a partir de maio 2011

sábado, 30 de junho de 2012

O movimento espírita depende daqueles que o dirigem


Pelas cartas que chegam à redação de nossa revista, percebe-se que o movimento espírita não trata uniformemente algumas questões que há muito deveriam estar resolvidas, como se vê, por exemplo, nas diferentes técnicas de ministração dos passes e na condução das reuniões mediúnicas destinadas à doutrinação dos Espíritos.
Pouco tempo atrás uma leitora informou-nos que no centro espírita de que ela participa as reuniões mediúnicas são abertas ao público, inclusive a crianças, além de apresentar outros inconvenientes mencionados em sua carta.
O conhecido confrade J. Raul Teixeira disse certa vez, a propósito do movimento espírita, que este expressa o nível das pessoas que o dirigem. De acordo com as palavras do estimado confrade, “sempre que ele (o movimento espírita) esteja sob comandos ineptos e despreparados para esse comando, sofrerá as consequências dessa incapacidade”. O texto completo do que Raul disse pode ser visto clicando-se neste link:http://www.oconsolador.com.br/ano5/214/raulteixeiraresponde.html
A mesma análise pode ser aplicada à administração dos grupos e dos centros espíritas. Se as pessoas que os dirigem não estão preparadas para essa função, ou desprezam deliberadamente o que as obras espíritas recomendam, a consequência será algo parecido com o que a leitora nos relatou.
Com relação às reuniões mediúnicas abertas ao público, não nos custa lembrar aqui o que já foi publicado nesta revista em mais de uma ocasião.
É preciso ter em mente – em primeiro lugar - que uma reunião mediúnica, especialmente quando seu objetivo é o esclarecimento das entidades desencarnadas, assemelha-se a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e infelizes que ali comparecem.
Basta-nos esse dado para que entendamos por que a sessão não deve ser aberta a curiosos, uma recomendação que Carlos Imbassahy, Cairbar Schutel e Spártaco Banal fizeram em obras publicadas antes mesmo do advento no Brasil das obras de André Luiz e Emmanuel.
Allan Kardec também havia tratado do assunto quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Não poderia ser, pois, diferente o entendimento de Divaldo Franco acerca do tema. “Nunca é demais recomendar – afirma o ilustre médium e tribuno – que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.”
O motivo dessa advertência é por demais óbvio, como é possível verificar à vista do que André Luiz consignou no cap. 21 de seu livro “Desobsessão”: "Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza”. “O serviço de desobsessão não é um depar­tamento de trabalho para cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades atormentam

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