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sábado, 12 de janeiro de 2013

Reencarnação e conflitos familiares


A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vidas anteriores, e são justamente essas ligações as causas de simpatia ou de antipatia entre pessoas aparentemente estranhas.
A Lei da Reencarnação existe porque Deus, conhecendo a tendência que o homem possui para as más inclinações, mas, sabendo também da capacidade que ele tem de se superar e de se aperfeiçoar, oferece-lhe oportunidades para o arrependimento e para a reparação das faltas cometidas, durante sua jornada evolutiva, em novas existências corporais.
Ora, para que uma pessoa possa reparar os prejuízos causados a alguém, é necessário que volte a conviver com essa mesma pessoa, e é por isso que há tantos reencontros de almas, durante as experiências encarnatórias. Ocorre que, na maioria das vezes, o período de uma única encarnação não é suficiente para que ocorra a reconciliação. Às vezes, é necessário um tempo bem maior para que o estrago moral, causado por atitudes inconsequentes, seja consertado.
É por isso que as mesmas personagens de um drama podem se reencontrar em várias vidas sucessivas, enquanto se busca, com o auxílio dos Espíritos apaziguadores, a dissipação do ódio cultivado durante a livre semeadura.
Mas, conjuntamente à Lei da Reencarnação, existem outras que lhe completam para que tais reconciliações sejam legítimas. Uma delas é a Lei do Esquecimento; uma vez revestido de um novo corpo, o indivíduo se esquece das razões pelas quais reencarnou. Assim, todo o bem que ele fizer, ocorrerá por suas próprias conquistas morais e não pela imposição de uma consciência pesada. É a partir daí que se pode avaliar a capacidade de amar e perdoar aos inimigos, ação que Jesus apregoou como a maior prova de evolução moral do homem.
É por causa da Lei do Esquecimento que muitos sucumbem às fraquezas morais e voltam a repetir os mesmos erros do passado, deixando aflorar em si, e se submetendo às mesmas viciações que, adormecidas em sua natureza, esperam apenas o momento propício para a eclosão. A pessoa não se recorda dos erros que cometeu no passado, não se lembra dos inimigos que granjeou, nem dos sofrimentos que experimentou, mas carrega em seu íntimo as impressões deixadas por essas experiências de vida, como se fossem cicatrizes geradas na própria alma.
Para a colheita obrigatória da livre semeadura, é necessário que tais inimigos voltem a partilhar suas convivências. Daí, se explicam os conflitos familiares, as tumultuadas relações entre pessoas que nasceram no mesmo lar ou que acabaram juntas por meio de relações profissionais, convivências sociais, matrimônios, adoções, etc. São pessoas que contraíram dívidas morais, que se odeiam, que precisam se perdoar e que, muitas vezes, pediram a oportunidade dessa convivência.
A Lei da Reencarnação não é um castigo imposto às pessoas que se ofenderam, mas um presente divino oferecido, para que, por intermédio do perdão e do amor incondicional, o homem se supere e se eleve às esferas dos Espíritos felizes.
No entanto, devido às imperfeições do homem, é natural que ocorram recaídas durante os complicados processos de reconciliação. Esses deslizes atrasam sobremodo a evolução e estendem os padecimentos do Espírito devedor, que permanece na “prisão” dos endividados morais.
Mas, em se tratando de aprendizagem, nada é desperdiçado. Toda experiência de vida é aproveitável. Se não o for como adiantamento moral, será como fonte de reflexão e do despertar do arrependimento que sempre antecede a reparação.
http://www.batuiranet.com.br/espiritismo/2395/reencarnacao-e-conflitos-familiares/

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