a partir de maio 2011

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Alfredo Bastos e a 12ª Reunião



Mais uma vez o amigo Alfredo Bastos, como sempre muito descontraído, se faz presente na mediúnica, para a alegria dos participantes que já se acostumaram com um espírito que se comunica de forma natural, totalmente distante da formalidade rigorosa das reuniões mediúnicas da maioria dos centros espíritas.
Mais uma vez o Seu João Honório se fez presente, bastante contrariado, porque os amigos resolveram estender o horário das mediúnicas para além das 21 horas, quebrando um paradigma estabelecido, durante várias décadas, que estabelecia que a mediúnica da casa só poderia ter uma hora de duração, começando às 20:00 e terminando,  impreterivelmente, às 21:00, em nome da disciplina e das normas da casa.
Jarbas Silveira, como sempre, dá início aos trabalhos.

JARBAS – Na Paz de Jesus e com a proteção dos amigos espirituais, damos por iniciado o trabalho da noite de hoje, colocando-nos a disposição dos espíritos que desejarem se comunicar, dentro do controle estabelecido pelos espíritos coordenadores deste nosso compromisso mediúnico.
ALFREDO – Oi, amigos, boa noite, como vocês estão? Eu já estava com saudades.

NEUZINHA – É o Alfredo!!!!??????
ALFREDO – Sim, Neuzinha, sou eu mesmo.

FERNANDO – Oi, Alfredo, a gente também tava com saudades, apesar dos novos amigos que passaram a nos visitar e dar mais alegria a este nosso trabalho.
NEUZINHA – Poxa, Alfredo, como é que você some desse jeito?
ALFREDO – Eu disse para vocês, da última vez que aqui estive, que os amigos espirituais são amigos como outro qualquer, que tem prazer em visitar a sua casa; mas não é porque estabelece-se um laço de amizade que ele tem que viver o tempo todo em sua casa. No começo é muito bom, mas chega a um ponto que pode saturar.
Imaginem um amigo, por mais estimado que seja, resolver todos os dias aparecer na sua casa, principalmente na hora do almoço e do jantar.
A relação com os amigos espirituais deve ocorrer da mesma forma, várias amizades devem ser preservadas e eu acho que isto vem acontecendo aqui nesta casa, não é verdade?

JARBAS – É verdade, Alfredo, temos recebido várias visitas de amigos espirituais, como o Augusto, a Dolores, a Celeste e seu Geraldo Bittencourt, que, inclusive, foi um dos fundadores desta casa, não é, gente?
NEUZINHA – É verdade...
LOURDES – (respondendo junto com a Neuzinha) - É verdade, estamos numa alegria tão grande, Alfredo, com estes resultados que temos obtido nas nossas mediúnicas e só temos que agradecer a você, porque foi você quem começou isto aqui na nossa casa. O Augusto é um amigo bem humorado e que traz esse seu estilo, a Dolores é muito meiga e a Celeste é também um doce. Semana passada veio o seu Geraldo, também aquele paizão maravilhoso.
SEU JOÃO – Eu não acredito que o Geraldo Bittencourt iria participar desse desvirtuamento doutrinário que vocês vêm promovendo nesta casa. Eu o conheço muito bem, convivemos muitos anos na labuta desta casa, sempre foi um homem sério, sempre zelou pela pureza doutrinária e tenho certeza de que é algum mistificador se passando por ele.
ALFREDO – Pois é, Seu João, o mundo dá muitas voltas. Alguns se dispõem para o aprendizado constante, para a reciclagem e aperfeiçoamento das suas idéias, enquanto outros congelam as suas mentes, prendem-se aos paradigmas e não há quem consegue demovê-los das idéias estacionárias.

SEU JOÃO – Se for o Geraldo Bittencourt Barbosa, fundador desta casa, eu sei muito bem do que estou dizendo e não me deixo enganar por pseudos-sábios que vêm à casa espírita, utilizando-se de nomes nobres.
ALFREDO – Há quanto tempo o senhor não fala com o seu Geraldo, seu João?

SEU JOÃO – Ele desencarnou em 1985, de lá pra cá, é óbvio que não nos falamos.
ALFREDO – Por que é óbvio, que não se falam? Porque um companheiro desencarna, é óbvio não haver comunicação?
Tem outra coisa, seu João, o seu Geraldo está aqui agora, e está dizendo que os senhores não se falavam por quase cinco anos, antes da sua desencarnação, e que o senhor sabe muito bem os motivos.

Seu João demonstrou certo nervosismo, arregalou rapidamente os olhos...
SEU JOÃO – Eu conheço muito bem o Geraldo Bittencourt, se ele estivesse autorizado a se comunicar já teria comunicado há muito tempo em nossa mediúnica, dado aos anos que se dedicou com afinco a esta casa.
JARBAS – Seu João, o senhor me desculpe, mas as mediúnicas que nós sempre realizamos aqui eram destinadas apenas a atender a espíritos sofredores, portanto sem espaços para os espíritos amigos e afinizados com a casa se comunicarem conosco, o que só está acontecendo agora, depois do surgimento do nosso amigo Alfredo.
SEU JOÃO – Imagino você, Jarbas, um trabalhador que sempre foi seguro nas suas convicções doutrinárias se deixar contaminar por esta balbúrdia que se transformou a mediúnica desta casa. Nós já conversamos várias vezes sobre isto, mas você insiste com a sua teimosia em apoiar tudo isto que vem acontecendo aqui.
CLÓVIS – Que tipo de contaminação está havendo aqui, seu João? O senhor já participou mais de uma vez deste trabalho, já conversou com o Alfredo, já debateu, ele fez de tudo para mostrar quem é, para o senhor, e o senhor não se convenceu ainda? Continua com esse mesmo pensamento?
NEUZINHA – Seu João, se o senhor não tem participado deste trabalho, não veio aqui semana passada, como pode afirmar que não foi o seu Geraldo que se comunicou? O que estabelece, no senhor, a certeza de que um espírito amigo da casa, que viveu uma vida na casa, não possa se comunicar no espaço que ele tanto amou?
FERNANDO – Bem observado, Neuzinha. Na sua opinião, seu João, a mediúnica de um centro espírita serve para quê? Não é para comunicação de espíritos desencarnados?
SEU JOÃO – Eu não preciso de lições sobre Espiritismo? Tenho mais de cinqüenta anos de doutrina e quero ser respeitado.
ALFREDO – Companheiro, todos nós precisamos, constantemente, de novas lições sobre Espiritismo, sim. Considerar o Espiritismo exposto por Allan Kardec nas obras básicas como doutrina pronta, é desconhecer Kardec e não ter entendido a proposta dos Espíritos Superiores. Há dois mil anos, lucidamente, Jesus limitou os conhecimentos àquilo que a cultura da época estava preparada para assimilar; no meado do século dezenove os Espíritos da Codificação, também, limitaram o conhecimento àquilo que a cultura da época estava preparada para absorver. Como pode o senhor, cento e cinqüenta e cinco anos depois do surgimento do Espiritismo, pretender que o mundo continue com os mesmos conceitos do século dezenove, fechando os olhos para os avanços científicos, morais e tecnológicos?

LOURDES – Alfredo, se você me permite, eu queria fazer uma sugestão: Você disse que o seu Geraldo está aqui, por que ele não aproveita esta situação, para esclarecer logo tudo, e se comunica, também, utilizando-se da mediunidade da dona Regina?
FERNANDO – Eu também acho que seria uma boa, pra ver se acaba com essa teimosia do seu João.
SEU JOÃO – Eu exijo ser respeitado nesta casa, que tem os seus estatutos que estabelece uma diretoria a quem cabe determinar a conduta doutrinária e moral da casa. A vigilância deve ser observada e admiro muito que espíritas como vocês se deixem levar pela fascinação, que termina culminando com desvios morais.
JARBAS – O senhor está questionando a moralidade dos participantes deste trabalho, seu João?
SEU JOÃO – Você sabe muito bem, Jarbas, que temos que ter cuidados com a nossa conduta moral, desde que nascemos até quando desencarnamos. Esta é uma exigência que todo espírita tem por obrigação observar, para impor o respeito.
CLÓVIS – Pelo amor de Deus, seu João, o que tem a ver o modelo de mediúnica que estamos fazendo aqui com moralidade?
ALFREDO – Lourdes e Fernando: O seu Geraldo acha melhor não se comunicar hoje e prefere dar um pouco mais de tempo. Se vocês me permitem, amigos, não apenas ele, Geraldo Bittencourt, está aqui, como também a dona Terezinha Lopes, que também saúda a todos e principalmente o seu querido João Honório.

SEU JOÃO – Agora você vem dizendo que a Terezinha está aqui? É pra tentar me convencer, a qualquer custo?
ALFREDO – Não, seu João, não temos qualquer pretensão de convencer ninguém, principalmente em dizer a espíritas antigos, com décadas de participação na labuta espírita, de que é possível espíritos desencarnados aparecerem e se comunicarem em centros espíritas. Não é preciso o senhor acreditar nesta possibilidade, caso não queira aceitar, mas a dona Terezinha quer apenas mandar um recadinho para o senhor.

SEU JOÃO – Que recadinho é esse, eu conheço muito bem a minha esposa também.
ALFREDO – Ela está lhe dizendo que a Bernadete continua encarnada.

SEU JOÃO – Eu não conheço Bernadete nenhuma, não sei de quem você está falando.
ALFREDO – Ela está dizendo que o senhor sabe sim, e sabe muito bem. É a Berna, que foi empregada doméstica de vocês, de 1974 a 1980, no Tatuapé. Ela diz que a Berna teve o menino, que hoje está saudável, já com 32 anos, que se formou como advogado e que está muito bem.
Informa que ela está casada hoje, que tem outros filhos, apesar o seu mais velho ser registrado sem pai.

Nestas alturas, seu João estava suando, de nervoso.
SEU JOÃO – O que vocês estão insinuando? Eu exijo respeito!
ALFREDO – Não há qualquer insinuação, seu João e nem falta de respeito para com o senhor, apenas uma informação transmitida por espírito que diz ter sido a sua esposa, dando notícias acerca de uma pessoa que conviveu dentro do seu lar, durante algum tempo, que continua encarnada e que, certamente, o senhor nunca mais a viu.
Mas continuemos falando da moralidade, já que era o que estávamos conversando.
Como é mesmo, seu João, a questão da moralidade que compromete os participantes da mediúnica que adotam um modelo de trabalho que não corresponde bem àquilo que o senhor entende?

SEU JOÃO – Não é bem moralidade, que eu queria dizer, eu quero alertar contra os perigos que podem ocorrer, quando aceitam qualquer mensagem de espíritos, sem checar bem quem são esses espíritos. Você sabe muito bem, e Kardec coloca lá no Livro dos Médiuns, a possibilidade de espíritos pseudo-sábios se comunicarem utilizando-se de nomes ilustres.
ALFREDO – O senhor está corretíssimo, seu João, quanto a esta observação. Todos devem mesmo ter todos os cuidados, para não se deixarem levar por comunicações apócrifas.

NEUZINHA – Mas seu João, o Alfredo vem nos alertando sobre esses cuidados desde que aqui veio pela primeira vez.
LOURDES – É verdade, inclusive ele pediu cuidado e cautela até mesmo em relação às comunicações dele.
FERNANDO – E nos chamou atenção, da vez passada que esteve aqui, sobre a possibilidade de uma possível empolgação que estávamos tendo em relação a ele.
JARBAS – Pois é, seu João, essa sua preocupação é preocupação também de todos nós e conforme o pessoal está dizendo aí, o espírito vem nos alertando o tempo todo acerca disto.
SEU JOÃO – Sim, sim, inclusive eu estive aqui uma das vezes que ele alertou sobre isto e, vocês sabem como é que é, né, a gente tem que estar sempre atento, de olho e sempre vigilante.
         CLÓVIS – Alfredo, eu tenho tanta coisa pra lhe perguntar, já que você nos acostumou a isto, mas hoje tivemos este entrevero aqui.
NEUZINHA – Eu também. Tenho minhas curiosidades e queria me aprofundar em algumas coisas que você colocou. Como é mesmo aquele negócio de espírito sentir frio e calor?
ALFREDO – Insisto em relembrar-lhes que os espíritos quando desencarnam continuam a ser exatamente as mesmas pessoas, guardando todas as suas características inclusive marcas perispirituais durante muito tempo, características e marcas essas que vão se modificando em mais ou menos tempo a depender da sua disposição em compreender o novo estado em que vive e a aceitar a condição de desencarnado.
Um homem que foi gago vai continuar com a sua gagueira por muito tempo no mundo espiritual, o viciado fumante vai continuar procurando cigarro e continuará incomodado com a falta da nicotina, da mesma forma alguns vão continuar a sentir frio e calor.

FERNANDO – Mas isto acontece com todos os espíritos?
ALFREDO – Claro que não. Há pessoas que desencarnam cegas e quando despertam no mundo espiritual, já estão enxergando, outras permanecem cegas por muito tempo, mesmo sem o corpo material que levou o seu olho para o túmulo. Lembrem que toda enfermidade do corpo implica em registro perispiritual, que é o que permanece.
Determinadas doenças ainda não têm cura, conhecida pelo homem na Terra, e leva o corpo a óbito, mas todas elas têm cura perispiritual no outro plano.
A idéia que muitos têm de que quando desencarna já chega com seu corpo perispiritual perfeito e saudável é tão equivocada quanto a de achar que todos os que chegam à Pátria Espiritual serão recebidos logo no primeiro momento pelos parentes e amigos.

JARBAS – Mas Alfredo, existe o amor materno. Por mais rebelde e desobediente que seja um filho, a sua mãe sempre o estende a mão e o perdoa, em decorrência do amor de mãe. Se a mãe, que está desencarnada, sabendo que o filho também acaba de desencarnar, não é natural que ela, que sente saudades, o vá receber em todas as situações?
ALFREDO – Quem foi que disse que os espíritos desencarnados sempre sabem, imediatamente, que os seus parentes acabaram de desencarnar?

NEUZINHA – Ué, e não é assim?
ALFREDO – Não. Observem realidades terrenas em que muitos filhos são indiferentes em relação aos seus pais, são grosseiros, ingratos, agressivos e até perversos para com eles, muitos são frios, somem e não dão notícias, não os visitam, não telefonam, enfim. Mesmo na Terra, enquanto encarnados, rompem os vínculos energéticos de sintonia, que independem de laços sanguíneos. Vocês acham que, só pelo fato da desencarnação, esses laços se restabelecem assim facilmente?
No mundo espiritual, onde a Justiça é infalível, todos arcam com as suas responsabilidades.
Muitos desencarnados só passam saber que determinados parentes também desencarnaram algum tempo depois.
Outras obras espíritas já falam sobre isto e eu não estou trazendo nenhuma novidade: Muitos passam anos e anos sem ver os seus entes mais próximos.

NEUZINHA – Mas muitos assistem aos seus entes queridos no momento da desencarnação, não é? Isto é verdade, né?
ALFREDO – Sim, isto é verdade. Mas aí você falou em entes queridos. Ser parente é uma coisa, ser ente querido é outra. Neste caso os entes queridos desencarnados se fazem ser vistos até mesmo antes da pessoa romper com famoso frio prateado, mesmo não sendo a pessoa médium vidente. Recebem, acompanham, orientam e ficam sempre ao lado.

CLÓVIS – E nem todos passam pelo Umbral, não é Alfredo?
ALFREDO – Que bom vocês entenderam bem isto. É importante orientar melhor a todos os espíritas, porque está todo mundo achando que vai necessariamente passar pelo local que André Luiz denominou de Umbral, sem considerar que Umbral e Nosso Lar restringem-se a uma região espiritual localizada apenas acima do Rio de Janeiro, onde ele, André Luiz, passou. Se for acima da Paraíba, por exemplo, ninguém vai encontrar Umbral, ninguém vai encontrar Clarêncio e nem Lísias, e sim um Severino, outro Severino e outro Severino.
FERNANDO – Alfredo, adoro esse seu bom humor. Está entendido que o local de sofrimento não é apenas o Umbral, citado por André Luiz, e que existem vários outros locais, também, de sofrimentos, com outros nomes, como esse caso que você exemplificou na Paraíba. Mas eu te peço para esclarecer bem: Desencarnando na Paraíba, assim como em Florianópolis, em Nova York, em Londres ou em qualquer lugar, as pessoas necessariamente terão que passar por essas chamadas regiões de sofrimento, como o Umbral?
ALFREDO – Não, absolutamente não. O espírita criou o paradigma de sempre achar que ele é um ser que tem muitos comprometimentos de eras passadas, que cometeu atitudes criminosas e monstruosas, sempre, o que não é verdade.
Os que têm comprometimentos, nem sempre necessariamente de encarnações e sim desta mesma, estes sim passarão pelas regiões como o Umbral, mas vocês sabem muito bem que existem pessoas muito boas entre vocês, caridosas, dignas, honradas, não necessariamente religiosas que não precisarão desse inferno que tantos esperam.
Mas creio que podemos ficar por aqui, hoje.

NEUZINHA – Ora, mas hoje a gente não vai até as 22 horas?
ALFREDO – Gostei muito da idéia de dedicarem mais tempo para as mediúnicas, mas isto não quer dizer que esse tempo tenha que ser utilizado exclusivamente com o Alfredo. E os outros amigos que vocês já conquistaram e que estão vindo aqui?

LOURDES – Eles virão hoje?
ALFREDO – Estão aqui, e se manifestarão, experimentando o carinho de vocês. Quero sugerir a você, Jarbas, que as pessoas que não puderem permanecer na reunião até as 22 horas, devem ser liberadas para deixarem o ambiente às 21 horas, para que não sejam estabelecidas obrigações. Que Deus fique com todos.

E assim encerrou a participação do Alfredo em mais uma noite de trabalho. Ninguém saiu da sala, todos muito alegres e entusiasmados. Neste dia até o seu João ficou calminho. Outros espíritos vieram, o trabalho continuou.
Abração.

                           Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e ANTARES Dinastia

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