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terça-feira, 6 de agosto de 2013

O CIENTISTA, A PULGA E KARDEC

Alexandre Fontes da Fonseca
Bauru – SP
Michio Kaku em seu livro Hiperespaço, apresenta a interessante e divertida estória docientista e da pulga, para falar dos equívocos da ciência: um cientista treinou uma pulga para pular toda vez que uma sirene fosse tocada. Com a ajuda de um microscópio, ele anestesiou uma das perninhas da pulga e tocou a sirene. A pulga pulou. O cientista anestesiou, então, outra perninha e tocou a sirene. A pulga novamente pulou. Ele repetiu o processo anestesiando perninha por perninha, tocando a sirene e verificando, sucessivamente, o pulo da pulga. Porém, após anestesiar a última perninha, a pulga não mais pulou não importando quantas vezes ou com que intensidade a sirene era tocada. O cientista, então, proferiu solenemente sua conclusão: as pulgas ouvem pelas pernas!
 
Pode parecer muita ingenuidade alguém concluir que uma pulga ouve pelas pernas já que se conhece bem a fisiologia da pulga. Mas, além da história da Ciência conter vários exemplos desse tipo de conclusão, perante novos e inexplorados fenômenos, é comum que equívocos desse tipo ocorram. A estória do cientista e da pulga serve dealerta para nós espíritas questionarmos sempre as novidades que surgem no meio espírita, mesmo aquelas feitas em nome da Ciência. Elas podem estar mais erradas do que dizer que as pulgas ouvem pelas pernas...
 
Aqui, desejamos destacar a sensatez e seriedade de Kardec perante novos fenômenos em que mesas giravam, batiam e respondiam questões. Longe de apresentar conclusões apressadas ou formular explicações com base em teorias vigentes à época, Kardec adota a postura científica séria de observar extensamente esses fenômenos antes de propor explicações. Já críticos e materialistas agiram da mesma forma que o cientista da pulga: apressadamente propuseram teorias e explicações para os fenômenos espíritas como alucinaçãofluido magnéticoreflexo do pensamento,superexcitação cerebralestado sonambúlicoestalido de músculo, quando não usaram de má fé para considerar que tudo não passava de simulação e fraude. Essas teorias poderiam até explicar alguns fenômenos isolados, mas eram incapazes de explicar o conjunto extenso de fenômenos que só a observação cuidadosa e atenta era capaz de perceber. Com firmeza e seriedade, Kardec não se deixou levar por essas *conclusões apressadas* e após bastante observação e reflexão, apresentou à Humanidade uma doutrina consistente, que envolve aspectos não somente científicos, mas filosóficos e religiosos.
 
Recomendamos a leitura da resposta dada por Kardec ao cético em O Que é o Espiritismo, questão sob o título “Origem das Ideias Espíritas Modernas”, da qual, por falta de espaço, reproduzimos apenas o comentário final: “Tal é, em poucas palavras, cavalheiro, a história do Espiritismo: bem vedes, e reconhecereis ainda melhor quando o tiverdes estudado a fundo, que tudo nele é o resultado da observação e não de um sistema preconcebido.” (Grifos em negrito, meus).
 
Originalmente publicado pelo Jornal Momento Espírita, nº. 44, de Agosto de 2013, p. 6
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