a partir de maio 2011

domingo, 10 de março de 2013

Exorcismo em Massa no Cairo

Olá amigos ;o)

Existem coisas por este mundo fora que até custa a acreditar. Fatos que são fruto da falta de conhecimento e do véu que teima em encobrir os olhos de muitos. Mas, como se diz, tudo tem o seu tempo, a sua hora. A verdade será revelada para todos. Quem tiver olhos de ver, verá; quem tiver ouvidos de ouvir, ouvirá. Que assim seja, no tempo de D'us...


Pessoas “endemoniadas” existem desde o princípio dos tempos. E em muitas culturas. Dos índios de tribos isoladas na Amazônia aos muçulmanos, todos praticam os exorcismo e na idade média, grande parte dos casos de loucura (quando ainda não se tinha a compreensão de certas doenças cerebrais) atribuía-se aos demônios a responsabilidade para casos de esquizofrenia, surtos psicóticos e principalmente surtos epilépticos.

Entretanto, por mais que a Ciência jogue luz sobre certas situações, alguns casos ainda chocam, intrigam e assustam, de tal maneira que uma pessoan ainda "não esclarecida" não sabe se de fato as possessões diabólicas realmente existem, e até em que ponto os exorcismos são realmente efetivos.

Muitos afirmam ter presenciado manifestações estranhas em casa e de que precisaram exorcisar a casa junto com um padre. E então as manifestações pararam. Afirmam ainda que nada, nem mesmo um filme de terror bem feito se compara ao medo de acordar no meio da madrugada com um homem rindo alto no seu quarto, quando você está sozinho em casa, por exemplo. "Coisas do oculto, dizem". Mas quando se fala de procurarem ajuda espiritual em um Centro Espírita idóneo, começam a dizer que isto não existe, ou que não acreditam em coisas do além. As pessoas reclamam que não sabem toda a verdade sobre a sua existência, que a Bíblia é uma mentira, que a Igreja esconde os fatos. Elas querem o real, mas quando o real se manifesta, tudo que elas quere é desaparecer daquele cenário e voltar para o conforto do seu mundinho de faz de conta.

Questiono se o artigo abaixo seria mais uma busca de respostas vindas do oculto para camuflar-lhes a vida monótona, cheia de conflitos interiores e políticos ou se seria apenas ignorância (leia-se falta de conhecimento)?


Exorcismo em Massa no Cairo



(...) "Ouvi falar dos exorcismos em massa através de um amigo fotógrafo que vive no Cairo. A Igreja de São Sama'an, onde eles acontecem, fica dentro de uma enorme caverna na montanha Mokattam. Subindo a colina até a igreja, passei por uma pilha de ratos mortos, todos do tamanho de bolas de futebol. São Sama'an é conhecida como uma das maiores igrejas no Oriente Médio. O lugar tem assentos pra 20 mil pessoas. Na verdade, existem seis igrejas adjacentes construídas nos lados da montanha, juntamente com numerosos afrescos esculpidos nas fachadas de pedra mostrando cenas da Bíblia. O contraste com a Cidade do Lixo não poderia ser mais gritante.



Os exorcismos são, em grande parte, mantidos em segredo. Um padre idoso os realiza pra cristãos e muçulmanos, uma coisa rara num país dilacerado por conflitos religiosos. Quando estive no Cairo no ano passado, depois da revolução épica de 18 dias, conflitos acontecerem devido a rumores de que uma mulher cristã que havia se convertido ao Islã estava sendo mantida refém no porão da igreja. Várias pessoas — cristãs e muçulmanas — foram mortas durante o surto de violência subsequente e a igreja foi incendiada.

O Padre Sama'an Ibrahim, sacerdote que comanda a coisa toda, construiu aos poucos a Catedral da Caverna pros coletores de lixo, durante os anos 80 e 90. Ele os encontrou vivendo em pecado e na miséria sem uma igreja própria e decidiu que era sua missão ajudá-los. Agora com mais de 70 anos, Padre Sama'an preside a paróquia da Cidade do Lixo, atraindo fiéis de toda parte. Muitos dos que frequentam os exorcismos são muçulmanos, ansiosos pra interagir com o sobrenatural. 

Apesar do entrelaçamento amigável entre muçulmanos e cristãos, a Cidade do Lixo não ficou imune ao surto de violência sectária depois da histórica revolução egípcia. Muitos dos residentes com quem conversei optaram votar em Ahmad Shafiq, um general da aeronáutica aposentado ligado ao antigo regime que forneceu uma sensação de estabilidade à minoria dos cristãos copta do Egito.

Dentro do complexo, encontramos um homem chamado Magid, que ajuda nos afazeres da igreja. Ele nos dá um resumo da história da igreja e explica o que vai acontecer com os exorcismos: “Quando o padre menciona o nome de Jesus, o diabo é destruído. Você vai ver!”



Aproximadamente duas mil pessoas lotam os bancos de madeira que rangem. Apesar da arquitetura ser impressionante, com uma enorme pedra pendente que cobre todo o anfiteatro, o culto da igreja é como todos os cultos de todos os tempos, ou seja, muito chato. Ficamos sentados lá por quase duas horas de canto e oração. Quando a noite desceu sobre a catedral da caverna, fui até a parte da frente, antecipando que o padre ia se aproximar dos loucos e dar início à coisa toda. As luzes diminuem, a música fica mais alta. Algumas das mulheres na frente começam a chorar e balançar, de olhos fechados em pleno devaneio espiritual. 

De repente, ouço o uivo de um homem que parece ter sido esfaqueado. O padre — batina preta, longa barba branca e uma cruz dourada na mão — está segurando um homem de meia idade que convulsiona no banco. O padre pega uma mão cheia de água benta e joga no rosto do homem, recitando encantamentos bíblicos. O homem para de gritar e seus olhos rolam de volta pra frente.



O padre divide a multidão e vai até um grupo de mulheres. Gritos horripilantes ecoam pelas paredes da caverna. O padre estapeia as mulheres no rosto e cospe na boca delas. Ele até cospe em garrafas de água e dá pra elas beberem. As mulheres parecem aliviadas pelo coquetel de saliva. Depois que cada uma delas está curada, elas são marcadas com o que parece ser gloss labial, com desenhos nas mãos e nas testas. Duas das mulheres começam a vomitar depois que o exorcismo começa, mas em questão de minutos estão milagrosamente curadas. A multidão de espectadores, na maioria mulheres, aplaude.



Alguns momentos antes, essas eram pessoas normais. Agora puxam agressivamente a perna da minha calça, implorando pra que eu chame a atenção do padre pra que ele venha confortar suas filhas. É um circo.

Talvez o exorcismo seja isso mesmo: uma maneira de dar conforto aos perturbados, um pouco de catarse espiritual pra limpar as coisas. Afinal de contas, nossos problemas estão todos na nossa cabeça mesmo, né? A cura está em nos fazer acreditar que estamos bem. E aqueles que veem o mundo pelo prisma de anjos e demônios provavelmente precisam mais do cuspe do Padre Sama'an do que do divã do Dr. Freud.

A coisa toda termina em menos de 20 minutos. Depois de tudo, pergunto pra uma das mulheres que estava possuída como ela está se sentindo.

'Me sinto ótima', ela diz com um grande sorriso. 'Graças a Deus.'"

By Omar H. Rahman   (4 months ago)
www.vice.com

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(...) O que fica claro é que o maior exorcismo que podemos praticar é a nossa iluminação interior, equilibrando sentimentos e pensamentos, harmonizando nossos hábitos e conduta no dia-a-dia a fim de garantirmos nossa saúde e paz espiritual, imunes às ações deletérias dos espíritos perversos, os "demônios".
 
Publicado na Revista Cristã de Espiritismo ed. 29.

Beijos de luz,
Drika
 

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