a partir de maio 2011

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UM MANUAL DE LEITURA ESPÍRITA?

Marcelo Henrique Pereira (*)


Vez por outra o assunto volta à baila: existe a pureza ou o purismo doutrinário? Quais os critérios de classificação de leituras como espíritas ou não? Deve existir um critério? Devem os organismos espíritas publicarem guias ou manuais?
  
São por demais conhecidos, entre os estudiosos do Espiritismo, os fundamentos, metodologia, critérios e a sistemática do trabalho empreendido por Allan Kardec na seleção das mensagens psicográficas ou psicofônicas, ditadas pelos Espíritos. O decantado senso de observação e o rigor científico do Codificador erigiu o Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos (CUEE) como a espinha dorsal da produção medianímica e sua divulgação para a Humanidade, segundo os pressupostos da Doutrina dos Espíritos.
 
Bem resumidamente, já que Kardec exaustivamente trata do CUEE em várias de suas obras, seja direta seja indiretamente, podemos dizer que a regra é a de que QUALQUER ESPÍRITO desencarnado pode se manifestar aos encarnados, por sintonia e afinidade vibratórias e a variedade dos níveis evolutivos do comunicante é tão vasta quanto o próprio Universo. Assim, podemos ter manifestações de espíritos esclarecidos, sábios, bons e, também, de zombeteiros e pseudossábios, na exata proporção da existência destes quilates entre os próprios “vivos”, já que a ida para o “lado de lá” não produz significativas alterações no “estado íntimo”, nas crenças, na intelectualidade nem na moralidade de quem retorna ao Plano Espiritual. Em outras palavras, continuaremos a nos expressar de modo similar ao da existência física e guardaremos praticamente os mesmos gostos, afeições, pendores e interesses demonstrados quando em vida (física).
 
Se, em regra, todo e qualquer espírito pode se manifestar e se a MEDIUNIDADE necessita, segundo o padrão de entendimento espiritista, do veículo (meio) que é o MÉDIUM, sendo que este também “atrai” ou se “vincula” a muitas personalidades invisíveis pela aproximação fluídica ou psíquica – considerados, aqui, também, a afinidade vibratória e a similaridade entre opiniões e comportamentos – estamos diante de um quadro múltiplo e plural para as manifestações mediúnicas. Numa sessão, então, podem afluir inúmeros espíritos, dos quais muitos serão bastante imperfeitos, “necessitados” de consolo e orientação, outros “obsessores” ou “subjugadores” de encarnados que aqui permanecem, “curiosos”, “brincalhões”, além dos já citados “pseudossábios”.
 
Recomendamos a leitura da ESCALA ESPÍRITA, contida nos itens 100 e seguintes de “O livro dos espíritos” para relembrar as características dos Espíritos, dispostos em dez classes de evolutividade espiritual, percebendo as nuances que diferenciam uns dos outros e a tênue zona de transição ou limite entre uns e outros, sobretudo aqueles que estejam perfilados entre os degraus mais baixos ou iniciais da progressividade.
 
Como, então, distinguir uns dos outros? Como saber se “os espíritos são de Deus” (relembrando pontual advertência contida nos Evangelhos, segundo a tradução de fatos, passagens e orientações supostamente atribuídos a Jesus de Nazaré)? Como tomar algumas como orientações oportunas e descartar outras mensagens inverídicas? Quem deverá fazer a “seleção” das mensagens? O médium receptor? Os médiuns “de suporte”? Os coordenadores dos trabalhos? Um médium supervisor?
 
Voltemos, por oportuno, aos critérios de Kardec (e, também, de Erasto e do Espírito Verdade): 
a) Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual;
 
b) Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser logicamente justificado;
 
c) Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem; e,
 
d) Consenso universal, ou seja, concordância de várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.
Procuremos analisar, ainda que simplificadamente em razão do espaço deste artigo, cada um destes critérios.
 
1 - Colaboradores Mediúnicos Insuspeitos.
 
No dia a dia das instituições espíritas, qual material humano que está disponível, interessado e motivado para as tarefas?
 
Quem faz a triagem dos médiuns e sob quais elementos avaliativos?
 
O que define a condição de “coordenador” ou “dirigente” de uma sessão mediúnica? Há divisão, clara e oportuna, de tarefas para a realização das sessões?
 
Até que ponto se conhece a MORALIDADE dos médiuns? Conseguimos penetrar em seus pensamentos e intenções?
 
E quanto à “pureza das faculdades”? O que é mediunidade real e o que é fantasia? E os que simulam mediunidades? E os que se valem daquilo que informam ser mediunidade obtendo prestígio, poder e outros “valores” em relação aos outros?
 
O que dizer da assistência espiritual? Quem são os espíritos que “nomeamos” como guias e mentores? Eles são, realmente, de espiritualidade superior? Quem faz a aferição da autoria da comunicação? Há espíritos que se passam por outros?
 
2 - Análise rigorosa das comunicações.
 
Nas reuniões mediúnicas em geral há a manifestação de diversos espíritos. Alguns deles vêm para receber conforto, esclarecimento, amparo, carinho... Outros atuam como “orientadores” ou transmitem mensagens sobre temas diversos. Excetuando-se aquelas direcionadas em particular a determinadas pessoas – situação que pode ocorrer – as demais devem passar por critérios de avaliação e aferição.
 
Referidos critérios são em face da lógica do que transmitam, já que podem conter elementos absurdos ou questionáveis, quando confrontam a ética, a moral ou o bom senso comum, ou se posicionem claramente contrárias às chamadas “verdades científicas demonstradas”, como se curiosos estivessem tratando de temas que não dominam, apresentando teses absurdas, como muitas das que aparecem por aí e, logo, obtém um séquito de adeptos e informantes.
 
A primeira relação entre as mensagens transmitidas deve ser é o cotejo com os princípios espiritistas fundamentais, aqueles que constituem a espinha dorsal da Doutrina e que dão substrato à Filosofia Espírita. Evidentemente – e os próprios Espíritos contemporâneos de Kardec o disseram – novos princípios poderão ser acrescidos aos inicialmente apostos, em virtude da progressividade dos conceitos e dos ensinos dos Espíritos, dando ao Espiritismo o caráter de permanência. Mas para que eles efetivamente sejam validados, deve-se primar pela orientação dada abaixo, no item “4”.
 
3 - Controle dos Espíritos Comunicantes.
 
A expressão utilizada pelo Codificador acerca do CONTROLE dos espíritos (e das comunicações) não permite variações, tergiversações ou “jeitinhos”. Derivada do item acima (“2”) que é o ponto inaugural da avaliação das comunicações, além de sua logicidade e eticidade, será necessário aferir se determinado Espírito que assina uma comunicação tinha aquele “estilo” de linguagem e manifestação. O mais comum é ver-se, aqui ou alhures, manifestações atribuídas a espíritos “famosos”, “conhecidos”, “reconhecidos” por seu trabalho e atividades terrenas ou por sua “fama” e “preferência” (um exemplo, músicos e outros artistas, assim como pensadores ou filósofos), e a “comunicação” em nada guarda relação com a forma usual de manifestação do mesmo quando em vida, sobretudo nos mais profícuos ou nos últimos anos de sua vida.
 
Algumas mensagens até “aparentam” ser de autoria daquele que “assina” a mensagem, mas a sua repetida leitura permite divisar elementos alienígenas e que não “combinam” com o tema ou o conjunto da comunicação.
 
Quem estuda, realmente, os estilos literários? Quem conhece, a fundo, as características de expressão e o pensamento daqueles que, agora, estão do “outro lado da vida”? Quem é capaz de comprovar tratar-se do mesmo espírito?
 
Há médiuns de “suporte”, videntes ou clarividentes capazes de atestar a presença espiritual das inteligências que, atribui-se, assinam as mensagens? São, tais médiuns, experientes e com estudo e discernimento para não se deixarem iludir pela “aparência” ou “parecença”, já que os desencarnados podem manipular fluidos e assumir formas que desejem, segundo a cátedra contida na Codificação?
 
4 - Consenso Universal entre as Comunicações.
 
Com muita franqueza vemos este item como o mais difícil na operacionalidade da metodologia kardeciana. Primeiro porque não temos, salvo exceções muito pronunciadas, verdadeiros “experts” em Doutrina Espírita, que conhecem a fundo a Codificação e não sejam apenas “papagaios de tribuna”, dispostos a recitar transcrições, itens ou pensamentos esparsos, por decoreba ou memorização. Falamos de CONHECER A FUNDO o Espiritismo, permitindo fazer as necessárias associações e referências entre textos contidos em diversas das obras de Kardec, percebendo, inclusive, a EVOLUÇÃO no tratamento de determinados temas e contextos, demonstrando, assim, também a maturidade do homem Rivail na interpretação das mensagens que lhe foram apresentadas em distintos momentos. Mais um traço, portanto, da progressividade.
 
E há os que dogmatizam e sacralizam os textos codificados... Lamentável!
 
Kardec não estabeleceu uma doutrina estática e imutável nem desejou que fossem, seus comentários e lucubrações, assim como as transcrições das mensagens mediúnicas consideradas como concordes com o Ensino dos Espíritos, permanentes e definitivas. Longe, muito longe, disso!
 
Disse em várias oportunidades que o Espiritismo precisaria acompanhar lado a lado a Ciência (humana) e que novas revelações adviriam, seja pelo demonstrado interesse dos encarnados em temas que, no contexto sócio-cultural do século XIX não teriam sido objeto de perscrutação e interesse, assim como em relação ao próprio progresso individual e social humanos.
 
A cada momento, portanto, a regra áurea de aferição e LEGITIMAÇÃO das mensagens mediúnicas deverá ser, sempre, a da concordância dos vários relatos entre si, obtidos por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em distintos lugares.
 
Perguntar-se-ia: quem aprecia as distintas comunicações? Quem as compara? Quem tem tempo e entusiasmo para ler, reler, dissecar, estudar e comparar as mensagens?
 
O que tenho visto, por aí, é desanimador. Em dois focos:
 
O primeiro, o das reuniões mediúnicas corriqueiras. O “maravilhamento” e a “estupefação” diante das mensagens, como se todas elas proviessem de fontes genuinamente confiáveis e fossem acréscimos importantes ao “já conhecido”.
 
O segundo, o da produção literária, com a publicação de inúmeros novos títulos DIARIAMENTE, movimentando consideráveis receitas e um filão bastante interessante e rentável para as editoras e os livreiros – quando não, também, para seus “autores” físicos, ditos médiuns – os quais “atraem” e são consumidos com voracidade pelos “leitores espíritas”, sobretudo aqueles aficionados por romances e historietas...
 
Acho que agora, prefixadas tantas importantes premissas, podemos, enfim, chegar ao ponto que nos motivou a escrever este ensaio: - Devemos ter um manual orientativo, a ser lido e consultado pelas instituições, seus dirigentes e pelos leitores espíritas, a fim de melhor selecionar textos e livros “espíritas”? Um MANUAL DE LEITURA ESPÍRITA?
 
Historicamente é oportuno repisar que entre as instituições de coordenação do chamado movimento espírita, local ou nacionalmente, vez por outra a questão é trazida à baila e os comentários são muito parecidos, no sentido da AFIRMATIVIDADE da existência destas, digamos, orientações. São muitos os dirigentes que “reclamam” de obras “não-espíritas”, “pseudo-espíritas”, “espiritualistas” ou “das enxertias e adulterações” que muitas, segundo eles, apresentam. Dou o devido destaque para esta OPINIÃO daqueles a quem tenho, pacientemente, ouvido nestas duas últimas décadas, principalmente, dentro dos meus (quase) trinta e três anos de convivência na ambiência espiritista.
 
Já fui consultado, como representante de atividades específicas (comunicação social, organização administrativa, direito e funções diretivas no movimento), a respeito da minha opinião pessoal (ou institucional) sobre tais “manuais” e sobre a necessidade (ou não) da produção de normativos, pelas entidades maiores, de “alerta” e “orientação” ao público espírita, frequentador das instituições.
 
Sempre que arguído, tenho me posicionado CONTRÁRIO à publicação de qualquer referência dada pelas entidades e seus gestores ao público. As “ditas” orientações já constam da codificação e algumas delas, as principais, foram repisadas acima.
 
Em linhas gerais, o trabalho é PESSOAL e INTRANSFERÍVEL. Cada leitor é que deve ler, analisar, refutar, comparar, aprovar ou desaprovar textos ou obras, de acordo com sua bagagem de conhecimentos, estudo e prática.
 
Há os que defendem tanto os “manuais” com a formulação de listas (olha aí, novamente, o aparecimento da figura do “índex”, famoso na história religiosa humana) de obras “desaprovadas” ou “desqualificadas”, com a “recomendação” (pasmem) de sua não-leitura, disponibilização em bibliotecas ou venda em livrarias. E, é claro, a “sugestão” de que não sejam citadas em palestras ou reuniões coletivas de estudo.
 
Aonde é que nós estamos, senhores!
 
Isto é SÉCULO VINTE E UM! Não quatorze, quinze ou dezesseis! Já passamos pela Reforma, pelo Renascimento, pela Era Espacial e estamos no desenrolar da Era Cibernética e Midiática!!!
 
Censura? Rol de “recomendações”? Índex? Livros proibidos ou desaconselháveis? Isso me lembra tanta coisa ruim e me cheira tão mal... Parece que os indexadores, cruzados e inquisidores de um passado não muito distante estão novamente “em cena” nas posições de comando (?) e direção de muitas instituições e movimentos...
 
É deplorável o quadro que se visualiza e com o qual se convive...
 
O principal axioma que explica a natureza espiritual de todos os homens é o da sobrevivência do espírito e o da individualidade da alma que remetem à posição de protagonista da vida individual de cada ser. E, nela, o conjunto dos aprendizados decorrente das experiências vivenciadas, a expressão da inteligência pela LIBERDADE DE PENSAMENTO, CONVICÇÃO e EXPRESSÃO são o mais verossímil apanágio do ESPÍRITO.
 
Ninguém substitui a autoria dos nossos atos nem se transferem responsabilidades. Há muita gente querendo o comodismo do agir segundo os outros orientem e prescrevam, a zona de conforto da prevenção em relação aos erros (e aos sofrimentos deles decorrentes). Há uma imensa gama de seres que ainda “necessitam” de proibições e vedações, para regular suas condutas.
 
Isto não é ESPIRITISMO! Nem nunca será!
 
A Doutrina dos Espíritos apresenta-nos o rito de avaliação de tudo o quanto faça parte de nossa existência – incluídas aí, em face do tema destes escritos, a seleção das mensagens mediúnicas ou de quaisquer outras leituras, sem qualquer relação direta com a mediunidade, derivadas do pensamento, do estudo e do esforço dos pensadores e escritores.
 
Por fim, declaro que não me interesso, apenas, pelas leituras espíritas. Continuo tendo como lema a afirmação espiritual de que “o vento sopra onde quer” e que as chamadas “revelações espirituais” prescindem do Espiritismo e do Movimento Espírita para ocorrerem e serem disponibilizadas.
 
Ademais, os Bons Espíritos acorrem às situações e circunstâncias em que possam colaborar, intuitivamente, com os encarnados que desenvolvem projetos, pesquisas, experimentos, organizações e a vida em Sociedade.
 
Quanto à “variedade” das “produções” mediúnicas, porque já o dissemos, distintos espíritos com variada gama de classificação espiritual (Escala Espírita) se manifestam em face das leis de afinidade que travam com médiuns e com o público leitor e interessado em dadas leituras. Na minha avaliação pessoal, há algumas obras psicografadas que considero “densas”, “pesadas” e “difíceis” para o entendimento médium. Outras, no exercício das premissas que apresentamos e relembramos neste ensaio, não seriam “genuinamente espíritas” (quando comparadas com o edifício doutrinário), mas são “para-espíritas” no sentido de serem derivadas do intercâmbio mediúnico.
 
Comparo tais “mensagens” com as próprias homilias e textos das diversas religiões e filosofias religiosas de nosso tempo e de todos os tempos. Elas existem porque há os que a elas se afiliam, com elas concordam e nelas acreditam. Elas são diretamente proporcionais ao nível de entendimento (e de despertamento) das criaturas que estagiam no Plano Terrestre. Irão desaparecer, um dia, exatamente como outras que ficaram na Antiguidade ou em tempos pretéritos. Foram substituídas por outras...
 
A você, querido amigo, que é leitor de textos e de livros, eu apenas digo: - Leia, leia sempre, leia tudo o que estiver ao seu alcance. É o que faço, é o que tenho feito.
 
É bem verdade que, por vezes, minha leitura não ultrapassa a terceira folha de um livro, de tantas bobagens que leio ou de descrições “fantásticas” e totalmente descompassadas com a Filosofia Espírita. Outros, mesmo contendo alguns absurdos ou pseudoverdades, mantêm o meu interesse até a leitura do último parágrafo. Em relação a Kardec e aos que escreveram sobre Espiritismo desde o seu desencarne (1869), também procuro anotar às margens dos livros eventuais “discordâncias” ou “questionamentos” que faço, algumas meras suposições até que eu possa estudar com afinco e detalhes tais questões, outras que remanescem, justamente porque atentam contra o edifício kardeciano.
 
Assim tem sido...
 
Não, portanto, aos manuais ou guias de seleção de obras espíritas! Sim à liberdade de pensar e de se expressar e à liberdade – individual e intransferível – de tudo ler, analisar e aceitar. Livremente!
 
Eis, aí, a LÓGICA GENUINAMENTE ESPÍRITA!
 
Fora dela, para parafrasear mensagem contida na Codificação, “não há salvação”...
 
(*) Marcelo Henrique Pereira, Doutorando em Direito, Secretário Executivo da ABRADE,
presidente do Centro Cultural Espírita Herculano Pires, São José (SC).
 
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Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.
 
Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz.
Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso
.
 
Allan Kardec in O Livro dos Médiuns, parte 1, Do Método - item 35.
 
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Proibir um livro é dar mostras de que o tememos. O Espiritismo, longe de temer a divulgação dos escritos publicados contra ele e interditar sua leitura aos adeptos, chama a atenção destes e do público para tais obras, a fim de que possam julgar por comparação.
 
Allan Kardec in Catálogo Racional das Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita.


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