O dia 16 de março assinala o aniversário de desencarnação de Luiz Olimpio Teles de Menezes considerado o pioneiro do Espiritismo aqui no Brasil. Com efeito, Teles de Menezes fundou no dia 17 de setembro de 1865 em Salvador (BA), o Grupo Familiar do Espiritismo, primeira agremiação doutrinária em terras brasileiras. Essa sua atitude foi um verdadeiro ato de heroísmo, pois naquela época o ambiente era totalmente hostil à prática da nova doutrina, mesmo porque o Estado tinha o Catolicismo como sua religião oficial. Na primeira reunião desse Grupo, no dia mesmo da fundação, um espírito que se denominou “Anjo de Deus”, enviou psicograficamente uma mensagem, cujo teor deixou muito felizes os membros do Grupo recém fundado. O JORNALISTA além de ter sido o pioneiro na constituição de um “Centro Espírita”, Teles de Menezes detém igualmente a primazia de constituir a imprensa espírita no Brasil. Alguma experiência como jornalista talvez lhe tenha facilitado essa tarefa, pois em 1849 ingressou como redator do jornal “Época Literária”, tendo mais tarde passado a diretor. Em 8 de março de 1869, Luiz Olímpio Teles de Menezes anunciou, através de um discurso proferido no Grêmio dos Estudos Espiríticos da Bahia, o aparecimento do jornal “O ECO D’ALÉM TÚMULO – monitor do Espiritismo no Brasil”. Eis um trecho do seu discurso: “A nós, que nos achamos hoje reunidos, constituindo, naturalmente, o Grêmio dos Estudos Espiríticos na Bahia, e a quem uma certa vocação do Alto cometeu o empenho desta árdua missão, árdua e até espinhosa, sim, mas irradiante de bem fundadas esperanças, incumbe, pelos meios que de mister é serem empregados, propagar essa crença regeneradora e cristã, fazendo-a chegar indistintamente a todos os homens; e o meio material que a Providência sabiamente nos oferece para levar rapidamente a palavra da verdade à inteligência e ao coração de todos os homens, é a Imprensa”. Defensor, intransigente dos princípios espíritas, Teles de Menezes escreveu uma carta aberta ( duas edições do mesmo ano) ao Metropolitano e Primaz do Brasil, D. Manoel Joaquim da Silveira, refutando a pastoral que este publicou; com o título “Erros perniciosos do Espiritismo”. Essa carta parece ter sido a primeira obra espírita, de brasileiro, publicada no Brasil. Também foi o primeiro presidente da Associação Espírita Brasileira, que visava “ao desenvolvimento moral e intelectual do homem nas largas bases que cria a filosofia espirítica , e a exemplificação do sublime e celestial preceito da caridade cristã”. Considerando sua missão cumprida na Bahia, Luiz Olimpio Teles de Menezes transferiu-se para o Rio de Janeiro. Aí, na rua Barão de São Félix, com 65 anos de idade, desencarnou no dia 16 de março de 1893, há 79 anos, portanto. Dois acontecimentos se verificam com o intuito de homenagear o pioneiro do Espiritismo no Brasil. Por proposta da Federação Espírita Brasileira, o então Departamento de Correios e Telégrafos autorizou a utilização de um carimbo postal, no dia 17 de setembro de 1965 – exatamente 100 anos após a fundação do “Grupo Familiar” do Espiritismo -, que foi aplicado nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro. E a 4 de dezembro de 1966, foi inaugurada em Salvador a Rua Professor Teles de Menezes, em cumprimento a decisão da Câmara Municipal daquela cidade. A Teles de Menezes, ao ensejo de mais um aniversário de desencarnação, nossas preces de gratidão pelo seu trabalho incondicional em favor do Espiritismo |
a partir de maio 2011
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Luiz Olimpio Teles de Menezes,biografia
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