C. Xavier. “Cristo e Nós”. Livro Fonte Viva, FEB Editora.
Este artigo, também, está disponível para a leitura no endereço abaixo:
http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2013/09/a-ciencia-do-amor.html
Seu brilho parece um sol derramado, um céu prateado, um mar de estrelas (1).
Um dos maiores preconceitos pode ser encontrado na Lepra. A pessoa com uma doença infecciosa curável, chamada Hanseníase, é discriminada. O preconceito se transfere para a atitude, aparecendo níveis de afastamento, discriminação e segregação. (2)
Num Estado Democrático de Direito podemos encontrar guerra religiosa e práticas fanáticas. Entre nós temos duas torres gêmeas: a Umbanda e o Candomblé. Basta vestir branco para ser expulso da favela por “traficantes convertidos.”
A violência não é privilégio desta última classe de espíritos. Podemos encontrá-la na classe média. Não sei se o termo “classe média” é um “pejorativo”.
No âmbito de uma comemoração, disse a professora universitária: “a classe média é o atraso de vida, estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e uma abominação cognitiva, porque é ignorante.”
Numa entrevista, outro cidadão comentava o povo nas ruas:
“(…) Essa realidade vai mudar. Se a população atacar, partir pro contra-ataque. Sou favorável a arranhar carro de autoridade, a jogar ovo, sou favorável à revolta, ao quebra-quebra. Isso não é vandalismo. Vandalismo é botar pessoas quatro horas na fila das barcas todo dia. Vandalismo é roubar o dinheiro público.”
O Ministro Decano do STF, Celso de Melo, dia 18 de setembro de 2013, nos permitiu avaliar o estágio em que se encontrava, no final do julgamento da Ação Penal, rotulada como Mensalão.
Não é democrático ser violento. Necessitamos nos colocar acima da ideologia. Na sociedade atual, vamos encontrar estágios diferentes no processo evolutivo pessoal.
Em alguns, as consequências físicas determinam se a ação é um ato bom ou não. Os motivos morais são apenas baseados no desejo de evitar a punição.
Nos estágios iniciais o bom ou o certo é aquilo que satisfaz necessidades pessoais. Nesse nível quando a pessoa é agredida, ela também agride. Já existe a igualdade e a reciprocidade, no entanto apenas por motivos pragmáticos. Não há lealdade, gratidão ou justiça.
Em estágios avançados de conduta as pessoas já mostram respeito pela autoridade, pelas regras fixas e pela manutenção da ordem social.
A evolução caminha surgindo o respeito pelos direitos individuais, que são baseados no livre acordo. Embora se valorize o aspecto legal, já se admite a mudança da lei em função da utilidade social.
Num estágio posterior, as decisões são norteadas por Princípios Éticos selecionados, como justiça, reciprocidade, igualdade e respeito pela dignidade do ser humano. Nem tudo que é legal pode ser considerado moral.
Através desse processo evolutivo, foram surgindo Escolas Éticas (3), mas uma delas, a Ética Espírita, ainda não é considerada pela maioria dos estudiosos.
Na Ética das Virtudes buscava-se “O Caminho do Meio”.
Com Jesus, na Ética do Amor, aprendemos a “fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse”.
No estado atual da educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos, conversação digna e cristalina, numa assembleia superior a três criaturas encarnadas, disse o espírito André Luiz pelo médium Chico Xavier.
No século XX, Harbermas nos fala que uma norma é válida, quando todos aqueles que possam ser afetados, por ela, a aceitam sem coação. Introduz prévia condição: que todos tenham tido livre participação no evento prático, na discussão, no discurso, que levou a formulação daquele acordo.
Sem coação, Allan Kardec brilhou, “parecendo um sol derramado no século XIX”.
Com ele nos permitimos ampliar o número de pessoas, no diálogo, na discussão, na assembleia requerida por Harbermas.
O pesquisador francês havia convocado as Pessoas Desencarnadas para a assembleia, onde haveria a participação no discurso prático. Nos oferece assim um tratado de “Psicologia Experimental”.
Na assembleia surge então o “mar de estrelas”, o “céu prateado”, o Sol da Ética Espírita com “O Livro dos Médiuns”.
Nele, vamos encontrar: “Espíritas amai-vos, este é o primeiro mandamento, instruí-vos, este é o segundo” (cap. 31, item 9).
Jesus sempre esteve em situação difícil, diante da crise, fase difícil, grave, onde todos estavam tensos, no conflito, queriam justiça com as próprias mãos, mas a mulher encontrou Nele o argumento que evitou o apedrejamento. (4)
Estamos diante de uma ética transdisciplinar, aquela que não recusa o diálogo, a discussão, seja qual for sua origem – de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política ou filosófica.
O espírita deverá reconhecer que o saber compartilhado conduzirá a uma compreensão também compartilhada, baseada no respeito absoluto das diferenças entre os seres, unidos pela vida comum sobre Terra, no terceiro milênio (5)
Já Emmanuel, outro espírito, pelo mesmo médium, disse que “quando uma centésima parte do Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a Terra será plenamente libertada do mal”. (**)
Espíritas, não somos muitos. Que não nos abata o pequeno número de colaboradores, que possamos lembrar a advertência de Emmanuel, em termos de “centésima parte”.
Jesus, O Mestre, começou o apostolado buscando o concurso de Pedro e André. (6)
(*) Texto elaborado para a reunião dos 15 anos de funcionamento do NEU-RJ.
(**) Oliveira, Alkíndar. Decálogo do Expositor Espírita. Mundo Espírita. Página 2, fevereiro de 1998.
Leitura adicional
(1) Filhos de Gandhi
(2)Termos preconceituosos relacionados a deficiências, principalmente à hanseníase
(3) Gontijo, J.T. 2011. Ética Espírita – Um esforço para delineação.
(4) Crises e Argumentos. CEERJ
(5) Ética, Sociedade e Terceiro Milênio
(6) Emmanuel, Francisco C. Xavier. “Cristo e Nós”. Livro Fonte Viva, FEB Editora.
Este artigo, também, está disponível para a leitura no endereço abaixo:
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http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/A_CIENCIA_DO_AMOR_LCF.html
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