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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sexto sentido é um alerta importante no cotidiano

Fabiano Ferreira

- Quantas vezes você já se pegou com percepções diferentes das usuais ou mesmo tomou decisões que à primeira vista não tinham explicação lógica, mas que no final das contas acabaram sendo corretas? Uns desconsideram, outros tentam reforçá-lo. Com a crescente importância que as pessoas vêm dando à intuição, seu “primo-irmão”, o sexto sentido, vem sendo também cada vez mais discutido. Mas será que ele existe? É possível aguçá-lo e tirar proveito do seu significado para o dia-a-dia? O ser humano sempre se questionou ao longo de sua história sobre a capacidade de intuir. As dúvidas giram em torno do lado místico que a intuição tem, bem como sua relação com o sobrenatural. O mais interessante é que a a ciência aceita e explica o fenômeno do sexto sentido. Os paranormais acreditam que ele é resultado de uma gama de habilidades (telepatia, clarividência, precognição, entre outros). Por isso, o sexto sentido nos faz perceber coisas que estão além daquilo que entendemos como concreto. Por isso o sentimento é relacionado a estados mentais do ser humano. 

Outra explicação, essa mais popular e intrigante, diz que o sexto sentido é aquela “vozinha interna” que volta e meia nos comunica sobre o que fazer ou não. Essa habilidade é inata ao ser humano. Para exercitá-la seria preciso prestar mais atenção em si, ao redor e nos sinais que estão presentes na natureza e nas relações. Para o mestre João Luiz Cardoso, tarólogo e sensitivo, o sexto sentido é aquela sensação que nos faz pressentir perigos físicos ou emocionais. “É o sexto sentido quem controla a intuição e nos alerta das situações de riscos. Ele funciona como um sistema de defesa, pois capta antecipadamente tudo aquilo que pode nos ferir”, diz. O sexto sentido foi fundamental para a evolução da raça humana. Sem ele, nossos ancestrais não poderiam antecipar as ameaças e se defender. “Com a complexidade da vida moderna, o sexto sentido ganhou outras utilidades.

Por exemplo: a mulher, sem nenhum motivo aparente, desconfia que o marido tem uma amante e começa investigar até confirmar sua suspeita, ou o homem, que antes de fechar um negócio tem uma súbita sensação que não vai dar certo e desiste no último minuto e mais tarde descobre que se livrou de um problema”, detalha Cardoso. Outro exemplo são pessoas que desistem de viagens de avião, por um súbito sentimento de perigo, e se salvam de acidentes gravíssimos. Algumas pessoas usam o sexto sentido inconscientemente, simplesmente reagindo a seus instintos.

Visão espírita
Para o espiritismo, o sexto sentido pode ser comparado aos pressentimentos. O Livro dos Espíritos explica que pressentimento é o conselho íntimo e oculto de um espírito que nos quer bem. “Antes de encarnar, o espírito tem conhecimento das principais fases de sua existência e das provas a que será submetido durante a sua trajetória na terra. Quando estas têm um caráter marcante, ele conserva no seu íntimo uma espécie de impressão, que é a voz do instinto, que desperta quando o momento se aproxima, como pressentimento”, diz Fábio Gallinaro, da Fraternidade Espírita União, de São Paulo. 

Dessa forma, a doutrina espírita entende a expressão "sexto sentido" como as sugestões dos bons espíritos, que servem como advertências para nossa conduta moral e outros aspectos da vida particular. “Mesmo assim, freqüentemente fechamos os ouvidos às boas sugestões dos espíritos protetores e por isso nos sentimos infelizes”, diz Gallinaro. Outro referencial espírita, o “Livro dos Médiuns”, diz que o pressentimento também constitui uma espécie de mediunidade e, como todas as outras, pode ser exercitada. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. 

Aprenda a se ouvir mais
O silêncio é a maneira mais eficaz de exercitar o sexto sentido. “Quando aprendemos a ouvir nossos sentimentos mais profundos, desenvolvemos a capacidade de aumentar o sexto sentido. Ouvir a voz interior é o caminho para desenvolver esta poderosa ferramenta de proteção, que nos faz ter uma vida mais segura, física e emocionalmente. Mas, infelizmente, não estamos habituados ao silêncio e perdemos contato com a força do sexto sentido”, diz o sensitivo João Luiz Cardoso. Evitar bebidas alcoólicas e drogas, que afetam a consciência, também ajuda a manter o sexto sentido em bom funcionamento. Há estudos que ligam o sexto sentido à glândula pineal, responsável pelas experiências extra-sensoriais, mas os estudos ainda não são definitivos.

Para que o sexto sentido entre em ação é preciso que os demais estejam em pleno funcionamento. Ou seja, tato, audição, visão, olfato e paladar devem ser constantemente ativados por diferentes experiências. Tocar novas superfícies, sentir outras texturas, provar alimentos exóticos, se dedicar a conhecer sons diferentes dos habituais e sentir mais o cheio da natureza e sua beleza podem ser um bom começo. Com todos sentidos ativados, o cérebro tem condições de captar de forma mais ampla o que ocorre ao seu redor. A pessoa fica mais desperta, mais atenta e, portanto, em melhores condições de perceber o que está além do que vê. O sexto sentido também está diretamente ligado ao conhecimento. Quanto mais lemos, nos informamos, fazemos ligações e contrapontos, mais damos ao cérebro condições para criar novas conexões de neurônios. É a elas que recorremos para trazer o passado à tona ou mesmo especular o futuro. Dessa forma, pode haver até mais sentidos e não somente um sexto. 

Sensações nos influenciam
O sexto sentido tem ligação direta com nossos sistemas de defesa físico e emocional. Ele seria o operador da nossa intuição, que funciona como um radar para alertar sobre ameaças. “Se a pessoa não usa nenhuma droga que altera o nível de consciência, em sintonia com os demais sentidos, o sexto sentido pode ajudar muito. Acreditar ou não neles é uma experiência individual. Posso afirmar apenas que quando o sexto sentido atua os resultados são inacreditáveis”, diz o mestre João Luiz Cardoso. Para os espíritas, o sexto sentido pode ser entendido também como "sinais" ou "avisos", que soam para nós como a voz da consciência. “Por quantas vezes recebemos conselhos e não sabemos aproveitá-los?, pergunta Fábio Gallinaro, da Fraternidade Espírita União. “Através da oração ficamos mais próximos dos avisos dos bons espíritos e podemos acreditar seguramente nas sensações que chegam até nós, por intermédio da intuição ou pressentimento”.


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