JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
O objetivo de Lutero, frade agostiniano da Ordem dos Agostinianos, fundada por Santo Agostinho, foi de reformar a Igreja. Realmente, ela estava precisando disso. E, então, o seu movimento passou a ser chamado de Reforma. Daí, também, o nome de Protestantes, pois, protestavam contra a Igreja.
Por causa das dificuldades de comunicação da época, reinava uma grande confusão entre aqueles que continuaram fiéis à Igreja e aqueles que passaram a seguir Lutero. Muitos padres nem sabiam se estavam agindo como padres, ou se haviam se tornado pastores protestantes, e vice-versa, havia pastores que não sabiam também se eles eram mesmo pastores ou se eram fiéis a Roma!
Diante do “terremoto” que a Reforma criou no Cristianismo, a Igreja fez a sua Contrarreforma, que foi o Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563). Com ele, ela procurou corrigir algumas de suas irregularidades. Criou disciplinas rigorosas para o clero. E, na área doutrinária, confirmou como verdadeira a Bíblia fiel à Vulgata Latina de São Jerônimo (410), que, até então, era a única, e que continha e contém, até hoje, 73 livros, pois Lutero havia tirado dela 7 livros e mais alguns textos de outros livros bíblicos. Daí que a Bíblia Protestante só tem 66 livros.
E esse concílio criou o dogma da Transubstanciação (presença real do Corpo de Jesus, na Hóstia Consagrada, na Missa), contrapondo-se à Consubstanciação (presença simbólica do Corpo de Jesus, no pão do ritual da Santa Ceia) dos protestantes, evangélicos, e aceita pelos espíritas. Essa questão, juntamente com a divinização de Jesus, é uma das que mais polêmicas têm causado. No concílio mencionado, a maioria dos bispos votou na Consubstanciação. Mas prevaleceu a opinião do papa a favor da Transubstanciação. O que foi dito sobre a Hóstia Consagrada e o Pão vale também para o vinho. Para os católicos: Transubstanciação. (Sangue real de Jesus). Para os protestantes, evangélicos e espíritas: Consubstanciação. (Sangue simbólico de Jesus). Os teólogos criaram recentemente dois novos termos, agora simbólicos, para a Transubstanciação: Transignificação ou finalização (o Corpo de Jesus seriam os fiéis). E os protestantes não aceitam todos os dogmas católicos.
As Reformas são sempre bem-vindas, se tornam as coisas mais perfeitas ou mais próximas da verdade. Mas, às vezes, também, tornam piores outras. Por exemplo, a reforma da Constituição do Brasil de 1988.
O Mestre dos mestres nos ensinou que devemos adorar a Deus em Espírito e Verdade. E, sem querer fazer sectarismo, apenas os cristãos espíritas seguem esse importante ensino do Mestre da sabedoria da imortalidade.
A Igreja e as Igrejas Protestantes fazem reformas. Mas algumas igrejas evangélicas, gananciosas por dinheiro, o que mais elas têm feito são reformas dizimistas!
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