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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Livre-arbítrio

Podemos fazer nascer as naturezas que nos são simpáticas, ideias mais humanas, suscitar ações, sentimentos mais nobres e mais elevados; mas não temos o poder de forçar ou de dominar ninguém, nem de impor a nossa vontade aos homens cuja vontade é inteiramente independente da nossa. O livre-arbítrio do homem nos é sagrado. (R.E., mai/1868, “Carta de um defunto ao seu amigo”)(1)
Sim, meus amigos, aprendei a instrui-vos (por livre-arbítrio) e, antes de tudo, progredi em moralidade pelo amor ao próximo, pela caridade, pela fé: é o essencial, é o passaporte, à vista do qual as portas do santuário infinito vos serão abertas. (R.E., mar/1867, “Tudo vem a seu tempo”)(1)
Assisto a todas as tuas conversas mentais, mas sem as dirigir; teus pensamentos são emitidos em minha presença, mas eu não os provoco. É o pressentimento dos casos, que têm alguma chance de se apresentar, que faz nascer em ti os pensamentos adequados à resolução das dificuldades que poderiam te suscitar. Aí está o livre-arbítrio: é o exercício do Espírito encarnado, tentando resolver problemas que ergue em si mesmo. (R.E., ago/1867, “A responsabilidade moral”)(1)
Há, por certo, leis gerais a que o homem está fatalmente submetido; mas é erro crer que as menores circunstâncias da vida sejam paradas de antemão de maneira irrevogável; se assim fosse, o homem seria uma máquina sem iniciativa e, por consequência, sem responsabilidade. O livre-arbítrio é uma das prerrogativas do homem; desde o momento que ele é livre de ir para a direita ou para a esquerda, de agir conforme as circunstâncias, seus movimentos não são regulados como os de uma máquina. Conforme faz ou não faz uma casa e conforme a faz de uma maneira ou de outra, os acontecimentos que disso dependem seguem um curso diferente; desde que subordinados à decisão do homem, não são submetidos à fatalidade. Os que são fatais são os que são independentes da vontade. Mas, todas as vezes que o homem pode reagir em virtude de seu livre-arbítrio, não há fatalidade. (R.E., mai/1866, “Aquiescência à prece”)(1)
Vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos, ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva o seu livre-arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. (R.E., jan/1863, “Estudo sobre os possesso de Morzine”)(1)
O livre-arbítrio existe pois, muito realmente no homem, mas com um guia: a consciência. (R.E., out/1863, “O livre-arbítrio e a presciência divina”)(1)
O livre-arbítrio é o mais belo privilégio do espírito humano e uma prova brilhante da justiça de Deus, que torna o Espírito árbitro de seu destino, pois que de si depende abreviar o sofrimento, ou prolongá-lo pelo endurecimento e pela má vontade. (R.E., nov/1862, “Os mistérios da Torre de São Miguel, em Bordeaux”)(1)
Em muitas ocasiões a experiência provou que o Espírito isolado do corpo tem sempre a sua vontade (livre-arbítrio) e só diz o que quer. Compreendendo melhor o alcance das coisas, é mesmo mais prudente e discreto do que se desperto. Quando diz uma coisa, é que julga útil dizê-lo. (R.E., jan/1860, “O Espírito de um lado, o corpo do outro”)(1)
Alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal porque eles têm o livre-arbítrio. – Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria. (L.E., 121)(2)
Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos. Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio o homem seria máquina. (L.E., 843)(2)
As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar. – Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Querer é poder. (L.E., 845)(2)
Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário. (L.E., 844)(2)
Ao animal falta o livre-arbítrio. (L.E., 595 e 599)(2)

1. KARDEC, Allan. Revista Espírita.
2. _________. O Livro dos Espíritos.


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