a partir de maio 2011

domingo, 12 de outubro de 2014

O único fator capaz de nos trazer a felicidade

o tocante ao progresso, há quem diga que ele é comparável ao amanhecer, ou seja, ainda que aparentemente lento, o progresso culmina por lograr êxito.
Evidentemente, a ignorância, aliada ao poder da força e iludida pela falsa cultura, várias vezes se levantou com o propósito de criar embaraços ao desenvolvimento dos homens e dos povos. Exemplo disso foi a experiência vivida por Galileu Galilei. Mas o progresso – como uma das leis que regem a vida em todo o Universo – acaba chegando de forma inevitável, alterando a face e a constituição do que encontra pela frente, desdobrando recursos e fomentando a beleza, a tranquilidade e o conforto.
Desse modo é que se verifica a marcha do progresso, que um dia erguerá o homem do solo das imperfeições, em que ele ainda se detém, para a sua gloriosa destinação, que é a perfeição.
Existem, como ninguém ignora, dois tipos de progresso – o progresso moral e o intelectual.
A criatura humana desenvolve-se por si mesma, de forma natural, mas é fato notório que nem todos progridem simultaneamente, no mesmo ritmo e do mesmo modo. Quem tem filhos já observou ou observará esse fato ocorrer no seio de sua própria família.
Em face disso, Deus faz com que os mais adiantados auxiliem o progresso dos outros, por meio da interação, do contato social, e é por isso que constitui um dever de todos ajudar o próximo, dever sintetizado por Jesus numa proposição conhecida: “Ama ao próximo como a ti mesmo”.
O progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual. O normal é que os indivíduos e os povos conquistem primeiro um maior progresso científico e só depois, e lentamente, se moralizem.
O balanço das novidades tecnológicas apresentado pela revista Veja oportunamente dá-nos exata medida de como o progresso científico tem avançado. A rede mundial de computadores com acesso cada vez mais rápido. Aparelhos eletrônicos que funcionam sem nenhum contato físico. Automóveis que andam milhares de quilômetros sem ninguém ao volante. Medicamentos que previnem a infecção pelo vírus da Aids. Tablets eletrônicos, como o iPad e outros, que permitem que você leia um livro ou uma revista de conteúdo virtual como se manuseia uma revista ou um livro impressos. 
Algum tempo atrás passou a circular no mercado um aparelho curioso – um receptor móvel de GPS, sigla utilizada para identificar o sistema de posicionamento global, do inglês Global Positioning System – que não apenas indica o local exato – cidade, rua e número em que a pessoa se encontra – mas lhe fornece as informações necessárias, com todas as minúcias possíveis, para que o interessado chegue ao seu destino, fato que torna claro como deve ser fácil aos protetores espirituais localizar as pessoas que os chamam em suas preces e pedidos de socorro.
O desenvolvimento moral, contudo, encontra-se muito aquém dessa e de outras conquistas tecnológicas que têm contribuído para o maior conforto dos que vivem na Terra, visto que as injustiças, a corrupção, a violência, o tráfico das drogas, as guerras, o terrorismo continuam a ocupar páginas e páginas de nossos principais periódicos.
A razão disso não é, porém, de difícil compreensão: o desenvolvimento intelectual não implica, por si mesmo, a necessidade do bem. Uma pessoa dotada de grande inteligência pode ser má. Eis por que encontramos em muitas nações tecnicamente adiantadas tantas injustiças e as mazelas acima referidas.  É que ainda lhes falta a moralização dos seus integrantes.
Com o aumento do discernimento entre o bem e o mal, e graças ao desenvolvimento do livre-arbítrio, amplia-se nos seres humanos a noção da responsabilidade no pensar, no falar e no agir, e é isso que determina o chamado salto vertical, ou progresso moral, das criaturas humanas, único fator que pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, ao refrear as más paixões e fazer com que reinem entre todos a concórdia, a paz e a fraternidade.

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