a partir de maio 2011

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Das parcerias mediúnicas

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil
Prossegue minha linda convivência com o atual autor desencarnado de meus livros psicografados, com o cortejo de minúcias indicativas de nossa interação iluminada acontecendo, de tempos em tempos, no decorrer dos dias!
Agora mesmo trago no pescoço o maravilhoso cordão com a clave de sol! De vez em quando pensava em encontrar um, depois que deparei outro, que já vinha usando há uns dias, em prata, com uma linda nota musical pendurada! E, na multiplicidade de ocupações diárias, embora isto não fosse uma ideia recorrente, volta e meia, caminhando na rua, vinha-me à mente achar um adorno assim, que celebrasse de algum modo palpável, material – mas singelo – este período grato de parceria no trabalho literário espírita que vem se desenvolvendo.

Pois, a exemplo do que houve há uns meses, quando, num shopping, de inopino, fui intuída a entrar em certa loja onde havia toda uma coleção de broches de violino – coisa inédita, já que jamais imaginaria a existência deste acessório, e justo com a figura do instrumento musical que estudo atualmente! – ontem, indo para o trabalho e pensando a esmo sobre a clave de sol, repentinamente veio-me a voz à mente:
Entre ali! Mais à frente! E você acha a sua clave!...
Seguindo com calma, dada a vantagem de horário, me abstraí um tanto do que "ouvi". Todavia, atravessando uma das ruas tumultuadas do Centro do Rio, ganhei o outro lado da calçada que normalmente não percorro, meio que mecanicamente, olhando para o movimento intenso de transeuntes e nas lojas comerciais – não exatamente esquecida do que veio-me à mente momentos antes – até que deparei uma joalheria, cuja presença ali, ou de mim era desconhecida, ou esquecida de há muito. Seguindo o impulso, olhei detidamente as vitrines.
Pouco depois, para meu espanto, lá estava a pequena e linda clave de sol, em ouro! E não apenas a clave, mas também um gracioso pingente de nota musical, semelhante à que já possuo no outro cordão!
Nossos amigos e parceiros espirituais, como já de há muito se assevera na Doutrina espírita, intercedem assim no nosso cotidiano, em função de empatia ou de outras motivações de convivência – nos detalhes destituídos de maior importância, quanto em situações mais sérias, nas quais nos vemos diante de impasses por vezes difíceis. E, quando trabalhamos em conjunto com eles neste gênero de atividade literária, com participação de ambas as esferas da vida, estes episódios recrudescem, dado o entrelace energético entre o médium e os amigos com quem tem estreitados os seus laços de empatia. Isto possui também a função pedagógica, doutra feita, de reforçar, a quem está em situação transitória na materialidade, com a percepção para a vida mais vasta, embotada, a realidade deste mundo muito maior! E para sedimentar-lhe a devida convicção de que de fato se vê amparado e acompanhado por muitos afetos da longa estrada do passado, ainda a nós unidos por vínculos da afeição, em prol de objetivos semelhantes e de uma causa nobre e comum!
Dias atrás, viajei para Caçapava em visita a parentes, e, em princípio, levaria minha filha menor. Todavia, algo soava como nota em falso. A menina se achava molestada por um pouco de rinite. E, indubitavelmente, uma vozinsistente me alertava no íntimo para não forçar a situação, levando-a junto desta vez.
Julguei o episódio apenas em conta de intuição de mãe, mas depois compreendi que, ainda desta vez, era alertada pelas amizades da espiritualidade, que sabiam por antecipação do clima que encontraria no interior de São Paulo. Porque, apesar do sol forte que encontrei no período diurno, à noite, todavia, e de manhã cedo, o frio era simplesmente polar! A última coisa desejável para minha filha, a quem dominou um estado gripal destituído de maior seriedade, mas incômodo, com as suas consequências habituais da sinusite, conforme me informou minha mãe durante os telefonemas daqueles dois dias de ausência!
Agradeci sinceramente, sem saber exatamente se a Iohan, este meu atual parceiro e amigo das dimensões invisíveis; se a Caio, meu mentor desencarnado, à Tarsila, ou mais alguém presente, pelo alerta oportuno, que me poupou, na certa, revezes maiores, no caso de ter porventura insistido em carregá-la comigo no compromisso familiar rápido de fim de semana!
Noutra oportunidade recente, fui levada a ensaio musical regido pelo maestro Iohan, na bela localidade das dimensões espirituais onde habita atualmente. Visualizei com clareza um grupo numeroso de instrumentistas de corda, tocando violinos, um coral – no meio do qual, sem entender bem a razão, me achava, embora me dando conta da ausência da partitura que todos os componentes do grupo tinham diante de si. Ao meu lado, uma mocinha alourada me advertia de que não havia problema, que apenas momentaneamente presenciasse tudo. E, à esquerda, falando a outros músicos e instruindo-os, de maneira inaudível para mim entre os rumores do ambiente, o meu querido amigo músico das esferas maravilhosas do mundo maior! Vi-lhe com clareza as feições, o porte, idênticos à descrição de sua aparência, constante de nossa obra, Sonata ao Amor!
Observava também que, curiosamente, o ambiente no qual os músicos ensaiavam era dividido em compartimentos interligados – ao que intuí, para se alcançar um efeito qualquer de sonoridade, momentaneamente incompreensível para o meu entendimento.
Nunca duvidemos, portanto, da interveniência maior ou menor destes nossos companheiros das extensões indescritíveis da vida para além do minuto rápido de aprendizado no qual nos demoramos, durante os estágios da materialidade. Há muitos, e muito mais! E depende apenas de nós nos permitirmos a percepção desta realidade magnífica, estendendo as mãos a estes aliados amorosos que constantemente nos acompanham, à nossa espera, a partir de uma realidade mais ampla e mais verdadeira, para o reencontro festivo a nos aguardar em dia certo, e somente mais ou menos distanciado no futuro para cada um de nós!
 http://www.oconsolador.com.br/ano6/298/christina_nunes.html

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