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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Exorcismo - doutrinação

Como definir o exorcismo? Será que é o melhor método para combater a influência de Espíritos perturbadores? A atuação de tais Espíritos infelizes requer mais cuidados e atuação nas causas do problema. 
Ao culpado não basta o arrependimento apenas, sendo este o primeiro passo para a reabilitação que atrai a divina misericórdia. O arrependimento é o prelúdio do perdão, o alívio dos sofrimentos, mas porque Deus não absolve incondicionalmente, faz-se mister a expiação, e principalmente a reparação. (C.I. 2a parte, cap. VI)1
As fórmulas de exorcismo não têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos. Estes últimos riem e se obstinam, quando veem alguém tomar isso a sério. (L.E. 477)2
Se se trata de um Espírito infeliz, manda a caridade que lhe dispensemos as atenções que mereça. Se é um engraçado de mau gosto, podemos proceder desembaraçadamente com ele. Se um malvado, devemos rogar a Deus que o torne melhor. Qualquer que seja o caso, a prece nunca deixa de dar bom resultado. As fórmulas graves de exorcismo, essas os fazem rir; nenhuma importância lhes ligam. (L.M. 90)3
Certas pessoas empregam aquilo que poderíamos chamar processos, isto é, fórmulas particulares de evocação, ou espécies de exorcismo... Outros (Espíritos) riem-se de tudo e afrontam a presença dos mais venerados signos... (R.E. setembro de 1959)4
Numa pequena casa perto de Castelnaudary, havia ruídos estranhos e diversas manifestações que levavam a considerá-la como assombrada por algum mau gênio. Por isso foi exorcizada... Então os exorcismos não o expulsaram? – De modo algum. (R.E. fevereiro de 1860)4
Não há palavras sacramentais, nem fórmulas cabalísticas, nem exorcismos que tenham a menor influência. Quanto piores, mais se riem do pavor que inspiram. (R.E. maio de 1861)4
Se assim é, perguntarão, de onde vem a inutilidade dos exorcismos? Isto prova uma coisa: é que os exorcismos, tais quais são aplicados, porque sua eficácia não está no ato exterior, na virtude das palavras e sinais, mas no ascendente moral exercido sobre os maus Espíritos. (R.E. maio de 1863)4
Em vão prodigalizaram preces e exorcismos. (R.E. agosto de 1864)4
De onde vem a importância dos exorcismos? É um fato positivo que, não só em semelhantes casos o exorcismo sempre falhou, mas que as cerimônias desse gênero sempre foram seguidas de recrudescência no mal. (R.E. junho de 1865)4
Mas, então, por que o exorcismo é sempre impotente em semelhantes casos? O exorcismo é um anátema e uma ameaça, que irrita o Espírito malfeitor, e não uma instrução capaz de o abalar e conduzir no bem. (R.E. fevereiro de 1866)4
Poderá uma terceira pessoa fazer que cesse a sujeição da outra? Nesse caso, qual deve ser a condição dessa terceira pessoa?
– Sendo ela um homem de bem, a sua vontade poderá ter eficácia desde que apele para o concurso dos bons Espíritos, porque, quanto mais digna for a pessoa, tanto maior poder terá sobre os Espíritos imperfeitos, para afastá-los, e sobre os bons, para os atrair. – Aquele que não tiver puro o coração, nenhuma influência exercerá. Os bons Espíritos não lhe atendem o chamado e os maus não o temem. (L.E. 476)2
Necessário, pois, é estudar a natureza do médium, como se estuda a do Espírito, pois aí estão os dois elementos essenciais para resultados satisfatórios. Há um terceiro, que representa papel igualmente importante: a intenção, o pensamento íntimo, o sentimento mais ou menos louvável. (R.E. fevereiro de 1860)4
Na Revista Espírita de maio de 1868, após transcrever o esclarecimento dado em reuniões espíritas a um cura obsessor e a um facultativo desorientado, Kardec, tendo em vista a conversão de ambos, coloca: quando o médico e o padre renascerem, trarão ideias e opiniões completamente diversas das que tinham na existência que acabam de deixar; um não será mais fanático, o outro não será mais materialista, e ambos serão espíritas. Há, pois, a utilidade para o futuro da sociedade, em se ocupar da educação dos Espíritos.

1. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 
2. ____. O Livro dos Espíritos.
3. ____. O Livro dos Médiuns.
4. ____. Revista Espírita.

http://www.oclarim.org/

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