Os dogmas e os preconceitos congelados

Precisamos enfrentar isto com raça e determinação

Allan Kardec deixou claro, repetidas vezes, que o Espiritismo é uma doutrina racional e que não poderia estabelecer dogma algum. Ficou claro, inclusive, que conceitos seus poderiam ser modificados, caso a Ciência comprovasse algum erro, em alguma época da humanidade.

Em momento algum ele nos ensinou que palavra de espírito desencarnado é a palavra de Deus ou é a verdade absoluta que deve ser absorvida eternamente, imutavelmente e entendida como ensinamento sagrado.

Diante destes posicionamentos, absolutamente lúcidos, do organizador da nossa doutrina, eu não consigo entender porque espíritas continuam a congelar idéias e conceitos, com base no que determinado espírito disse, através do livro A ou B.

Onde é que está escrito que espíritos desencarnados,  mesmo bons e dispostos a ajudar, são como deuses?

André Luiz, para muitos espíritas, é como Isaías, Jeremias ou qualquer outro autor de um dos livros da Bíblia, para os crentes, cujos escritos são vistos como a PALAVRA DE DEUS, do próprio Deus, portanto, de forma inquestionável, indiscutível e que deve ser entendido como a verdade eterna e absoluta.

Meu amigo e minha amiga: Se um dia eu escrever algum artigo aqui, aproveitando-me do carinho e consideração que você tem pelos meus escritos, com conversa de que é a verdade absoluta, peço-lhe que chame uma ambulância para internar-me num hospital de loucos e que bloqueie o seu programa de email para não mais receber bobagens que eu ando escrevendo. Eu teria vergonha de subestimar a inteligência dos meus amigos.

Tudo o que escrevo é apenas como colaboração, oferecendo um instrumento a mais para o seu raciocínio, não a fim de que você forme verdades e sim que utilize mais este instrumento, oferecido como um a mais, para poder formar a sua própria opinião, com a sua própria cabeça, com a sua própria capacidade de raciocinar, usando a lógica, visto que eu não posso admitir fazer ninguém de fantoche dos meus pontos de vistas e muito menos fazer com que as pessoas outorguem, a si mesmas, atestados de imbecis.

Vamos raciocinar, de novo?

Ações dos evangélicos, que você conhece

Com certeza você, que é espírita, já deve ter estado, diversas vezes, de frente com algum protestante, que se rotula como evangélico, falando sobre religião, e fica indignado quando o percebe, na sua mente congelada, a afirmar que o espiritismo faz bruxaria, feitiçaria e até matança de animais, que é doutrina de satanás, estratégia do demônio e coisa maléfica.

Você está dentro da doutrina, participa de trabalhos espíritas e vê que em nossas práticas não existe nada de feitiçaria, cartomancia, bruxaria, matança de animais, leitura de cartas, advinhações, etc..., mas percebe o imbecil continua insistindo que nós fazemos essas coisas.

Pra onde dá vontade de mandar?

Tem hora que a gente perde a paciência, não é verdade?

É como se estivesse conversando com um poste, que não tem cérebro, que não raciocina e que não pensa.

Você fala sobre Chico Xavier, relata as obras dele, fala de toda a sua conduta de vida, do exemplo de Amor que ele sempre foi, reconhecido até mesmo por muitos elementos de outras religiões e percebe que não adianta, porque o palhaço continua a dizer que ele está no inferno, que foi instrumento de satanás... enfim, não tem jeito, o radicalismo fala mais alto.

Você está diante de um dogmático, mente congelada, cérebro de minhoca e não adianta argumentar nada, porque a topeira está na sua frente.

Eu já escrevi, em outra ocasião, sobre as “mentes de minhocas”, que são as pessoas de cérebro atrofiado, mentes resumidas incapazes de se aprofundarem em nada, por conta da preguiça mental.

Relembremos Einstein, quando afirma: “É mais fácil desintegrar um átomo do que demover um radical do seu preconceito”.

No nosso meio espírita também tem gente assim

E como tem. Exatamente do mesmo jeito que é o crente que acabei de relatar.

Assim como tem o crente que, para justificar o seu radicalismo e a sua intransigência em determinados conceitos, é capaz de colocar Isaías e até assassinos como Elias e Salomão superiores a Jesus, quando um destes faz alguma colocação que tenha sido contradita pelo Mestre, já que se a Bíblia é toda a palavra de Deus, então o que Elias e Salomão dizem é também do próprio Deus, existe no meio espírita pessoas que colocam ensinamentos de André Luiz, Emmanuel e outros espíritos acima dos de Kardec, mesmo sabendo que esses espíritos recomendaram ficar com Kardec, caso um dos seus ensinamentos deixasse dúvidas.

Afinal de contas, Kardec é ou não e a base do Espiritismo?

               

As condenações espíritas

Há muitas condenações no meio espírita e você pode observar isto dentro do próprio meio onde freqüenta, com raras exceções obviamente.

A condenação ao carnaval, conforme o último artigo que escrevi, é uma demonstração desse congelamento de mente, irracional, que não pára para pensar com profundidade.

Condenam o carnaval, como um TODO, incapazes que são em ver qualquer lado bom da festa exatamente do mesmo jeito que aquele crente que não consegue ver nada de bom em Chico Xavier, a ponto de condená-lo e qualificá-lo como servo do satanás e que está hoje no inferno, sem a menor disposição de ver nada de bom que o velho médium mineiro fazia.

Eu vi a síntese dos desfiles das escolas de samba, de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas com olhos atentos a observar detalhes, e percebi quanta beleza existiu, além das cores e dos brilhos das alegorias e das fantasias:

Temas muito bonitos falando da cultura do nosso país, a Beija-Flor mostrando as belezas de um Maranhão que está muito acima das maracutaias da família Sarney, pessoas alegres e felizes nas arquibancadas, alegria bastante, totalmente diferente de ambientes onde só têm bêbados e drogados, como querem os radicais espíritas fazerem entender que seja o carnaval. Vimos inúmeras pessoas bonitas e sorridentes, idosos da velha guarda das diversas escolas, felizes da vida, vestidos com aquelas fantasias que tanto amam, tanto os realizam e tanto dizem para as suas histórias de vida.

Meu Deus dos Céus, será que toda essa gente é bandida? Será que são todos servos da obsessão, como querem muitos espíritas, da mesma forma que os evangélicos acham que são do tal satanás?

É claro que a gente sabe que no carnaval, também, tem muita gente que tira proveito para aplicar os seus golpes a atitudes más, tem gente que se excede na bebida, na droga e nas apelações, a gente vê um comércio por trás, vê os abadás serem vendidos a preços elevados na Bahia, etc...

Mas, afinal de contas, o que a pessoa que não bebe e não se excede tem a ver com quem faz isto? O que tenho eu a ver com as pessoas que querem comprar esses abadás, se o investimento lhes faz tão bem e felizes? Eu não compraria porque não faz o meu estilo e nem atende à forma como eu gosto de me divertir, mas será que, porque eu não gosto, eu tenho o direito de condenar quem gosta, a ponto de vincular a prática como coisa de satanás ou de obsessores?

Seria muita presunção de minha parte, querer que toda a sociedade gire em cima daquilo que eu penso.

Quando eu era criança ia ao Clube Social de Vitória da Conquista para os bailes, onde tocavam as marchinhas antigas, tão lindas e tão maravilhosas. “Ô abre alas, que eu quero passar”, “Este ano não vai ser  igual aquele que passou”, “Bandeira Branca, amor...” todo aquele lindo repertório da Chiquinha Gonzaga que encantava tanta gente, trazendo felicidade. Via, sim, um ou outro caso de um elemento bêbado criando caso, mas eram casos isolados que não justificaria qualquer condenação total ao acontecimento.

Como adolescente eu era músico, tocava o meu trompete na orquestra que fazia muita gente divertir.  Lembro da “Máscara Negra”. Os colegas tomavam as suas bebidas alcoólicas, eu não bebia nada a não ser guaraná, mas, mesmo assim, nunca vi nenhum deles agredir ninguém, apesar da bebida e raros eram os casos em que via aquilo se transformar em violência.

As homenagens carinhosas que as escolas de samba fazem a determinadas personalidades, que mal há nisso?

Como é que pode alguém querer vir a generalizar e passar para os espíritas a idéia de que necessariamente o carnaval,como um todo, significa apenas drogas, sexo, bebida, imoralidade e obsessão?

É um exagero sem tamanho, é um radicalismo exagerado é um mau gosto e uma tremenda desonestidade.

A absurda condenação ao sexo

Sempre que surge uma oportunidade, aparece um “espiritólico” desses para condenar o sexo, seja numa palestra no centro ou num artigo escrito.

Querer que as pessoas não pratiquem sexo é estabelecer a cultura da apologia ao masoquismo, restringindo a criatura de todos os prazeres, o que é absolutamente incompatível com o Espiritismo que, em momento algum, sugere a ninguém ser masoquista.

Quem foi o imbecil que inventou essa praga de imoralizar o pênis e a vagina?

O que o Espiritismo alerta e chama atenção, diversas vezes, é contra o EXCESSO DAS COISAS e não da coisa em siiiiiiiii!!!! Será possível que tantos espíritas são tão tapados, a ponto de não perceberem essa diferença e viverem o tempo todo infernizando a vida dos outros?

Relacionemos algumas coisas, pra ver se abre a mente dos radicais e extremistas:

Se eu dirijo a 120 km por hora na via pública, isto sim faz mal, não é recomendável porque o risco de provocar um acidente e até tirar a vida de pessoas é muito grande. Mas daí a querer proibir que se dirija um carro em velocidade normal é extremismo. Não é a velocidade que deve ser condenada e sim oEXCESSO DE VELOCIDADE.

Se eu resolvo ir para uma academia de ginástica todo dia, de manhã, de tarde e de noite, inclusive sábados e domingos, levantando pesos e fazendo musculação de forma exagerada e fanática, isto vai me fazer mal, porque todo excesso faz mal. Mas daí a querer condenar a atividade física há uma diferença enorme. Não é a ginástica que deve ser condenada e sim oEXCESSO DE GINÁSTICA.

Se eu tomo um comprimido, antibiótico ou qualquer remédio, de meia em meia hora, quando o médico prescreveu um de oito em oito horas, isto vai me fazer mal, porque estou em EXCESSO. Não é o remédio que deve ser condenado e sim oEXCESSO DO SEU USO.

Se a menina vive o tempo todo deitada numa praia ou à beira de um piscina, tomando Sol por horas e horas, isto vai lhe fazer mal e até provocar um câncer de pele, por causa do excesso. Isto não quer dizer que o ato de tomar Sol seja prejudicial e deva ser condenado, e sim o EXCESSO.

Se um indivíduo vive a querer fazer sexo com a sua mulher, com a sua sogra, com a vizinha, com a cachorrinha da sua casa e com toda mulher que vê pela frente, isto é excesso, é exagero e deve ser tratado. Mas não quer dizer que fazer sexo naturalmente, sem exageros, sem que necessariamente seja para procriação, tenha que ser condenado. O problema está noEXCESSO e no EXAGERO.

Pelo fato de existir corruptos, na política, e muitos, há uma condenação no meio espírita de todas as pessoas espíritas que se propõem a ser candidatas, sob um entendimento equivocado e insensato de que todos serão também corruptos e safados, numa generalização absolutamente insana. Não há, portanto, capacidade de discernimento entre o “ALGUNS fazem” e o “TODOS fazem”.

Não se pode fazer propaganda na casa espírita

Publicidade é coisa do demônio? é manifestação do satanás?

Mais uma vez está aí explícita a estupidez em não discernir o que é a COISA e o EXCESSO DA COISA.

Propaganda é publicidade de alguma coisa, é dar conhecimento ao público de algo que ele não conhece ainda.

Existem as coisas boas e úteis, que devemos dar a conhecer sempre, e existem as coisas ruins, estas sim não devemos dar publicidade.

Se eu sei onde as pessoas podem adquirir um BOM produto, por um PREÇO BOM, QUALIDADE BOA, exatamente aquilo que todo mundo gostaria de saber onde encontrar, eu não posso fazer, na casa espírita?

Qual o pecado que há nisto?

Que diabo de radicalismo é esse?

Há um freqüentador da casa que é um excelente Cardiologista, homem bom, profissional digno, mas eu não posso dizer para ninguém, quando muitas pessoas, às vezes, estão até precisando consultar um, quer conhecer um sobre o qual querem ter confiança, mas é proibido falar, na casa espírita. Está certo, isto? As pessoas nem sabem que tem um médico ali, quanto mais um cardiologista.

Não posso falar da padaria de um dos freqüentadores da casa, que faz um pão maravilhoso e tem preços muito bons; não posso falar sobre a melhor oficina mecânica do bairro, cujo proprietário também freqüenta a casa; não posso falar sobre a farmácia do Joel, que é um dos médiuns da casa, nem sobre o açougue do Flávio, que também é da casa... Ufaaaaa! que diabo de frieza e indiferença é essa, gente?

Por que um espírita tem que ser tão frio e omisso em relação ao outro desse jeito?

Isto é disciplina?

Claro que não, isto é palhaçada.

O que a ética espírita recomenda é que não se faça propaganda de produtos nocivos, produtos imorais, falsificados, ilegais, nocivos à saúde, fajutas, gatos por lebre e nem superfaturados, onde alguém esteja ganhando o seu "por fora", para levar o público a comprar algo por um preço maior que o que ele realmente custa. Aí sim, é safadeza e não recomendamos.

Eu divulgo as coisas boas, sim, eu divulgo os confrades nas suas atividades profissionais, sim, com muito prazer. Inclusive tenho no site www.redevisao.net um tópico "Bom negócio para os amigos" e não tenho o menor receio em divulgar, posto a consciência de dar conhecimento das coisas boas para os outros. Quem não quiser ver, que não veja.

Chega de sofismas em nosso movimento.

Por tudo isto quero fazer uma chamada de atenção:

Atenção evangélico radical e extremista!!! – Existe, de fato, espíritas que são safados e sem vergonha, como existe em qualquer segmento da raça humana, mas daí você generalizar e dizer que TODOS os espíritas são servos de satanás, há uma diferença muito grande, porque existem espíritas maravilhosos que não praticam imoralidade alguma. Atenção espírita radical e extremista!!! – Existe, de fato, pessoas participando do carnaval que são sem vergonha e praticantes de excessos, mas daí você generalizar e dizer que TODO o carnaval é pecaminoso e obsessivo há uma diferença muito grande, porque existem pessoas participando dele que não tem nada a ver com excessos e vício algum.

Toda generalização é burra, é irracional e irresponsável!!!!

                 

A mente estreita e a mente arejada

A pessoa de mente estreita que, em decorrência disto, consegue raciocinar pouco, não consegue ter profundidade em nada, vê tudo superficialmente e tem uma facilidade enorme em generalizar. Ela sempre diz que TODOS SÃO.

Já a pessoa de mente mais arejada, com nível de inteligência um pouco mais avançado, consegue raciocinar mais, observar mais e se aprofundar mais nas observações e análise das coisas. Em decorrência disto não generaliza nada, porque consegue perceber o “ALGUNS SÃO”, e sabe que nem todos são.

               

A pessoa de mente estreita, diante do aniversário de alguém, só sabe convidar a todos a cantar “parabéns pra você”, acender uma vela em cima de um bolo e mandar apagar a luz pra todo mundo cantar, a decorada musiquinha, batendo com uma mão na outra.

A pessoa de mente mais avançada procura criar algo diferente e vai em busca de identificar uma música ou algo que possa surpreender o aniversariante, fazendo-o ficar feliz e emocionado, no momento da homenagem.

O mente estreita sai a dizer o que muita gente diz, como por exemplo: “A Bahia é a terra da macumba”, já o mente arejada procura pesquisar e estudar o assunto, quando vai perceber que a Bahia é simplesmente o quinto estado do Brasil onde se pratica os rituais que chamam de macumba.

O mente estreita quando vê alguém se destacar em alguma coisa, sempre acha que a pessoa está querendo aparecer ou se aproveitar dos outros, porque sempre se incomoda com o sucesso dos outros; já o mente arejada, por ter competência também de realizar coisas boas e úteis, aplaude e incentiva.

O mente estreita, por não ter competência de fazer análises criteriosas, de se aprofundar e debater algumas questões, se limita a chamar os que discutem e debatem de polêmicos;  já o mente arejada, por ter segurança nos seus conhecimentos, competência e bom nível mental não foge do debate, convive naturalmente com os outros, porque garante a si próprio e tem solidez doutrinária. 

O mente estreita, ao ver alguém escrever assuntos como este, reage com outro email acusando o escritor de querer ser o único inteligente, porque na sua mente medíocre acha que o artigo está pretendendo chamar todo mundo de burro; já o mente arejada pega o artigo, faz uma análise nele, observa profundamente os tópicos e procura ver se algo serve para si. Se servir absorve, se não, leva a vida pra frente, normalmente, sem descarregar as suas frustrações pela sua limitação mental.

Conclusão

Assim como no segmento islamita tem os xiitas e tem os sunitas, no segmento católico tem aqueles adeptos da auto-flagelação, que são aqueles radicais que chicoteiam as próprias costas com ferros pontiagudos nas pontas dos chicotes, apologistas do sacrifício e da auto-mutilação; em nosso meio espírita, lamentavelmente, tem também os espíritas que adoram falar em sofrimento e fazer apologia ao sofrimento, como única forma de evolução espiritual.

São pessoas que têm repúdio a qualquer tipo de alegria e prazer que existe no mundo, se incomodam quando vêem pessoas outras felizes, mantém nos seus centros espíritas um clima sepulcral, silêncio pra cá e silêncio pra lá, até um sorriso é considerado desrespeitoso, as mediúnicas da casa são constituídas apenas por comunicações de sofredores e nada mais do que isto, música é coisa proibida, alegria é coisa proibida, grupos de jovens não se mantém lá porque os jovens não suportam ambientes tão pra baixo,... enfim, são centros onde imperam o mau gosto e o baixo astral.

Uma mulher se vestir com um biquíni é considerado indecente, uma saia curta é indecente, um homem entrar de bermudas não é permitido, mesmo em tempo de muito calor, mulher sentar-se em colo de homem é indecente, carnaval é coisa obsessiva, motel é ambiente onde se reúnem legiões de obsessores, sexo é porta aberta para o desequilíbrio... tudo é maldade, tudo é obsessão.

Posso assegurar aos amigos leitores de que esse tipo de centro espírita não é a instituição ideal para você praticar o espiritismo, porque não é nada disto que Kardec ensina para ninguém.

Disciplina é uma coisa, sofisma é outro.  

Abração

                                 Alamar Régis Carvalho
          Analista de Sistemas, Escritor e AINSF Dinastia
                         alamarregis@redevisao.net
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