O Deficiente após a morte
Estes estudos que foram feitos a seguir são muito interessantes, narrados por Sidney Batista, desencarnado e publicados na revista espírita de Allan Kardec, onde temos uma exata visão da situação do espírito após a morte, não devemos ter medo e sim nos preparar espiritualmente para que não tenhamos que sofrer, o nosso celebro, nossa mente é muito poderosa, após a nossa morte ela nos faz ser o que queremos ser, doente ou com um corpo perfeito, nós mesmos é que aplicamos a nossa sentença, nosso julgamento é feito por nossa inteligência em perceber que erramos e queremos pagar os nossos erros.
Mesmo aqui na terra se percebermos bem a nossa mente é a ferramenta mais extraordinária que possuímos, somos o que queremos ser, a todo momento nos transformamos, sempre estamos copiando, um adolescente olha sua Mãe e seu Pai, e a todo momento vai tirando pequenas impressões, juntando pedacinhos de pequenos atos, copiando sem perceber, quando se torna adulto ele escolhe sua profissão e luta para conseguir ser o que ele quer ser, quando sua tentativa se torna fracasso, sua jornada se torna mais difícil, enfrenta sofrimentos e derrotas que vão na verdade servir para fortalecer seu caráter, evoluir seu espírito, maturar suas ações, e em uma nova tentativa este mesmo adolescente vai se tornar um ser vitorioso.
Sidney Batista
Antes deste breve estudo, importa saber que "o espírito" é revestido de um envoltório fluídico, semimaterial, ou perispírito, cuja matéria se eteriza a medida em que ele se purifica. Possui Forma flexível e expansível, amoldando-se à vontade (ou necessidade) do espírito.
No livro "Perante a Eternidade", um espírito que na vida carnal fôra deficiente, conta-nos alguns aspectos do que ocorre com eles após a morte do corpo físico. Os que sofrem com resignação têm no corpo doente a cura do espírito; os que se revoltam, foram maus, desencarnam e continuam deficientes, às vezes em estado pior.
Conversei com urna senhora que, encarnada, foi cega. Por sua extrema revolta, cometeu muitos erros, desencarnou e ficou quinze anos cega, vagando pelo Umbral. Outros, socorridos, são internados em hospitais daqui e são curados com passes e tratamento.
Para as pessoas boas tudo é mais fácil. Como o caso de um senhor que conheci encarnado, cego de nascença. Pessoa boníssima trabalhava para seu sustento. Contou me que sua desencarnação foi como "dormir"; ao acordar, abriu os olhos e enxergou, embora visse tudo embaralhado. Gritou de felicidade. Um médico do hospital para onde fora levado lhe explicou sua situação de desencarnado, aplicou-lhe passes e ele passou a enxergar nitidamente.
Conversei com um rapaz que foi, encarnado, paralítico. Com dificuldade movia somente a cabeça e as mãos. Encarnou assim e desencarnou na adolescência. Falando de sua vida, contou-me que destruiu, na outra existência, seu corpo perfeito num suicídio, pulando de um penhasco, e o remorso impediu-o de reconstruir o perispírito. Logo que tornou conhecimento de sua morte, pôde se mexer e com algumas horas de tratamento, quando lhe foram anuladas as impressões do corpo físico, pôde andar. Terminou, contente, sua narração, falando que aprendera a dar valor ao corpo Físico e que é muito feliz por Deus ser Pai amoroso e não punir, pela eternidade (inferno eterno), erros de momento.
Conversei com muitos que foram deficientes, surdos mudos, aleijados, débeis mentais. Os bons foram socorridos de imediato e, após tratamento, tornaram-se sadios. No meu caso, a primeira impressão que tive ao desencarnar é que continuava sem o membro extraído. Muitos necessitam tratamento psicológico para que seja reconstituído o membro que lhe faltava. Em casos de crianças e adolescentes, a reconstituição é mais fácil, por não estar enraizada a falta do membro. Crianças aceitam sugestões mais facilmente, tornando-se perfeitas em curtos períodos.
Conheci um homem no tratamento psicológico que, encarnado, teve o corpo perfeito. Desencarnou e o remorso fez com que seu braço direito desaparecesse. Quando encarnado, num impulso de raiva ,surrara sua mãe. Ela caiu, bateu a cabeça e desencarnou. Quando ele desencarnou, sofreu muito no Umbral. Quando o remorso o visitou não quis o braço e este desapareceu. (Sendo o perispírito suscetível à ação da mente, o remorso externo convergiu seu fluído destruidor para o braço que agrediu a mãe). Faz tratamento na colônia. Se encarnar assim, o feto, o corpo de carne, não terá o braço direito.
Enfim, sabemos que os deficientes resignados, boas surpresas terão ao desencarnar. Não é o pai amoroso que nos faz doentes. Nós, pelos nossos erros, causamos deficiências. Pelo sofrimento, pela aceitação é que nos curaremos e nos tornaremos sadios. Bendito seja o Pai pelas grandes lições que temos. Podemos, com um corpo deficiente, reparar erros que, em muitas crenças, nos trariam o castigo eterno.
Fonte: Jornal O Girassol
Revista Espírita Allan Kardec, nº 38.
http://espiritismoverdadeiro.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário