a partir de maio 2011

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO

J. Herculanos Pires
iO Espírito e o Tempo, 4.ª parte, cap. 3 - Antropologia Espírita.
Estamos todos convencidos de que a Educação é o problema básico da transformação do homem e consequentemente dos mundos dos homens.  A prova disso está na existência, entre nós, de uma ampla rede de escolas espíritas, desde os cursos pré-primários até os universitários. Não obstante, os congressos e simpósios educacionais espíritas revelaram o quase total alheamento dos professores espíritas pelo desenvolvimento da Pedagogia Espírita, sem a qual só haverá escolas comuns com o rótulo formal de espíritas. A ignorância doutrinária e pedagógica da maioria absoluta dos professores espíritas chegou ao cúmulo da contestação por vários deles da possibilidade de elaboração de um sistema pedagógico espírita. Não se lembraram sequer de que Kardec era um pedagogo e deixou na própria doutrina os dados necessários a esse trabalho futuro. Resolveu-se lançar em São Paulo a primeira revista mensal de Educação Espírita, o que foi feito pela Editora Edicel. Foram publicados seis números da revista, que teve uma aceitação mínima no meio espírita.  A rede escolar permaneceu indiferente. As edições da revista, lançadas num esforço corajoso pelo editor Frederico Giannini Júnior, estão amontoadas no porão da Editora. Os professores não se interessaram pelos estudos publicados e nem mesmo pelo Compêndio de Pedagogia Espírita cuja publicação foi iniciada na revista.
 
A Escola Espírita só pode corresponder a esse nome se representar o novo tipo de Educação determinado pelos princípios espíritas. Essa Nova Educação só pode ser definida por uma Pedagogia Espírita. Com o advento da Parapsicologia e da Astronáutica a renovação pedagógica de tipo espírita se impõe como necessidade mundial. Na própria URSS e nos países da sua órbita política já se iniciou, como informam Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, no livro já citado, um movimento de renovação pedagógica com base nas conquistas parapsicológicas. A percepção extrassensorial é de importância básica para as viagens siderais e o problema da reencarnação modifica profundamente a concepção do educando. Nenhuma forma de educação pode ser eficaz e válida se não levar em conta as alterações científicas no conceito do educando. Os professores materialistas compreendem isso, mas os professores espíritas parecem não compreender. Não estão à altura de sua tarefa nesta fase decisiva da evolução humana.
 
A Pedagogia Espírita já conta, na Pedagogia moderna, com importantes contribuições de pedagogos avançados, como René Hubert, na França, Kerchesteiner, na Alemanha, Maria Montessori e seus atuais seguidores, na Itália e em todo o mundo. Hubert, particularmente, colocou sua Pedagogia numa orientação tipicamente espírita. Essas tendências renovadoras propiciam o aparecimento da Pedagogia Espírita em perfeito entrosamento com a Pedagogia Geral em desenvolvimento para adaptação aos novos tempos. O que fazem os diretores e professores da rede escolar espírita existente no Brasil? Cochilam sobre os seus velhos processos mantendo as escolas espíritas encravadas numa sistemática já superada pela evolução cultural.  E quando protestamos contra essa inércia, determinada pelo comodismo e a preguiça mental, acusam-nos de perturbar a santa paz da família sagrada, a família espírita que espera a ressurreição no outro mundo para tomar conhecimento do seu fracasso.
 
Para a Pedagogia Espírita o educando é um reencarnado que necessita de ensino adequado à sua condição de portador de experiências vividas em encarnação anterior.  As novas gerações de educandos devem preparar-se para um novo mundo, onde os fenômenos mediúnicos serão indispensáveis à própria vida prática. A telepatia, a precognição e a retrocognição, a clarividência ou visão à distância são faculdades novas que o homem de amanhã terá de usar nas viagens espaciais e aqui mesmo na Terra. O problema do paranormal tem de figurar forçosamente num sistema educacional e numa orientação pedagógica do futuro próximo. Cabe ao Espiritismo a abertura dessa nova era na Educação, mas se os espíritas não se interessarem por ela os educadores e pedagogos não-espíritas terão de fazê-lo. Iremos mais uma vez contribuir, com a nossa irresponsabilidade, para a marginalização da doutrina na cultura que se renova no sentido inegável da orientação doutrinária. A Educação Espírita é a única que poderá corresponder às exigências da Era Cósmica.  Se não for desenvolvida em sua plenitude, por nós mas por pedagogos alheios à doutrina, é evidente que não poderá cobrir todas as necessidades do futuro. A culpa não será dos pedagogos, mas dos que se colocam na posição de responsáveis pelo movimento espírita.  Os ritmos da Natureza são perfeitamente sintonizados. No momento em que as Ciências rompem o seu arcabouço material e o homem se lança na conquista do espaço sideral, a mediunidade explode na Terra. A mente humana se abre para as novas dimensões da realidade cósmica. A Educação Espírita se torna uma exigência da Civilização do Espírito que já está surgindo nesta fase de transição. Se os espíritas não compreenderem isso serão substituídos por trabalhadores da última hora, como aconteceu aos israelitas do tempo de Jesus, que continuam ainda hoje encravados no passado.
 
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