a partir de maio 2011

segunda-feira, 5 de março de 2012

O Espírito e a Matéria – Nós estamos dentro de um corpo? Quais as causas do Homossexualismo? O Espírito tem sexo?


Antes de iniciar a leitura deste artigo, gostaríamos de dizer que, além de ser um artigo que nos solicitou longa descrição de ideias, é um texto que deve ser lido de forma despretensiosa e imparcial.  Só assim você será capaz de absorver com maior clareza o conteúdo de nossas ideias. Sugerimos também que pegue antes uma xícara de café, pois o texto é longo.
Se desejar nos contatar, envie e-mail para: contato@andreariovaldo.com.br
Boa leitura.

Nós estamos dentro de um corpo?

Allan Kardec pergunta, em O Livro dos Espíritos:
(141) Há alguma verdade na opinião dos que pensam que a alma é exterior e envolve o corpo?
– A alma não está aprisionada no corpo como um pássaro numa gaiola. Irradiante, ela brilha e se manifesta ao redor dele como a luz através de um globo de vidro ou como o som ao redor de um centro sonoro. É desse modo que se pode dizer que é exterior, mas não é o envoltório do corpo. A alma tem dois envoltórios ou corpos: um sutil e leve, que é o primeiro, chamado perispírito; o outro, grosseiro, material e pesado, que é o corpo carnal. A alma é o centro de todos esses envoltórios, como o germe o é numa semente, como já dissemos.
Esta questão nos leva a algumas reflexões.
Se “a alma não está aprisionada no corpo” e “brilha e se manifesta ao redor dele como a luz através de um globo de vidro” equivale dizer que, de certa forma, jamais deixamos o mundo dos Espíritos e que nossa manifestação no mundo físico é uma manifestação indireta, pois não estamos dentro de um corpo, mas agindo externamente sobre ele, como afirmam os Espíritos – “É desse modo que se pode dizer que é exterior”.
O Espírito irradia ao redor do corpo, emitindo a este uma vontade constante que o faz obedecer as suas ordens através de um liame condutor que é o perispírito, assim como um homem manipula a sua marionete, dando-lhe a impressão de vida, embora ele não seja a marionete e nem tampouco a marionete seja dotada de vida.
Sabe-se que o corpo, embora composto de matéria orgânica, é destituído de vida, assim como o perispírito que é fluido; que a vida em si tem como único princípio o Espírito, que é o ser inteligente e dotado de vontade; que uma vez desligado do Espírito, o corpo deixa de funcionar e dá-se o fenômeno da morte. Durante sua ligação, o Espírito entretém a vida do corpo pelo seu perispírito que é formado ao mesmo tempo de fluidos ambientais, fluido elétrico, magnético, nervoso e também de fluido vital (Ver O Livro dos Espíritos, Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, tópico II, Alma, Princípio Vital e Fluido Vital). É esse elemento – o perispírito – que dá vida ao corpo, ou, melhor dizendo, vitalidade, permitindo assim ao Espírito exercer sobre ele sua ação. Ora, se nós, Espíritos, somente podemos agir sobre o corpo físico através de uma ponte, que é o perispírito, compreende-se daí que nossa ação sobre a matéria é indireta e que de certo modo, não tocamos nela. Vejamos mais sobre isso em O Livro dos Espíritos:
(27) Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o Espírito?
 – Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso acrescentar o fluido universal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela (…).
Como se vê, a matéria propriamente dita é “muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela”, confirmando o fato de que nós, Espíritos, só agimos sobre ela de forma indireta, segundo o que nos ensinam os Espíritos na pergunta 141, acima citada. Assim, podemos crer que nunca deixamos o mundo dos Espíritos e que só podemos nos expressar no mundo físico graças ao corpo perispiritual. A imagem de um garoto soltando pipa dá uma visão a respeito de nossa ação externa sobre o corpo. O garoto é o Espírito, a linha que sai do garoto à pipa é o perispírito e a pipa é o corpo que obedece a vontade do Espírito, transmitida pela linha. A pipa não é o garoto e o garoto não está dentro da pipa.
Outro exemplo que pode nos ajudar a compreender esta questão: no filme Avatar o personagem principal era um jovem que ao entrar em uma máquina era de certa forma transportado à nova realidade, assumindo o corpo do seu avatar e o manipulando como se fosse o seu, impondo-lhe direção e vontade. No entanto, o jovem que era o verdadeiro ser por detrás daquele avatar, não estava dentro do seu avatar, mas o manipulava de fora (se você não viu o filme, aí vai uma excelente sugestão).
Em resumo, nós, Espíritos encarnados na Terra, sofremos uma forte impressão das relações da vida física através do perispírito que nos mantém ligado ao corpo. Todas as impressões que o corpo sofre, são transmitidas ao Espírito através deste condutor e essa impressão é tão forte que cria em nós a ilusão de que estamos encerrados dentro de um corpo e muitas vezes que somos o próprio corpo. Daí a expressão inúmeras vezes falada e ouvida “o meu Espírito”.
A ligação entre Espírito e corpo é por vezes tão forte que gera uma verdadeira inversão de valores, fazendo com que muitos Espíritos, quando encarnados, acreditem que a matéria é tudo o que existe e que após a morte, virá o nada. Alguns, ao desencarnar, percebem quase de imediato o erro no qual mergulharam durante a vida, mas há aqueles que, mesmo depois da morte, conservam a impressão deixada pelo corpo e mantêm-se materialistas, mesmo no mundo dos Espíritos. Essa perturbação dura um tempo maior ou menor, de acordo com o maior ou menor apego que o Espírito possui em torno das questões materiais (ver questões 163 em diante de O Livro dos Espíritos).

O Espírito tem sexo? Quais as causas do Homossexualismo?

Vamos agora debater outra teoria com base na pergunta 141, a respeito de nossa sexualidade, enquanto na Terra. Para isso, mais uma vez recorremos a O Livro dos Espíritos:
(200) Os Espíritos têm sexo?
– Não como o entendeis, porque o sexo depende do organismo físico. Existe entre eles amor e simpatia, mas fundados na identidade dos sentimentos.
(201) O Espírito que animou o corpo de um homem pode, em uma nova existência, animar o de uma mulher e vice-versa?
– Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.
(202) Quando está na erraticidade, o Espírito prefere encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?
– Isso pouco importa ao Espírito. Depende das provas que deve suportar.
“Os Espíritos encarnam como homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, assim como cada posição social, lhes oferece provas, deveres especiais e a ocasião de adquirir experiência. Aquele que encarnasse sempre como homem apenas saberia o que sabem os homens.”
Onde queremos chegar?
É comum ouvirmos a seguinte explicação para os casos de homossexualidade: um Espírito viveu inúmeras vezes como mulher. Ao reencarnar como homem, conserva o psiquismo feminino devido às inúmeras experiências de outrora e por isso, pouco adaptado à nova realidade masculina, despeja por assim dizer sobre o corpo masculino o psiquismo feminino acumulado e torna-se homossexual. A nosso ver, essa teoria é incompleta e soa como um “bug de Deus”. Dá a impressão de que se o Espírito viver várias existências como homem ou mulher, irá gerar uma falha no sistema Divino e “por isso” será homossexual. Pelo menos é o que a maioria ensina quando se trata deste assunto. Talvez fosse mais nobre e simples da parte de alguns, dizer que não sabem, do que pretender explicar as coisas com base em teorias pouco prováveis ou incompletas.
Como vimos nas perguntas 200 em diante, os Espíritos afirmam a Kardec que o sexo “pouco importa” aos Espíritos, tendo em vista que os Espíritos “não tem sexo”. Somente por esses motivos vemos a presença de um verdadeiro tabu criado por alguns espíritas acerca do homossexualismo, gerado na maior parte das vezes pelo preconceito, ditando um chavão de modo a evitar maiores discussões. Se o Espírito não tem sexo, equivale dizer que, mesmo tendo encarnado inúmeras vezes como mulher, não irá conservar disso senão experiências. Assim, ao desencarnar, deve retomar sua assexualidade, ou seja, voltará a ser Espírito e não será mais nem homem, nem mulher, pois segundo os Espíritos, “o sexo depende do organismo físico” e se depende do organismo físico, não está no psiquismo, mas no corpo.
Como o Espírito irradia ao redor do corpo, podemos supor que preserva sua assexualidade, mesmo quando encarnado, e que a definição de sexo não o afeta, pois que isso depende do organismo e não dele; que sua ligação com o corpo o faz sentir, pela transmissão fluídica, as sensações do corpo, imprimindo-lhe comportamentos masculinos ou femininos; que a masculinidade ou feminilidade estando no corpo e não no Espírito, uma vez liberto do corpo, o Espírito com isso não tem mais nenhuma relação; que o psiquismo não estando no corpo, independente de quantas experiências o Espírito tenha vivido neste ou naquele sexo, conserva disso tão somente aprendizados; enfim, que depois de desencarnado, pode conservar uma impressão maior ou menor da vida física, mantendo mesmo traços masculinos ou femininos, de acordo com o gênero físico vivido, mas esses traços deverão durar apenas enquanto na perturbação espírita que se segue após a morte e uma vez diluída essa perturbação, o Espírito retoma seu estado natural, desvinculado de definições sexuais. Se assim não o fosse, o Espírito daria importância ao sexo (ver questão 202) e, sendo homem na última existência, desejaria manter-se homem nas próximas. Como o sexo não lhe importa, compreende-se que ele, em Espírito, deixa de possuir tais definições.
Podemos alegar que a perturbação, que pode durar anos para passar, enquanto continue afetando o Espírito dá-lhe uma definição sexual, mantendo-o masculino ou feminino, mas é preciso considerar que ainda aí há apenas uma impressão e não uma realidade. Se um homem tira o seu chapéu no fim do dia, é comum que ainda sinta a presença do chapéu por algum tempo. Entretanto, embora sinta o chapéu, não equivale a dizer que está com ele, ou seja, não podemos comparar ilusão com realidade. O fato de o Espírito conservar impressão não quer dizer que conserve em si definições que fazem parte exclusiva do corpo carnal. Uma vez fora do corpo, não tem sexo, mesmo que acredite no contrário; se assim o fizer, esta crença será a sua em particular, não podendo ser levada como regra geral, devendo desaparecer tal impressão/ilusão à medida que o mesmo se adaptar na vida espírita. Como afirmam os Espíritos “o sexo depende do organismo físico”.

Masculino/Feminino – Macho/Fêmea

Outro fato que precisamos considerar é que as definições “Masculino/Feminino” não tem relação com “Macho/Fêmea”. Macho/Fêmea são atributos do corpo; Masculino/Feminino são experiências do Espírito. Assim, um homem homossexual é um Macho/Feminino e uma mulher, uma Fêmea/Masculina. Masculino/Feminino estão presentes no psiquismo do Espírito, mas em forma de experiências vividas e não em forma de definição sexual, podendo o Espírito viver como Macho ou Fêmea, sem que isso venha a interferir em suas existências futuras. Além disso, à medida que o Espírito evolui, tais tendências comportamentais desaparecem até chegar à purificação, onde o Espírito torna-se integral.
Não é pelo fato de ter vivo homem ou mulher que o Espírito carregará consigo um psiquismo masculino ou feminino, mas pelo que ele experimentou durante suas existências precedentes e perante o que ele deseja experimentar nas futuras.
Para o Espírito, a questão do sexo pouco importa; sua visão de vida está muito além das restrições encontradas quando na vida física e com isso ele pode solicitar uma experiência em um corpo homossexual para aprender com essa experiência o que talvez não aprendesse nem como homem, nem como mulher. Além do mais, conforme o Espírito evolui, torna-se dócil e delicado e se encarnado em um corpo de homem, releva os traços desta sensibilidade, gerando em torno de si a ideia de um homem afeminado, o que desperta preconceitos. Vemos a grandeza de Chico Xavier, por exemplo, que revela delicadeza em seus atos e expressões, embora isso não tenha absolutamente nenhuma relação com preferências sexuais. O mesmo deve ter sido em relação ao Cristo.
Essa visão tira a ideia de punição presente em outras explicações e também o “bug Divino” contido na teoria de que o homossexual viveu demais como homem ou mulher e nos ajuda a ver as coisas com mais clareza, partindo do ensinamento dos Espíritos.
No caso de desvios sexuais como pornografia, prostituição, depravação, etc., sabe-se que isso não é por ser homo ou heterossexual, mas porque o Espírito traz em si tendências que se projetam em tais comportamentos. Não é a preferência sexual que causa o distúrbio, mas o Espírito que nem sempre consegue controlar suas más inclinações e se desequilibra.
Em relação à questão 141 que fez parte do início deste artigo:
Se o Espírito está irradiando ao redor do corpo e não dentro dele, equivale dizer que, se o corpo tornou-se homossexual por causa das inúmeras existências do Espírito no sexo oposto, o Espírito então tem sexo e neste caso é homossexual. Se admitirmos o homossexualismo por esse motivo, então a homossexualidade estaria no Espírito, pois não estando dentro do corpo, mas fora dele, e sendo o corpo o instrumento do Espírito, do qual recebe e obedece a sua vontade, dá-se a entender que haveria um Espírito homossexual conduzindo um corpo a tais comportamentos. De imediato vemos o absurdo desta teoria, pois o psiquismo não está no corpo e o corpo somente obedece a impulsos do agente externo que é o Espírito nele encarnado, Espírito esse que não é homem nem mulher e que não dá importância ao gênero sexual no qual deverá encarnar, pois para o Espírito o que importa são as experiências que pode adquirir mesmo como homossexual.
O Espírito quando encarnado, recebe do corpo suas impressões, ao mesmo tempo em que transmite ao corpo a sua vontade. O Espírito é o agente das sensações e não o corpo, pois uma vez morto, o corpo pode ser mutilado que nada sente. É o Espírito que sente.
Quando no corpo, sofremos necessidades e condições que são exclusivas da vida física e que não geram mais nenhuma impressão para o Espírito quando liberto. Assim, no mundo dos Espíritos não existem homens ou mulheres, mas simplesmente Espíritos ou Almas errantes ou perfeitas, contribuindo para a obra Universal. Podem conservar aparências, mas tais aparências servem como identificação e não como definição, como ocorre aqui na Terra (Ver em O Livro dos Espíritos, perg. 284).
Ao nascer, uma criança é definida como sendo menino ou menina, de acordo com seus órgãos genitais; ao morrer, não possuindo mais órgãos genitais, pois que tais pertencem ao corpo e não ao Espírito, o mesmo deixa de se definir sexualmente por esse sentido, embora possa manter a aparência de homem ou de mulher, de acordo com a última existência. Mas ainda essa aparência já não é mais tão estática quanto na Terra, pois se o Espírito de uma mulher for evocado em uma reunião mediúnica, por exemplo, com o personagem de outra existência, onde fora homem, assume então a aparência da existência com o qual é solicitado, desaparecendo, pelo menos momentaneamente, a aparência feminina de sua última encarnação. Aqui, o que devemos é saber separar aparências – que são simples formas fluídicas moldadas pelo pensamento e pela vontade do Espírito – com definições Masculino/Feminino, o que inevitavelmente dará ao Espírito uma posição sexual, o que fere os ensinamentos Doutrinários contidos na Codificação.

Influência do Organismo

Outro ponto que devemos levar sempre em consideração, quando se trata de um Espírito encarnado, é naturalmente a presença de um corpo, que emite ao Espírito necessidades e condições que fazem parte exclusiva da matéria, como é o sexo, a fome, a sede, o sono ou a menstruação, por exemplo, necessidades essas que são do corpo e não do Espírito, pois que o Espírito não menstrua. Vemos relatos de Espíritos que sentem fome, sede e necessidade de praticar o sexo no mundo espírita, mas ter necessidades não é o mesmo que poder saciá-las. Possivelmente você já deve ter sonhado que estava com sede, ou com vontade de ir ao banheiro. Pois bem, quando nesses sonhos, por mais que tomemos água, nunca nos sentimos saciados e a sede continua; mesmo indo ao banheiro (no sonho) a necessidade prossegue, de modo a gerar uma perturbação, pois bebemos água e não saciamos a sede, vamos ao banheiro, mas continuamos com a necessidade. Tal é a realidade dos Espíritos quando mantem as sensações de sede, fome ou quaisquer outras que dizem respeito somente à vida física: o sofrimento que terão é o de ter sensações que jamais poderão ser saciadas, o que se torna para eles uma provação.
Assim, quando no corpo, podemos receber impressões sexuais que sejam opostas ao gênero físico no qual habitamos, pela natureza própria do corpo, independente se solicitamos essa experiência ou não antes de reencarnarmos. Um exemplo são os animais homossexuais. Sendo os animais princípios inteligentes ainda não desenvolvidos como o são os Espíritos humanos, eles não possuem o livre-arbítrio e não podem escolher provas para sua existência. Assim, se são homossexuais, não pode se tratar de uma punição ou porque nasceram muito como macho ou fêmea ou porque pediram tal experiência. Simplesmente é uma condição física a qual se submetem. Como nosso corpo é semelhante ao dos animais, nada impede que essa mesma condição faça parte dos seres humanos, levando o Espírito a experiências homossexuais por motivos orgânicos.
Conhecemos a história de uma criança que sofria abusos; pelo medo de sofrer violências ou ser acusado, não contou para os pais e cresceu com um complexo muito forte por causa deste problema. Como fora abusado durante muitos anos, desenvolveu comportamento homossexual, embora não tenha nascido com essa predisposição. Esse comportamento não estava no seu psiquismo e ele não aceitava sua condição, sofrendo muito com isso, a ponto de desejar a própria morte. Embora tenha se tornado homossexual, não era essa a sua preferência e ele afirmava como sendo algo além de suas forças. Não vemos aí uma presença forte do corpo, agindo até mesmo contra a vontade do Espírito? Naturalmente que ele não pediu para ser violentado quando criança; não deve ter solicitado isso como provação, pois isso daria a entender que outro Espírito (o que o abusou) teria reencarnado com esse fim ou então que o abuso seria inevitável, pois faria parte de um planejamento. Se assim fosse, teríamos que por na lista, não somente abusos sexuais (estupros), mas suicídios, homicídios etc. Esses atos não fazem parte de nenhum planejamento, mas da mente perturbada de algumas pessoas. Ninguém nasce para ser estuprado ou para se suicidar ou para matar alguém. Essas não imposições. Desse modo, o corpo, sofrendo alterações hormonais pode alterar o comportamento do Espírito nele encarnado, impondo-lhe impressões que são independentes de sua vontade. Uma mulher, por exemplo, que é dedicada, boa mãe, boa amiga, caridosa e sensível, pode virar uma megera quando estiver sob o efeito da TPM. Não é o Espírito que se irrita, pois que ela é uma pessoa naturalmente calma; não é obsessão que ocorre uma vez por mês; é o corpo que, pela sua alteração química, impõe ao Espírito mudanças comportamentais e mesmo emocionais. É assim que um Espírito que não tem sexo, ao entrar em conexão com um corpo masculino, age como homem: o corpo o afeta de forma masculina, mesmo que ele tenha sido mulher na encarnação anterior. É questão de hormônios. O mesmo ocorre em relação ao homossexualismo.
É o orgulho das pessoas que na maior parte das vezes lhes turva a vista, fazendo surgir teorias complexas que podem ser explicadas de maneira mais simples e fácil de entender, quando observadas sem preconceitos e achismos pessoais.
Mais uma vez, podemos encontrar no Espiritismo a chave para essas e outras questões do nosso convívio social e de nossas relações com a vida.

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