O culpado busca em si mesmo o seu mais inexorável castigo. (C.I. 2.ª parte, cap VII, II) (1)
De modo diverso procede a justiça divina, cujas punições correspondem ao progresso dos seres aos quais elas são infligidas. (C.I. 2.ª parte, cap VII, III) (1)
As agonias da Terra têm por premissa as alegrias do céu. (C.I. 2.ª parte, cap VIII, Marcel) (1)
Eu quis expiar o orgulho, na última existência, sob a condição de servo. (C.I. VII, Antônio B) (1)As tribulações, as vicissitudes, as dificuldades e dores humanas são sempre as consequências de uma vida anterior, culposa ou mal aproveitada. (C.I. VII, Erasto) (1)
Era a segunda vez que eu expiava a privação da vista. Tendo já expiado, ainda me faltava reparar. (C.I. VII, final, José) (1)
Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. (Ev. III 15) (2)
Não há faltas irremissíveis, que a expiação não possa apagar (**). (L.E. Introdução, VI) (3)
Primeira ordem – Espíritos puros: Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. (L.E. 113) (3)
Deus impõe a encarnação aos Espíritos com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. (L.E. 132) (3)
O fim objetivado com a reencarnação é a expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. (L.E. 167, 178) (3)
Para os Espíritos, não há trevas, salvo as que podem achar-se por expiação. (L.E. 246) (3)
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. (L.E. 399) (3)
As classes a que chamas sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra lugar de expiação. (L.E. 931) (3)
A expiação se cumpre durante a existência corporal, mediante as provas a que o Espírito se acha submetido e, na vida espiritual, pelos sofrimentos morais, inerentes ao estado de inferioridade do Espírito. (L.E. 998) (3)
Os privados da visão deveriam considerar-se como bem-aventurados da expiação. (R.E. 1863) (4)
A expiação implica necessariamente a ideia de um castigo (***) mais ou menos penoso, resultado de uma falha cometida. – Em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente. (R.E. 1863) (4)
É erro pensar que o caráter essencial da expiação seja o de ser imposta. – Assim, nada há de irracional em admitir que um Espírito na erraticidade escolha ou solicite uma existência terrena que e o leve a reparar seus erros passados. (R.E. 1863) (4)
Bendigo a chama; bendigo os sofrimentos; bendigo a prova, que era uma expiação. (R.E. 1863) (4)
O que lhe acontece é uma expiação; se quer que esta cesse, terá que se melhorar e provar as boas intenções, começando por se mostrar boa e caridosa para com os inimigos. (R.E. 1864) (4)
Há provações sem expiação, como há expiações sem provação. (R.E. 1864) (4)
Essas almas deserdadas desde o nascimento neste mundo já viviam e expiam, em corpos disformes, suas faltas passadas. (R.E. 1864) (4)
Aliás, quem sabe se esse menino, supondo seu crime sem escusas, não sofreu duro castigo no mundo dos Espíritos, e se seu arrependimento e seu desejo de reparar não reduziram a expiação terrena a uma simples enfermidade? (R.E. 1865) (4)
Por que esses dois seres são feridos juntos? Porque participaram da mesma vida; estavam ligados durante a provação, e devem estar reunidos na vida de expiação. (R.E. 1865) (4)
O fato seguinte apresenta um caso instrutivo, como aplicação da soberana justiça e como explicação do que por vezes parece inexplicável em certas posições da vida. (R.E. 1867) (4)
O mesmo sucede quando se trata de crimes cometidos solidariamente por um certo número de pessoas. As expiações também são solidárias, o que não suprime a expiação simultânea das faltas individuais. (O.P. Primeira parte – As expiações coletivas) (5)
(1). KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
(2). _____________. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
(3). _____________. O Livro dos Espíritos.
(4). _____________. Revista Espírita.
(5). _____________. Obras Póstumas.
(2). _____________. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
(3). _____________. O Livro dos Espíritos.
(4). _____________. Revista Espírita.
(5). _____________. Obras Póstumas.
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NOTAS DO A A ERA DO ESPÍRITO:
(*) Expiação, pena que sofrem os Espíritos como punição das faltas cometidas durante a vida corporal. A expiação, sofrimento moral, ocorre no estado de erraticidade, como o sofrimento físico ocorre no estado corporal. As vicissitudes e os tormentos da vida corporal são ao mesmo tempo, provas para o futuro e expiação do passado. (Ver “Instruções práticas sobre as Manifestações Espíritas”, obra de Allan Kardec.
A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime. (Ver Emmanuel, no livro "O Consolador", 2ª. parte - cap. V - Provação - q. 246)
(**) "O homem sofre sempre a consequência de suas faltas; não há uma só infração à lei de Deus que fique sem a correspondente punição. A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta. Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno a senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se perpétua fosse a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento. Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança. Mas, não basta o simples pesar do mal causado; é necessária a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito. (Ver "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XXVII - Pedi e obtereis - item 21.)
(***) Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser.
Oh! Em verdade vos digo, cessai, cessai de pôr em paralelo, na sua eternidade, o Bem, essência do Criador, com o Mal, essência da criatura. Fora criar uma penalidade injustificável. Afirmai, ao contrário, o abrandamento gradual dos castigos e das penas pelas transgressões e consagrareis a unidade divina, tendo unidos o sentimento e a razão. (Comunicação de Paulo, Apóstolo dada na questão 1009 de "O Livro dos Espíritos", (Allan Kardec).)
Portal A ERA DO ESPÍRITOhttp://www.aeradoespirito.net/
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