a partir de maio 2011

sexta-feira, 22 de março de 2013

Como surgem as almas ou Espíritos?


 


De onde vêm os Espíritos?
Esta pergunta nos veio da Austrália.
Lembremos, inicialmente, que os Espíritos são os seres inteligentes da criação; é assim que O Livro dos Espíritos se refere ao assunto na questão 76.
“São eles obra de Deus”, diz-nos a questão 77 do mesmo livro.
Em sua origem, o Espírito é tão-somente um princípio inteligente, que se elabora e se individualiza pouco a pouco em uma série de existências que precedem o período a que chamamos humanidade, como nos é dito na questão 607 da obra mencionada.
Eis o texto integral da questão 607:
607. Dissestes que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento? “Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.”
a) Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação, não? “Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa alguma há de humilhante para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por terem sido fetos informes nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a sabedoria das leis que regem a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da sua bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.” (O grifo é nosso.)
b) Esse período de humanização principia na Terra? “A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra. Isto, entretanto, não constitui regra absoluta, pois pode suceder que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Não é frequente o caso; constitui antes uma exceção.”

*

No cap. VI do livro A Gênese, de Kardec, Galileu (Espírito) confirma o que acabamos de ler afirmando que o Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Apenas a contar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades.
Gabriel Delanne e outros autores, como André Luiz, ratificaram tal entendimento, o que nos permite concluir que é passando pelos diversos graus da animalidade que o Espírito se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades.
Chegado, então, ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ele recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana, fato que elucida, segundo nosso entendimento, a dúvida que nos foi apresentada
http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/

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