Desde o inicio das civilizações, espíritos evoluíram e evoluirão sempre independentes de qualquer seita ou religião. O que mais uma vez vem comprovar que a salvação é feita pela ação no bem não pela sua crença nessa ou naquela religião. Assim, é e torna evidente, como outros venceram nos ciclos reencarnatórios com o amparo de outras doutrinas e filosofias. Comprovando que a maior parte dos grupos que hoje nos ampara o progresso aqui e na espiritualidade, promoveram sua libertação espiritual com a ajuda de doutrinas como: Hermetismo, Confucionismo, Budismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduismo, Catolicismo e outras seitas, aliás em seu inicio, algumas destas doutrinas nunca ouviram falar de JESUS.
Isso nos leva a uma outra questão, a de que, o espiritismo é a ultima tentativa de nos libertar do mundo de matéria e do ciclo das reencarnações, pois, é sem complexidades e despido de adornos inúteis, tabus ou posturas fatigantes. Seus ensinamentos são simples e diretos, sem cansar o discípulo ou faze-lo perder tempo na busca das verdades que liberta, ademais nos dias de hoje já não comporta doutrinas ou religiões subordinadas a ritos, símbolos e alegorias dogmáticas de caráter especulativo.
Não devemos esquecer os nobres esforços dos trabalhadores de luz, que se dividiram em duas equipes, uma guiada pelo Espírito de Verdade, e outra desceu para matéria, guiada por Kardec, e juntos buscaram as raízes do conhecimento filosófico e espiritual de todos os povos da terra, e formaram um conjunto de regras sintetizadas na reencarnação e na lei do carma, para a mais breve libertação do ser humano.
Por mais de três mil anos, Kardec elaborou as regras e os postulados fundamentais da doutrina espírita, e somente no decurso da sua ultima existência física na França, ele deu corpo disciplinado a princípios espirituais que investigou e firmou na sua memória espiritual após, as várias encarnações vividas nas mais diversas latitudes geográficas do planeta.
No Egito do faraó Mernephtá, o encontramos como Amenhophis, estudioso médico do "Livro dos Mortos" e dos fenômenos do além. Na Índia, depois de aprofundar-se no conhecimento dos Vedas, desenvolveu o poder mental e mais tarde ficou conhecido como o "Mestre do silêncio". Na Caldéia, entre magos babilônicos foi detentor de poderes mediúnicos excepcionais. A Grécia o conheceu como elevado Hierofante do Templo, viveu na Síria e na Pérsia, investigando os fenômenos das forças ocultas da natureza; e participou com destaque das cerimônias dos Druidas nas florestas sagradas da Gálea.
Suas existências pretéritas já definiam o rumo da vida missionária na França, traçando-lhe os primórdios de um grandioso plano espiritual elaborado pelo Alto, como foi realmente o Espiritismo no século XX
De volta a pátria espiritual, pode reviver toda sua trajetória de iniciação, vivida anteriormente nas diversas ramagens terrenas antes de partir para a terra, e se tornar Hippolyte Leon Denizard Rivail o Ilustre codificador do espiritismo. Peregrinou pelas regiões que serviram de cenário à vida do sublime JESUS, acompanhando comovido, no estudo e na pesquisa nos "Arquivos Siderais", e chorou quando viu imolado no madeiro, a estrela espiritual do planeta a ensinar que só pelo amor se vale a vida.
Antes de sua existência na França, ele ainda viveu na Escócia, fazendo um estágio de repouso psíquico no contato com belos cenários da exuberante natureza ali e do mundo que lhe aguardava a síntese dos conhecimentos espirituais na codificação do espiritismo, pois, em sua alma ainda vibrava as evocações do politeísmo da Lemúria, as revelações dos gênios da Atlântida, os esforços infatigáveis dos mentores da raça Adâmica, a peregrinação iluminada de Buda, os organizadores do povo Judeu, a convivência entre sacerdotes do Egito, sua iniciação na Índia dos Vedas, os fundamentos Hermetistas e as praticas do Bramanismo o processo justo da lei do carma e o conhecimento da reencarnação.
A firmeza de intenção e tenacidade indomável de Kardec, então, garantiu a divulgação da doutrina espírita no momento psicológico da compreensão mental do mundo ocidental e do intercambio proveitoso com o plano invisível com o derramamento da mediunidade.
A superioridade da pedagogia espírita codificada por Kardec ressalta se em favor da mais breve ascensão humana, porque os seus fundamentos não são produtos exclusivos da seleção de fenômenos observados numa só existência, mas a síntese de princípios sublimes investigados em diversas encarnações.
A superioridade da pedagogia espírita codificada por Kardec ressalta se em favor da mais breve ascensão humana, porque os seus fundamentos não são produtos exclusivos da seleção de fenômenos observados numa só existência, mas a síntese de princípios sublimes investigados em diversas encarnações.
Encarnado, vibrava sob o fascínio de evocações pretéritas. Delineavam em sua tela mental, símbolos, cores, figuras e ornamentos dos sacerdotes de Rá e Osíris-Íris, num suntuoso culto aos "mortos que sobrevivem", as figuras imponentes dos Druidas no culto do fogo sagrado, a oferenda no seio das florestas dos Gregos presidindo os mistérios de Eleusis ou dos mistérios órficos da alma apurando-se nas vibrações da musica celestial, como ele retrata muito bem nos estudos que deixara e que estão em Obras póstumas.
Hermes, Crisna, Lau-tsé, Fo-Hi, Zoroastro, Buda e o divino Jesus influenciavam-lhe a alma. Embora tivesse nascido francês e se criado sob severa disciplina científica, atuava-lhe na mente sensibilizada, o passado de intensa atividade espiritual na evocação da longa caminhada através de instituições espiritualistas e templos religiosos de todos os povos. De espírito insaciável na busca da verdade, investigando minuciosamente todas as fontes humanas da revelação espiritual, mas sempre se mostrando avesso às práticas excêntricas e formulas complicadas ou dogmas infantis.
Sua bagagem milenar era constituída de valores tão exatos e precisos, que foi descrente até os 50 anos de idade, repudiando as supertições e dogmas religiosos da época. Por isso, a segurança doutrinária do espiritismo firma-se, no alicerce das pesquisas e experimentações milenares de um espírito adulto e desassombrado, que ainda glorificou sua realização universalista pela adoção incondicional ao código moral do Evangelho do mestre Jesus.
Além de doutrina facilmente assimilável é também a que mais atrai, pois a sua mensagem ajusta se a todos os povos. Seu estudo no evangelho disciplina os fenômenos mediúnicos e é luz em todas as historias e lendas das civilizações, como as de Atlântida, Lemúria, China, Hebréia, Egito, Pérsia, Caldéia, Cártago, Assíria, Grécia, Babilônia, Índia, Germânia ou Arábia, pois evidenciam a manifestação da espiritualidade na formação da cultura e educação de todos os povos.
O espiritismo filosófico e cientifico, pode educar com mais exatidão o sentimento religioso que se desenvolve com a ajuda das religiões em todas as épocas. Pode também, satisfazer a exigente especulação do científico intelecto do século 21, e com o evangelho iluminar o coração do homem. Por isso, Allan Kardec fundamentou a codificação espírita na moral do Cristo Jesus sintetizada no evangelho, certo de que, a pesquisa científica pode convencer o homem da sua imortalidade, mas só o evangelho é capaz de convertê-lo à linhagem espiritual do mundo superior.
Antigamente as iniciações espirituais eram secretas e exclusivas das confrarias esotéricas, cujas provas simbólicas e até sacrificiais, serviam para auferir o valor pessoal e o entendimento psíquico dos discípulos. Mas os adeptos, já deveriam possuir certo conhecimento e algum domínio da vontade no mundo profano, para então graduarem se nas provas decisivas. Deste modo o intercambio com seus mestres ou espíritos desencarnados só era possível aos poucos adeptos selecionados para as iniciações secretas.
No entanto, o espiritismo abriu as portas dos templos secretos, iluminou a terminologia complexa e o vocabulário simbólico das praticas de iniciação, transferindo o conhecimento espiritual diretamente para o povo, através de regras e princípios sensatos para o progresso do ser humano, por isso a missão do espiritismo não consiste apenas em comprovar a vida imortal, mas também consolar o espírito, acendendo-lhe luz na consciência para depois iluminar o mundo. Divulgando o conhecimento milenar sobre a lei do Carma e da Reencarnação, demonstrou ao homem a sua grave responsabilidade na colheita dos frutos bons ou maus da semeadura das vidas passadas. Extinguiu a idéia absurda do inferno que estimulava virtudes por meio de ameaças de sofrimento eterno, mas advertiu que só se salva o homem pelas suas obras não pelas suas crenças!
Esclareceu, que ninguém consegue a absolvição dos seus pecados a hora extrema da morte através de sacerdotes, pastores, mestres ou médiuns arvorados em procuradores divinos! O céu e o inferno são estados de espírito decorrentes do bom ou mal viver, de que em verdade, o próprio homem é o responsável pela sua gloria ou falência. O espiritismo portanto é lâmpada destinada a iluminar toda humanidade e o Evangelho, é a luz que o alimenta nesta importante tarefa.
No século 21 o discípulo evolui a luz do dia pelas provas que se lhe apresentam a todos os momentos na vida cotidiana, sem necessidade de se recolher a instituições, conventos, ou fraternidades de iniciação. O treinamento do espírito deve ser exercido no convívio com todas as criaturas pois, sofrimentos, fracassos, vicissitudes ou misérias no mundo são lições e severas argüições pedagógicas do alto, que educa graduando o ser conforme o seu comportamento perante a lei de determinismo, nos mostrando o papel mais evidente que representa o espiritismo, que sem dúvida é explicar aos homens a lei de ação e reação induzindo-os a pratica do bem e a se melhorarem moralmente.
Não é preciso mais o homem isolar-se do mundo numa vida puramente contemplativa e ascética a fim de alcançar a sabedoria espiritual que o próprio mundo oferece na experimentação cotidiana. O discípulo diligente e disciplinado na educação espiritual da vida moderna, promove-se para nível superior sabendo aproveitar cada minuto de sua vivência, atento aos postulados espíritas e submissos aos preceitos evangélicos do mestre Jesus.
Kardec, todos nós, os que levantastes do pó da inutilidade ou do fel do desencanto para as bênçãos da vida, estamos também diante de ti!... E, identificando-nos na condição dos teus mais apagados admiradores e como os últimos dos teus mais pobres amigos, comovidamente, nós te rogamos permissão para dizer: Kardec, obrigado!... Muito obrigado.
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