a partir de maio 2011

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O bom zelo pela doutrina espírita


Faz parte da obra básica a orientação para que o espírita zele pelo espiritismo, preserve os postulados que nele estão contidos e esteja sempre disposto a contestar aqueles que falam dele o que ele não é, agindo inclusive com toda energia, contra os detratores, como Allan Kardec fazia.
Somos orientados, inclusive, a desmascarar os mistificadores, os falseadores, os estelionatários que, usando indevidamente o nome do espiritismo, enganam os outros.
Espírita nenhum deve temer que investiguem as coisas no seu centro, seja de que natureza for, inclusive as mediúnicas. É claro que não vamos nos submeter a presunçosos e arrogantes que possam querer chegar à nossa casa, a pretexto de investigação, exigindo que nos submetamos às suas conveniências, porque não é nada disto. Mas se alguém quiser vir, sem atrapalhar nada, sem interferir na ordem e na disciplina querendo investigar, que seja bem vindo, pode ficar a vontade, mas desde que assuma o compromisso de relatar as verdades verdadeiras encontradas na casa.
Quem não deve não teme, diz o velho ditado.
Alguns espíritas entendem que zelar pela doutrina significa entrar em confronto com quem pensa diferente da gente, dentro do movimento, concebendo como inimigo, maltratando e injuriando a ponto até de caluniar e difamar, como muitos fazem, e é bom que todos entendamos que zelar pela doutrina não significa praticar idéias inquisitoriais e muito menos ódio a quem quer que seja.
Esse negócio de sair em “defesa da doutrina” é algo muito sério e até perigoso, porque não é tarefa para qualquer um e sim pra gente muito preparada, mas muito preparada mesmo.
Digo isto porque há pessoas que, comprovadamente, não conhecem a doutrina nem dentro daquilo que foi permitido aos espíritos e a Kardec ensinarem pra gente em meados do século 19, mas vivem a falar, agir e até a tomar decisões como se conhecesse tudo.
Aí perguntamos: E os ensinamentos do mundo espiritual que não puderam ser trazidos para o homem, no tempo de Kardec, mas que hoje, com o avanço tecnológico e científico da humanidade, podem ser revelados, posto que o homem moderno tem condições de entender, sem considerar que seja coisa “maluca” ou de ficção científica?
Vou dar um exemplo claro, que todo mundo vai entender onde quero chegar:
Faz de conta que, no tempo de Kardec, na Europa, alguém dissesse ser possível ter na palma da sua mão um aparelhozinho, leve, sem fio, que lhe permite falar com milhões de pessoas que estão do outro lado do oceano, na América ou no Japão, com excelente qualidade de som e ainda vendo a imagem da pessoa COLORIDA e com alta definição.
Como as pessoas reagiriam diante de alguém que viesse a dizer uma bobagem desta, uma maluquice desta?
- Ih, coitado, pirou de vez. Tá delirando.
- Pode ir sonhando, porque isto não vai acontecer NUNCA.
- Está escrito que isto não é de Deus, isto é contra os princípios morais...
Não falariam que aquilo seria ficção científica porque naquele tempo ninguém falava nisto.
Alguém acha isto estranho, nos dias de hoje?
Alguém, hoje, fica impressionado, admirado, chamando todo mundo pra ver, quando está diante de alguém com um celular falando com som e imagem com ougtra pessoa que está distante?
Por que não deixam os espíritos, hoje, trazerem ensinamentos mais avançados do que aquele curso primário de espiritismo que Kardec nos trouxe? Será que vamos ter que ficar no primário por séculos e séculos?

Não podemos dar moleza para os presunçosos

Você, que tem carro, gostaria que alguém amarrasse um arame no freio do seu carro e deixasse ele brecado o tempo todo, sem poder andar?
Assim como a inquisição católica pretendeu que a humanidade ficasse estacionada nos conhecimentos da idade média, encontramos hoje espíritas que insistem para que o conhecimento espírita fique também estacionado ao meado do século 19.
No tempo da idade média chegavam a assassinar os que pensavam contra, com todo aquele festival de torturas e crimes que todos conhecemos, porque era permitido matar e não existiam leis que impedissem; nos dias de hoje fariam a mesma coisa, ou pior, se as leis atuais permitissem. Não tenhamos a menor dúvida disto.
No passado todo mundo tinha medo de contestar qualquer coisa que um padre dizia, porque sabia do risco que corria, pois todo mundo estava submisso ou aliado a ele: polícia, forças armadas, governo, juízes... enfim, todo o poder, mas hoje a coisa é diferente.
Portanto, meu amigo leitor, NÃO PODEMOS DAR MOLEZA PARA OS PRESUNÇOSOS e devemos encará-los firmes, olho no olho, com coragem, com raça e sem qualquer temor.
Quem não tem rabo de palha nem telhado de vidro não pode ter medo de fogo e nem de pedrada. Em princípio todos precisam estar preparados, porque os verdadeiramente comprometidos, sempre com algum rastro de lama em suas vidas, têm a tendência de levantar dúvidas sobre o seu histórico moral, jogando verdes, porque acham sempre que todo mundo está no mesmo nível que ele está. Insinuam um monte de coisas, comentam nos bastidores o que querem e bem entendem.
Toda pessoa que tem consciência do seu histórico de vida deve enfrentá-los, energicamente, exigir que provem alguma insinuação maldosa e não deve abrir mão de abrir inquérito policial, ação judicial e tudo, para que ele tome vergonha na cara e não venha nivelar todo mundo àquilo que ele é.
Qualquer elemento que, empossado na direção de uma casa espírita, tomar qualquer decisão duvidosa, comprometedora, maléfica, imoral e que venha a prejudicar um semelhante nosso, aos animais ou ao meio ambiente deve ser questionado imediatamente, com todo rigor, e a sua ação deve ser levada ao conhecimento de todos, para que todos saibam do que ele é capaz. Não tem nada que, em nome da caridade, jogar para debaixo do tapete e fingir que não viu.
Isto é coerência, isto é decência, isto é raça e determinação no bem.

Exijamos documentação de TUDO

O que eu quero dizer com isto:
O meio espírita, adotando a mesma malandragem da sociedade em geral, porque nela está contido, para se esquivar de responsabilidades, costuma dizer:
- Nós não recebemos nenhum comunicado.
- Ele não falou conosco, se falasse, com certeza, tomaríamos as providências.
- Não chegou ao conhecimento da diretoria.
- Não fomos informados sobre o fato.
Foram comunicados, sim, foram avisados, mas, já que as pessoas não se munem de provas documentais, fica sempre o dito por não dito.
Criemos o hábito de nos documentar sobre TUDO, porque a malandragem humana é algo terrível.
Utilizemos de um poderoso recurso: Enviar correspondência, pelo correio, com AVISO DE RECEBIMENTO, porque é um documento que tem uma força jurídica muito grande.
Por exemplo: Você, como espírita, vê todo esse carinho e esse amor que os espíritas manifestam pelo Dr. Bezerra de Menezes, né? Ele é tratado como um verdadeiro santo, pelos espíritas, só faltando mesmo a denominação de “São Bezerra”.
Fica, em todo mundo, a impressão de que os espíritas sempre o trataram com esse carinho que a gente vê hoje.
Você tem idéia de como ele foi tratado pelos espíritas da sua época?
Tem idéia do que os tais defensores da tal “pureza” doutrinária fizeram com ele, no seu tempo?
Nem queira saber, porque é triste.
Então, tratemos de documentar e deixar tudo registrado para o futuro, para que todos saibam o que de fato espíritas dos dias de hoje fazem com o Espiritismo.
Vou dar uma dica importante e poderosa.
Muitos freqüentadores de centros adoram determinados expositores (vou tocar sempre nesta tecla), gostariam muito de tê-los no centro fazendo palestras, mas passam meses e anos e nunca mais o vêem na casa.
Quando se questiona com alguém da diretoria, o porquê de Fulano ou Cicrana nunca mais fizeram palestras lá, dão um monte de desculpas, inventam que ele foi convidado mas não teve espaço na agenda, enfim, dizem um monte de mentiras.
A dica é a seguinte: Procure sempre entrar em contato com o expositor, que sempre mora na sua cidade ou até fora dela, e pergunte a ele mesmo porque ele nunca mais foi fazer palestra no seu centro, que ele vai dizer a verdade.
Aí escreva uma carta para a direção no centro, pegue assinatura de outros freqüentadores que, como você, gosta também daquele expositor. Poderá ser só a sua, sem problema.
Mas não entregue na secretaria do centro, porque vão desviar, fingirem que não leram e dirão que não receberam.
Poste no correio, com AVISO DE RECEBIMENTO, e depois cobre resposta.
Depois tire um monte de cópias, incluindo o AR do correio, e distribua para o maior número possível de pessoas e, se possível, publique na internet, pra todo mundo tomar conhecimento.

Vou contar uma historinha, que alguns leitores mais antigos já conhecem. É do tempo que eu morava em Belém do Pará, onde firmei minha base espírita.

Divaldo Franco sempre foi convidado à ir à capital paraense todos os anos, desde o ano de 1959.
No ano de 1987, tendo ido lá, como de rotina, ele cometeu o “crime” de falar no nome de Sathia Sai Baba, numa palestra, naquela cidade, convidou que as pessoas se concentrassem para fazer um relaxamento e pediu para que baixassem um pouco as luzes do ambiente.
Aquilo foi considerado, pelas “autoridades” espíritas locais como um verdadeiro absurdo, uma atitude altamente anti-doutrinária, por parte dele.
Vejam bem, gente: Foi o Divaldo Franco!
Pois bem: Simplesmente foi tomada a decisão de que nunca mais ele seria convidado a falar no Pará.
Ninguém, inclusive eu, ficou sabendo da decisão tomada.
No ano seguinte, 1988, Divaldo não foi ao Pará. Em 1989 também não.
Aí o povo espírita, que me conhecia, sabendo que todo ano eu ia à Bahia, eu o visitava e sempre filmava palestras dele e distribuía as fitas em Belém, começou a me perguntar porque ele não tinha ido ao Pará nos últimos dois anos.
Eu não sabia o que responder e perguntei, numa das viagens, a ele mesmo:
- Divaldo, o pessoal em Belém está com saudade de você, que não vai lá já fazem dois anos.
Ele me respondia:
- Eu vou onde me convidam. Não me convidaram nos últimos dois anos.
Ao chegar em Belém, eu procurava pelas “autoridades”, pra falar do encontro que tive com ele, que havia me dito que nunca mais ninguém o convidou.
A resposta era assim:
- Nós convidamos, sim, ele é que não tem mais tempo. Conforme você sabe, o Divaldo viaja muito e a agenda dele é muito cheia.
Eu engolia aquilo, ingenuamente, porque, até então, não tinha o conhecimento que tenho hoje acerca do comportamento do movimento espírita, pois, jamais, poderia imaginar que certas coisas pudessem acontecer em nosso meio.
Passava-se mais um ano e nada de Divaldo em Belém.
Eu encontrava com ele, de novo, e perguntava o que houve, e a resposta era a mesma:
- Não me convidaram. Eu só vou onde me convidam.
- Então eu lhe convido. Providencio passagem, estadia e tudo. Vamos fechar uma data?
- Régis. Não vá criar problemas para você, deixe as coisas como estão. Se os órgãos xyz me convidarem, eu irei.
Juro, com toda sinceridade, que eu não entendia nada. Jamais me passaria pela cabeça o que de fato poderia estar acontecendo.
Ao cobrar, lá em Belém, a resposta era a mesma.
Nós convidamos, sim, ele que não tem espaço na agenda.
A coisa é feita de uma maneira, para deixar mesmo a pessoa sem ação, por não entender nada do que está acontecendo.
Gente, nesta brincadeira, se passaram 7 anos e eu todo ano cobrando de Divaldo porque ele não ia ao Pará, ele dizia que não era convidado, até que em determinado momento eu o convidei e ele aceitou o meu convite. Marcamos data e tudo.
Mas ele me deu a seguinte orientação:
- Régis. Eu aceito o seu convite, vamos então marcar uma data. Mas sugiro que você comunique à instituição tal e diga que eu fico aguardando então, uma carta, convidado por ela. Se não me mandarem, eu vou pelo seu convite.
Pasmem: Quando eu cheguei a Belém, da viagem costumeira à Bahia, ingenuamente, crente que estaria abafando, fui comunicar o fato ao órgão oficial lá, dizendo que estávamos com data agendada com Divaldo para 1995, que ele aceitara o meu convite e que iria.
Sabem o que aconteceu:
Eu peguei um belo de um esporro, acusado de estar interferindo nos problemas administrativos do movimento espírita do Pará.
Aí que eu não entendi nada mesmo.
Mas, finalmente, mandaram a carta, ele foi, eu fiz uma mega divulgação na televisão local e colocamos mais de 5.000 pessoas no ginásio de esportes para vê-lo.
O povo, de fato, estava com muita saudade dele, mas alguns se acham no direito de cercear do próprio povo o direito que ele tem de escutar quem gosta de escutar.



VAMOS REAGIR ENERGICAMENTE CONTRA ISTO, GENTE!!!!!
Façam como eu fiz. Deixe que lhe chamem de polêmico, porque isto não acrescenta e nem diminui nada


Quem não deve não teme, quem não tem telhado de vidro não tem porque ter medo de pedra.

Uma casa espírita que, realmente, tem consciência de todas as suas atitudes, que é lúcida nas suas decisões e que sabe que toda e qualquer decisão tomada pela sua diretoria não representa qualquer transgressão aos princípios elementares de MORALIDADE E DECÊNCIA, jamais vai deixar de responder a um questionamento que lhe fazem, seja ele ao vivo, diante do público, por correio com AR, por ação judicial e nem por nada.
Os que se aborrecerão com a sua atitude, com certeza estarão com suas consciências pesadas, certos do comportamento canalha e imoral que vivem, na direção da casa espírita.
Não vamos deixar que o espiritismo fique contaminado pelo desequilíbrio, pelo desajuste, pelos recalques e pelas perturbações mentais de alguns palhaços que estão empossados nas direções de centros espíritas, de AREs, UREs, CREs, Uniões Espíritas e até Federações.

Quem não deve não teme.

Abração a todos.


                           Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia

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