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quinta-feira, 25 de abril de 2013

O ESPIRITISMO E AS CIÊNCIAS HUMANAS

Patricia Saliba

As ciências humanas têm por objeto de estudo o homem e seus comportamentos, sejam individuais e coletivos, pertencentes ao passado e ao presente. Esse campo das ciências se desenvolveu a partir dos fins do século XVIII. Hoje em dia, mesmo apenas parcialmente explorado, esse conjunto cultural abrange um conhecimento importante em antropologia, economia, ciências políticas, psicologia, filosofia.
 
Diferentemente das ciências exatas, que estudam a matéria, as ciências humanas estudam os comportamentos humanos, a organização humana e sua história.
 
A partir do século V a.C, com os pensadores e filósofos gregos (Arquimedes, Euclides, Hipócrates...) a ciência começou a constituir-se e desenvolver uma nova forma de conhecimento, centrada na investigação das provas e da demonstração. O mundo árabe, entre os séculos XII e XV, transmitiu à Europa conhecimentos em matemática, astronomia e medicina. A Europa dos séculos XVI a XVIII, elaborou então, com Galileu, Descartes, Newton e Lavoisier, uma nova representação do Universo que se apoia no uso das matemáticas aplicadas ao movimento do corpo, a observação e a experimentação.
 
A história dos conhecimentos e práticas que têm por objeto o homem e a sociedade, as ciências humanas não se desenvolveram senão a partir do século XIX, tendo suas raízes no Renascimento, trazendo conhecimentos novos e importantes sobre o ser humano.
 
Para a ciência, um fenômeno deve ser reproduzível à vontade, o que nem sempre ocorre no caso das ciências humanas, pois o Espírito é muito mais complexo que a matéria e não se experimenta sobre um ser humano, como sobre um material. Nesse campo, os fenômenos são reproduzíveis, mas nem sempre a vontade.
 
As ciências humanas podem, em certa medida, responder aos critérios das ciências chamadas exatas: fez observações de fenômenos que podem ser repetidos ou renovados. Por exemplo, em psicologia, os critérios podem ser definidos a partir do estudo: as defesas, os complexos de inferioridade e de superioridade, a esquizofrenia, a paranoia, etc. (estudos de Freud, Jung...) que deram à psicologia um caráter científico. O estudo dos comportamentos tem sido objeto de classificações em categorias nas quais se fazem constantes.
 
A psicologia, convertida em ciência do homem e qualificada como ciência exata, segue sendo prisioneira das leis estatísticas e matemáticas, ocultando-nos nossa natureza espiritual.
 
As ciências do paranormal
 
As ciências do paranormal têm realizado estudos profundos em magnetismo, radiestesia, hipnose, clarividência, telepatia, psicometria e psicosinésia, segundo um método científico, (inclusive estatístico - telepatia). Os fatos e os resultados se repetem, são então reproduzíveis segundo condições de experiências a serem respeitadas. Na análise dos fatos, é preciso levar em conta condições fluídicas, o estado de Espírito, etc, pois essas, condições de ordem psíquica ou espiritual que devem ser levadas em conta. E, portanto, não é uma investigação empírica, na medida que tem sido possível determinar leis naturais que regem diversos tipos de manifestações. O protocolo experimental, simplesmente difere do exigido pelas ciências chamadas exatas, pois não se trabalha sobre os poderes do Espírito da mesma maneira que sobre a matéria inerte. Mas, como na psicologia ou outra ciência humana, há um protocolo experimental cujas regras nos são perfeitamente conhecidas.
 
O Espiritismo entre as ciências humanas
 
Enquanto ciência, o Espiritismo tem tido por meta demonstrar, por intermédio dos médiuns, a existência dos Espíritos além da morte, a partir da observação de fatos aparentemente anacrônicos, isto é, as manifestações espontâneas. Dessas observações, desses fenômenos espontâneos, passou para a observação dos fenômenos provocados. Assim, os fenômenos se tornaram reproduzíveis, através de uma sessão espírita.
 
Foi, sobretudo, graças a Allan Kardec que compilou o resultado experimental, que o que era misterioso e espontâneo, se converteu em objeto de experimentações, se deduziram leis naturais da definição da mediunidade e seu desenvolvimento. A multiplicação das sessões veio logo a confirmar e provar a existência de outro mundo que se manifestava de maneira inteligente. Havia nascido o Espiritismo científico.
 
As provas da manifestação dos Espíritos (sinais de reconhecimento e identidade, ectoplasma, manifestações fantasmal, etc) já não têm que ser demonstradas, nem questionadas, exceto por certos cientistas que recusam examinar os trabalhos de eminentes investigadores do passado.
 
O Espiritismo reconhece os avanços da psicologia clássica desde Freud e, sobretudo, permitiu uma grande extensão do psiquismo humano em sua natureza preexistente e eterna.
 
Na metodologia das investigações, que foi utilizada desde Allan Kardec, se pode dizer que o Espiritismo tem o direito de reivindicar o titulo de ciência humana. Ainda mais, os conhecimentos ensinados pelo mundo dos Espíritos em diversos campos, trouxeram a cada disciplina das ciências humanas, um elemento suplementar e complementar para a compreensão do ser humano. Trabalha para que o Espiritismo seja estudado e aceito como uma ciência e uma filosofia que libera o homem, é a missão a que se impôs o Circulo Allan Kardec, desde há 30 anos.

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