a partir de maio 2011

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Arquivo Especial: o que a ciência (ainda) não explica


Neste Arquivo Especial falaremos sobre o que a ciência não explica e nem comprova fraude:
Há mais de uma década, cientistas da Universidade de Princeton, nos EUA, capitaneiam um curioso experimento que envolve a análise dos dados de geradores aleatórios de números espalhados por dúzias de locais ao redor do globo. O Projeto Consciência Global basicamente analisa os padrões de máquinas que jogam, virtualmente, milhares de moedas por segundo, e anotam o resultado: “cara” ou “coroa” (em bits, “0” ou “1”).
Os pesquisadores postulam que há uma relação direta entre eventos globais, como a morte da princesa Diana ou o tsunami da Indonésia, e os “desvios de padrão” ocorridos em tais geradores aleatórios. A despeito disto, eles não fazem muita ideia do porque isso parece ocorrer. Na realidade, somente no atentado de 11/9 nos EUA é que obtiveram um resultado “sobrenatural”: um desvio que se estendeu desde horas antes do primeiro avião atingir uma das torres de Nova York a até cerca de 72 horas depois...
Os céticos elogiam a metodologia do experimento, “realmente científico”, mas sentem-se confortáveis quanto aos resultados: há sempre a explicação de que em padrões aleatórios, há uma chance de “coisas assim ocorrerem, mesmo que as chances sejam de um em um milhão”. Mas, ainda que de fato o “grande desvio” de 11/9 se repita próximo de outro acontecimento de grande atenção da mídia global, há sempre a questão: “e daí, e o que isso prova?”. Este tipo de experimento agrada a Academia, pois não envolve diretamente explicações espiritualistas, e mesmo as explicações paranormais são tão vagas, que não despertam grandes preocupações nos céticos com certo asco do espiritualismo.
Há muitos céticos que negam uma hipótese espiritualista a priori. Eles afirmam (com razão) que afirmações extraordinárias, como a existência de espíritos, requerem comprovações extraordinárias, provas cabais, em laboratório, certificadas pelo “papado acadêmico”. Mas isso, como bem sabem os espiritualistas que ouviram Kardec, pode demorar a ocorrer – afinal não se experimenta com espíritos como se experimenta com pilhas voltaicas.
De fato, talvez nunca ocorra, talvez espíritos não existam afinal... No entanto, engana-se o cético que crê que a Academia têm comprovado que todas as alegações espiritualistas são fraudes ou devaneios. Não estou falando da prova de que espíritos não existem, pois isto é basicamente impossível: provar que algo não existe. Mas falo, isso sim, de diversos fenômenos paranormais relacionados à espiritualidade que não foram comprovados como fraude, e tampouco explicados pela ciência. Bem vindos ao reino da dúvida, só que agora, a dúvida de verdade:
Artigos:
Caso Parmod 05.04.11
Nesta série de artigos falamos sobre as pesquisas de uma vida inteira do parapsicólogo Ian Stevensson, que graças à herança deixada pelo fundador da Xerox, pôde rodar o mundo estudando os casos de crianças que lembram vidas passadas. Sua metodologia é tão meticulosa que até mesmo Carl Sagan citou seu trabalho emO mundo assombrado pelos demônios – embora Sagan acreditasse que devesse haver “outro tipo de explicação para os fenômenos”. O que você diria de crianças que lembram do endereço e de detalhes familiares íntimos de parentes de supostas vidas passadas? Qual seria a explicação? Fraude? Erro de metodologia de pesquisa? Memes? Inconsciente coletivo? Reencarnação? Todas estas hipóteses continuam muito válidas até hoje, e há inúmeros parapsicólogos seguindo com a pesquisa de Stevensson.
Reflexões sobre a consciência 16.04.09
Os dualistas acreditam na separação mente-corpo como duas entidades separadas. Na realidade essa separação, com o avanço da neurologia, hoje é compreendida como mente (ou consciência) e cérebro. Apesar da ciência ter conquistado avanços no estudo da mente humana, ao ponto de conseguir decodificar sinais motores e fazer macacos "pilotarem" membros robóticos a meio mundo de distância, ainda não se sabe onde está a "usina cerebral", o que exatamente ativa as correntes elétricas em questões mais complexas como decisões morais ou emoções como o amor. Este é o famoso problema difícil da consciência, mas engana-se quem pensa que todos os neurologistas sejam contrários a noção do dualismo. Nesta série de artigos falamos mais sobre este tema.
Quase morte 03.08.10
Mais uma série de artigos, desta vez focada nas experiências de morte, ou de quase morte. Tanto crianças como idosos, tanto ateus quanto crentes, têm relatado experiências muito parecidas que supostamente ocorreram enquanto seus cérebros estavam em “atividade zero”, normalmente enquanto estavam passando por cirurgias complexas em hospitais, quando “morreram, e depois retornaram”. O Dr. Sam Parnia é um neurologista que tem dedicado a vida ao estudo genuinamente científico desse tipo de fenômeno, tão conhecido de qualquer cirurgião geral (que “oficialmente” muito pouco falam sobre o assunto).

Um médium notável 09.04.10
Existam ou não espíritos, a ciência parece um tanto distante de chegar a uma explicação plausível para a fenomenal produção literária do maior médium brasileiro, que psicografou sobre assuntos tão diversos quanto a história da época de Cristo e a física moderna, em estilos literários e poéticos tão variados que um dia Monteiro Lobato declarou: “Se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, merece quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras”. Como explicar? Criptomnésia (esquecer-se de algo que já sabia, e escrever como se fosse vindo de um espírito)? Mas como ele teria psicografado livros junto com Waldo Vieira, numa parceria em que um “trazia” os capítulos pares, enquanto outro “trazia” os ímpares, separados por cidades de distância? Vale a sua dúvida...
João de Deus: charlatão? 19.02.09
Operando à décadas em Abadiânia, valendo-se (literalmente) de uma faca de cozinha não esterilizada, o médium João de Deus tem tratado de pacientes “desenganados” pelos médicos ao redor do globo, sendo hoje famoso no mundo todo. Neste artigo eu comparo a suposta “análise embasada” do desmistificador James Randi (que nunca visitou Abadiânia, e apenas “viu um vídeo” de João operando) com o estudo presencial da Associação Médica Brasileira acerca das cirurgias. E a AMB atesta: elas são reais, embora não esteja comprovada nenhuma relação com a cura dos males em si. O que se passa, afinal, no interior de Goiás?
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Vídeos e documentários:
Alma sobrevivente 17.06.09
Há muitos críticos ocidentais que afiram que os estudos de crianças que lembram vidas passadas se resumem a regiões do globo onde a crença na reencarnação é fortemente arraigada. Isto não é verdade, pois o próprio Ian Stevensson estudou casos na Europa e em muitos outros lugares onde a maioria das pessoas não crê em reencarnação. Em todo caso, parece que o garoto americano, James Leininger, filho de pais que mal tinham ouvido falar no termo “reencarnação”, nos serve como um belo exemplo de caso sugestivo. E ele não se lembrou apenas dos parentes ou dos companheiros que lutaram ao seu lado na Segunda Guerra de uma outra vida, ele foi até o local onde seu avião havia sido abatido, e chorou... Pena que Stevensson já não vivia mais para ver tal cena.
Um caso sugestivo de psicopictografia 20.09.11
Neste trecho do programa da Xuxa, na TV Globo, temos a história de Lívio Barbosa, médium que afirma pintar com o “auxílio” de espíritos. Há demonstrações de pinturas mediúnicas e, no texto do artigo, trazemos o resumo de algumas das possíveis explicações para este tipo de fenômeno: criptomnésia (conforme no caso de Chico), inconsciente coletivo, imatéria (um conceito de Alan Moore) e espiritualismo.
Os mistérios de Abadiânia 19.08.12
João de Deus opera um tratamento que pode resultar em cura? É exatamente esta pergunta que o documentário Cura: Milagres e Mistérios de João de Deus procura responder. Ganhador de 3 prêmios no festival internacional de Mônaco, em 2008, é de longe o documentário mais bem produzido acerca do médium de Abadiânia. Ainda que não creiamos que espíritos estão a operar e curar valendo-se das mãos de João, o documentário é tocante em seu lado humano.
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Crédito da imagem: James Sebor (I am we)

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