a partir de maio 2011

domingo, 30 de setembro de 2012

O espírita e a realidade do mundo encarnado


Neste artigo eu repito coisas que já disse em outros, todavia, se faz necessário. Primeiro porque sempre surgem novos leitores, segundo porque há coisas que precisamos estar sempre relembrando, já que as insistências nos equívocos permanecem.
Muitos seres humanos são levados aos exageros nos seus comportamentos, e qualquer um pode perceber isto no dia-a-dia.
O exagero chega a evoluir para o fanatismo, que avança para níveis de ódio e até perda do juízo total, quando muitos chegam ao ponto até de assassinar aquele que pensa contrário.
No campo dos esportes, por exemplo, mais precisamente do futebol, chegamos a ver coisas deprimentes nas torcidas de times.
Qualquer pessoa que raciocina e tem, pelo menos, alguma lucidez deveria ter um entendimento de que o futebol é apenas um esporte e um meio de diversão. Todavia, muitos vêem o estádio como uma arena de gladiadores, no modelo romano antigo, onde multidões se divertiam em ver um contendor enfiar a espada no peito do seu adversário, no sadismo de ver o sangue escorrer.
A selvageria da cultura antiga tinha prazer em ver os seus semelhantes destruídos, e quanto mais sangue e desgraça, mais lotava as arenas. Quando os cristãos eram levados para serem devorados pelos leões, ou queimados vivos na fogueira, o interesse das pessoas era tão grande que elas se colocavam em filas na madrugada para garantir ingresso ao “espetáculo”, do mesmo jeito que hoje muita gente faz quando dos shows de populares artistas nos estádios.
Em todos os estados brasileiros existe a rivalidade futebolística, geralmente composta por dois clubes: torcedores do Grêmio odeiam os do Internacional, no Rio Grande do Sul, e vice versa; em Minas, atleticanos odeiam cruzeirenses e vice-versa, e assim a selvageria vai imperando em todo o país.
Há de perguntar: O que leva palmeirenses odiarem corinthianos, flamenguistas odiarem vascaínos e esse ódio entre os rivais se estenderem a todos os estados?
O descontrole emocional, a falta de bom senso, a carência de lucidez, tudo isto levado pelo exagero e o fanatismo.
No meio político, também, isto acontece. Elementos simpatizantes de um determinado partido chegam ao ponto de odiar o outro que seja considerado mais oposicionista às suas idéias. Ultimamente cheguei a debater com um elemento de um nível de fanatismo pelo PT tão grande, uma verdadeira obsessão que o leva a ter um ódio terrível do PSDB, numa patologia grave que chega a dar pena. Detalhe: É espírita. Há muitos do PSDB que também nutrem um ódio terrível do PT... enfim, o desequilíbrio é de todos os lados.
Na religião o problema chega a ser mais grave ainda. Evangélicos que odeiam espíritas, Muçulmanos que odeiam Cristãos e por aí e vai. Tudo isto produto do exagero que leva ao fanatismo.

E no meio espírita
Como os exageros se processam?

A praga do exagero se faz presente, também, no meio espírita, sem que se veja disposição para debater o problema.
Alguns chegam a ter um fanatismo tão grande por Allan Kardec, mesmo sem conhecê-lo bem, e daí estabelecem dogmas e paradigmas. Aliás, se o conhecessem, com certeza teriam vergonha de ser fanáticos, pois que ele nunca admitiu qualquer tipo de fanatismo e exagero.
Assim como existe o fanatismo por Jesus, que leva religiosos a matar em nome dele, obviamente sem conhecê-lo bem, no meio espírita também o exagero e o fanatismo por Kardec leva pessoas a atitudes as mais deprimentes possíveis, a ponto de perseguirem, odiar e até ter desejo de destruir.
É muito comum as ações de destruir obras e pessoas, por incrível que pareça, no universo de uma doutrina que proclama a liberdade, o direito de expressão, a tolerância e a indulgência.
Muitos são os exageros no meio espírita.
O fanatismo leva muitos espíritas ao ridículo do fingimento de que não estão vivendo como encarnados, em um mundo material, onde a sobrevivência depende fundamentalmente de matéria.
Necessitamos do alimento material, diário, o café da manhã, o almoço e o jantar, mas alguns vivem no faz de conta que nos alimentamos de substâncias fluídicas. Para termos energia elétrica, telefone, material de limpeza e de higiene pessoal em nossa casa, precisamos de dinheiro, mas muitos insistem em ver o dinheiro como coisa pecaminosa e demoníaca. Para mantemos o nosso psiquismo equilibrado, vivendo felizes, necessitamos do lazer, da alegria, dos sorrisos, dos meios diversões, mas muitos esboçam reações ao laser, à alegria, à diversão.
Você já deve ter ouvido muitas pessoas dizerem:
- “Essas coisas do mundo não me interessam. Precisamos nos desvencilhar das coisas do mundo”.
É uma alienação, reflexo dos exageros e dos fanatismos que estou falando. Como pode alguém que vive no mundo, em sã consciência, afirmar que as coisas do mundo não lhes interessam e que precisamos nos desvencilhar delas? É um absurdo.
Em decorrência disto, muitos centros espíritas funcionam como verdadeiros apologistas do masoquismo, do fingimento de conduta e da expressão do mau gosto, fazendo com que as pessoas que os freqüentam fiquem pior do que quando começaram a freqüentá-los.
“Psiu!!!!”, “Fale baixo”, “Pare de sorrir, isto aqui é lugar de respeito”, “Tire os braços das costas dela, não se pode ficar abraçado aqui”, “Por favor, não aplaudam o palestrante”, “venham com roupas sóbrias”, “esses seus trajes não são adequados para a casa espírita”...
Por que toda essa palhaçada anda impera no meio espírita?
Qual é o manual de conduta moral que determina que o falar em tom de voz normal, sorrir e abraçar um ser querido são expressões desrespeitosas?
Qual o estudo que comprova que a roupa sóbria, necessariamente, garante boa conduta de caráter à pessoa que a veste? (Detalhe: Hitler só se vestia em cores sóbrias).
Por que espírita tem que ser frio, omisso e indiferente em relação às pessoas que se destacam por bonitos trabalhos, não podendo aplaudir e elogiar? Será que a expressão “Honra ao Mérito” não deve ser aplicada nunca no meio espírita?
Não devemos reconhecer o mérito de ninguém, para que aquela ação sirva de exemplo para que outros façam igual?
Se reconhecer o bem que os outros fazem não pode, pois que não devemos nos manifestar com aplausos e elogios; por que podemos apenas criticar, chamar atenção, protestar e até punir os confrades quando erram ou fazem alguma coisa que não seja exatamente como gostaríamos que fosse?
Não é uma tremenda inversão de valores e uma absurda contradição a uma doutrina que é coerência e bom senso?
A condenação ao dinheiro é absurda. Não se consegue alimento, roupas, transporte, saúde, educação e gênero básico para sobrevivência sem dinheiro, no mundo material, mas há quem condene dinheiro vinculando-o a instrumento de tentação, obsessão e pecado.

Agora veja as reações dos exagerados

“Você quer, então, que as pessoas fiquem às gargalhadas no centro espírita?”
Estamos falando apenas em sorrisos naturais, mas o extremista, com suas apelações estúpidas, entende que estamos querendo que as pessoas fiquem às gargalhadas.
“Você quer então que as pessoas fiquem gritando, na casa espírita?”
Nos referimos a falar em tom de voz normal, mas o extremista sempre reage com suas afirmativas exageradas de que estamos querendo que as pessoas falem gritando.
“A casa espírita não é um motel, as pessoas tem que respeitar”.
O que falamos é em respeito a uma pessoa que abraça outra, que se senta no banco com o braço no ombro da outra, mas o desequilibrado, geralmente até desajustado sexualmente, entende que estamos querendo fazer da casa espírita um motel.
“Você quer, então, que as pessoas venham nuas, para a casa espírita?”
Questionamos as proibições de pessoas irem de bermudas, para o centro espírita, muitas vezes em tempos de temperaturas elevadas, mas os perturbados extremistas entendem que estamos querendo sugerir que as pessoas estejam nuas. Será que não há diferença entre alguém estar de bermuda e estar nu?

Os extremismos são terríveis

Na cabeça do extremista espírita, todo mundo que se propõe a realizar algum evento ou promoção com objetivos de angariar recursos para a casa espírita, necessariamente está querendo ficar rico à custa da doutrina. Quem questiona e pergunta muito, sempre é acusado de transgredir a disciplina. O seu desequilíbrio mental não o deixa ver boa intenção em ninguém, pois tudo mundo é desonesto, todo mundo é safado.

A questão da política e os problemas da Nação

No mais recente email que enviei, falei sobre as responsabilidades do espírita, enquanto cidadão brasileiro, com respeito aos problemas da Nação, já que vivemos encarnados e sabemos muito bem que os destinos das pessoas, neste mundo material, são traçados pelos políticos.
A boa ou má educação, segurança pública, saúde, saneamento básico oferecidas ao povo depende da boa ou má ação dos políticos e todo  mundo sabe disto.
Deixei muito bem claro no email que a casa espírita não deve se envolver com política PARTIDÁRIA, mas alguns extremistas inconseqüentes me enviam emails protestando, alegando, levianamente, que eu estou pregando política partidária.
A grande maioria do público entende o recado, sabe que eu estou falando em procurar avaliar candidatos, pelas suas condutas morais, pelas suas capacidades de apresentarem projetos dignos e coerentes, mas os extremistas, geralmente mentes estreitas e superficiais, entendem totalmente ao contrário, com as suas visões dogmáticas de quererem manter o estúpido paradigma da proibição total de se falar em política na casa espírita.
Eu deixei muito claro que apenas estou divulgando nome de espíritas que estão candidatos, mas os extremistas radicais do nosso meio entendem que estou INDICANDO candidatos e mandando que espíritas votem em espíritas, como se eles fossem necessariamente atuar como santos no serviço público.
Em momento algum falei em partido político, pois que não tenho partido político e nem suporto partido político nenhum, mas sempre aparece um idiota para julgar o meu material como se fosse campanha de algum partido e como se eu quisesse usar a casa espírita como palanque.
Meus amigos, estes exemplos servem como demonstrativos de que devemos ter muito cuidado com as cabeças de determinadas lideranças espíritas, que são verdadeiras topeiras que chegaram à direção do centro muitas vezes porque não apareceu gente mais competente para se disponibilizar a ocupar o cargo. Está cheio disto, em tudo quanto é canto.
Não deixem que essas criaturas manipulem as suas consciências e nem que tenham influência nenhuma nas suas decisões.
Quem tem que decidir a sua vida, em todas as situações, é você, com sua própria cabeça sem qualquer influência externa.
Procure, sempre, você mesmo conhecer a doutrina espírita, lendo e estudando as obras básicas, para saber, com sua cabeça, o que verdadeiramente é e o que não é espiritismo e não se deixe, em hipótese alguma, manipular pelo controle remoto de ninguém.
Eu, por exemplo, faço o seguinte: Toda vez que eu sei que tem dirigente espírita fazendo campanha contra algum livro, proibindo algum livro de ser vendido no centro, aí é que eu procuro comprar o livro e lê-lo, pra ele deixar de ser besta e aprender a respeitar o direito de escolha dos outros.
Não quer dizer necessariamente que eu tenha que aceitar a obra como sendo espírita e que tenha que aceitar cem por cento do seu conteúdo.
Toda vez que um dirigente espírita vir a proibir um expositor espírita de falar no centro, aí é que eu procuro mesmo saber onde esse expositor vai falar e vou assistir às palestras dele. Sempre fiz isto. Em Belém do Pará tive sérios conflitos com o movimento espírita, porque eu levava excelentes expositores espíritas lá, pessoas essas que, se fossem depender dos donos do espiritismo locais, jamais falariam ali. O resultado é que o público sempre adorava os eventos que eu fazia.
Com Estêvão Camolesi, por exemplo, que fora proibido pelo órgão oficial do Espiritismo lá, eu, de propósito, coloquei mais de 4.000 pessoas em sua primeira palestra, mais de 5.000 pessoas no segundo dia e uma superlotação de 6.000 pessoas no terceiro dia, sendo aplaudido de pé por um público que até hoje morre de saudades dele.
A proposta não é de agredir e nem de procurar briga com ninguém, é apenas de enfrentar, com garra e veemência, sem medo de cara feia, exigindo que lhe respeitem, porque você não é vaca do curral de ninguém.

Conclusão

Estamos em um mundo material e temos que nos dá consciência disto. Comemos feijão com arroz, sentamos em vasos sanitários, espirramos, tossimos, consumimos gêneros materiais para sobreviver e qualquer teatralização que nos leva a fingir que já vivemos nas altas esferas espirituais é ridículo.
Dinheiro não é pecaminoso e nem obsessivo. Ele só é mau quando o utilizamos para o mal, mas se o utilizamos para o bem ele é abençoado. Espírita nenhum peca por desenvolver atividades em busca de fazer dinheiro, mesmo que essa atividade seja na própria instituição espírita. Quem vai determinar a conseqüência é a sua própria consciência.
Espiritismo não recomenda ninguém a sofrer, como condição de evolução; isto é masoquismo. Todo mundo deve lutar para afastar sempre todos os sofrimentos e buscar a alegria e a felicidade.
Casa espírita feita com materiais baratos, cadeiras as mais baratas que existe, iluminação pouca, móveis desbotados, bebedouros sem opção de água gelada não significa necessariamente simplicidade, é centro espírita feito com mau gosto, com gente que só tem descaso em relação à doutrina, arautos do baixo astral.
Vamos mudar os conceitos, gente, vamos derrubar os paradigmas e procurar conhecer, melhor, quem é Allan Kardec.



Abração

Alamar
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