a partir de maio 2011

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A Arte da Contabilidade Divina

 
Antonio Tadeu Minghin,  

  


 
 Prezado leitor, o que você entende por “colocar o Evangelho em prática?” Será que já meditamos sobre essa questão? Será que estamos falando muito, estudando bastante, prescrevendo ainda mais? Mas e a  prática? Se fizermos uma contabilidade de nossas ações, não digo um balanço de nossas atividades junto às nossas casas espíritas ou em qualquer outro agrupamento, não! Eu falo meus queridos amigos, e é óbvio que aqui me incluo do bom direcionamento dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
     E, nesse momento, quero recordar aos leitores o que diz Santo Agostinho, na questão 919, em O Livro dos Espíritos, que sem dúvida é uma das principais questões, que trata da educação dos sentimentos. É uma verdadeira cartilha de como exercitar o nosso controle, no trato com as pessoas, com a sociedade e com nós mesmos. 
     Aliás, este relato, é a própria experiência desse Espírito de escol, um dos Espíritos da falange do Espírito da Verdade.
     Pois bem, ele fazia um balanço diário dos acontecimentos do dia e, assim, contabilizava o que fez de bom e naturalmente o que fez de errado e ainda o que havia deixado de fazer. Tudo isso visando ao próximo, mas antes de tudo a ele mesmo, seguindo assim a máxima do Cristo: “Amar o próximo, como a si mesmo.”.
     Alguém pode objetar que agindo dessa forma, estaríamos sendo egoístas. Mas, amigo leitor, é Jesus quem garante: Se não nos amarmos, como iremos amar o nosso próximo? Quem poderá gostar de alguém, se em primeiro plano não se gosta?
     Continuando. Santo Agostinho também nos lembra, nesta mesma questão, o que disse Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. E, como parte desse exercício de sentimento, ainda recomenda que consideremos a opinião dos nossos adversários, porque não têm nenhuma intenção de esconder algo negativo que veem em nós, diferentemente dos amigos, que muitas vezes não nos apontam o erro com receio de nos ofender. 
     Amigo leitor, o que você pensa sobre isso? É difícil praticar o exercício do autoconhecimento?  É temerário chegar a alguma conclusão que vai nos forçar a mudanças de paradigmas?
     Será que estamos trabalhando a nossa oficina de sentimentos de forma plena, segura? Estamos exercitando o nosso psiquismo de uma forma sincera para conosco? Digo isso, meus amigos, isentando-nos da culpa que destrói, de forma responsável, registrando aquilo que já podemos mudar ou transformar em aquisições positivas. Não sendo isso possível, será que estamos sabendo domar as nossas más tendências, não permitindo acarretar com isso compromissos dolorosos ou dificultosos para o nosso amanhã?
     É necessário reconhecer que temos um repositório de ensinamentos, através da doutrina espírita, doutrina de amor, de esperança, e que objetiva libertar consciências, ajudando-nos sobremaneira a alcançar a evolução, lenta e gradualmente é bem verdade, mas de forma eficaz e segura, conforme sigamos seus postulados.
     Portanto, amigo e irmão leitor, sobeja à teoria: além dos livros da codificação, milhares de obras de excelente teor, palestras, aulas, vídeos, seminários, filmes, DVDs, CDs, eventos, tais sejam: Humanizar, Entre médiuns. 
     Mas e a chamada “prática diária?”.
     Ah, sim! Querido leitor, essa depende somente de nós!
     Tempo, exercício e prática... Na contabilidade, é o capital individual, não é capital societário... Esse sim é o nosso capital cuja aplicação vai nos dar como resultado, DÉFICIT OU SUPERÁVIT. Sabe por quê? Porque essa contabilidade é Divina! 
     Está nas Leis Naturais: Causa e efeito.
     Quanto mais capital, mais é solicitada a sua parte na formação do patrimônio.
     Meus queridos, esta partida contábil não falha. Não tem caixa dois. Não tem o chamado “jeitinho” para acertar as contas. Não tem desvios financeiros. Não têm valores a fundo perdidos.
     Tem somente resultados que poderão ser: prejuízo ou lucro.
     Esta contabilidade é cristalina, não apresenta diferenças em suas contas. É justa. Deu lucro? Ótimo. É sinal que esta empresa (nós) está aplicando no mercado (dos sentimentos) muito bem.
     Deu prejuízo? Pena. Mas o Governo de nossas ações (DEUS) nos oferece a chance de refazer essas aplicações, é claro, como já aplicamos de forma indevida, certamente teremos agora que refazer esse balanço com juros e atualizações monetárias (que são as dificuldades do caminho evolutivo).
     Sendo assim, não nos esqueçamos: a Empresa é nossa e, portanto, somos os responsáveis pelos seus investimentos e consecutivamente, pelos resultados.
     Vamos refletir sobre isso?
 
     Antonio Tadeu Minghin
      Penápolis-SP
  
http://adde.com.br/Sessao.aspx?cat=8

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