a partir de maio 2011

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As falhas e o s erros dos outros As falhas e o s erros dos outros


     Sabemos que a caridade é importante instrumento na busca pela perfeição da humanidade. Ao indagar, em O Livro dos Espíritos, na questão 886, qual o seu verdadeiro sentido, conforme entendia Jesus, Allan Kardec obteve da espiritualidade superior: “Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas”.
     Entretanto, imperfeitos que ainda somos, temos a tendência de sermos indulgentes para com as nossas imperfeições e críticos quanto às imperfeições alheias. Encontramos, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo X, item 9: “Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizeis ao vosso irmão:
     Deixai-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (São Mateus, cap. VII, v. 3, 4, 5)”.
     Tal passagem leva-nos a refletir sobre qual deve ser o nosso papel diante das falhas e os erros cometidos pelo nosso próximo. Devemos apontá-los ou nos apegarmos à indulgência pregada por Jesus? É o que o autor procura esclarecer, em Reconhecer as falhas e os erros do nosso próximo é uma virtude?
     O indulgente não se ocupa das imperfeições alheias. Se o faz, é com cautela e com o intuito de auxílio. Aproveitando os ensinos da Codificação Espírita, o autor transcreve: “O reproche  lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante?”.
     A busca pelo progresso espiritual é o maior objetivo dos seres criados por Deus. E qual o melhor caminho a percorrer em busca da perfeição? Em Sede perfeito, encontramos: “Amai os vossos inimigos: fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e que vos caluniam; porque se não amais senão aqueles que vos amam, que recompensa com isso tereis?”.
     Daí, a importância do amor ao próximo. Ao compreendermos esses ensinamentos e, acima de tudo, colocando-os em prática, auxiliando os nossos semelhantes em sua jornada evolutiva, com benevolência, indulgência e o perdão, faremos do caminho à perfeição algo mais suave.

Fonte: Artigo da Revista Internacional de Espiritismo de fev./2011, Seção: Carta ao Leitor
 Rita de Cassia Minguin
Penápolis[SP]

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