O corpo e a alma

O pensamento é um atributo do Espírito.
O desenvolvimento ou a depressão dos órgãos cerebrais segue o movimento que se opera no Espírito.
Todos os sentimentos da alma têm sua fibra cerebral correspondente para a sua manifestação.
Não se pode agir sobre o ser espiritual senão por meios espirituais. (R.E., mar/1867, “A homeopatia nas doenças morais”)(1)
O cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão.
Os órgãos não são a causa das faculdades, mas simples instrumentos.
O rosto é o espelho da alma. (R.E., jul/1860, “Frenologia e Fisiognomonia”)(1)
Os olhos são o espelho da alma. (L.E., 217)(2)
O perispírito é o laço que à matéria do corpo prende o Espírito. (L.E., 257)(2)
A vista da alma ou do Espírito não é circunscrita e não tem sede determinada. (L.E., 455)(2)
A emancipação da alma se verifica às vezes no estado de vigília e produz o fenômeno conhecido pelo nome de segunda vista ou dupla vista, que é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos. (L.E., 455)(2)
A alma não tem no corpo sede determinada e circunscrita. Porém, nos grandes gênios, em todos os que pensam muito, ela reside mais particularmente na cabeça, ao passo que ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas ações têm por objeto a humanidade. (L.E., 146)(2)
O Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que a prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. (L.E., 401)(2)
Cuidar-se do corpo, influi de maneira muito importante sobre a alma. (Ev., XVII 11)(3)
Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio das tribulações da existência corpórea, segue-se que a vida material seja uma espécie de crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição. (L.E., 196)(2)
O corpo é o instrumento da dor. (L.E., 257)(2)
Pode a união do Espírito e determinado corpo ser imposta por Deus do mesmo modo que as diferentes provas, mormente quando o Espírito não está apto a proceder a uma escolha com conhecimento de causa. (L.E., 337)(2)
As almas ou Espíritos não têm sexo. Os sexos só existem no organismo. Aquele que foi homem, poderá renascer mulher e aquela que foi mulher poderá renascer homem. (R.E., jan/1866, “As mulheres têm alma?”)(1)
A vida espiritual é a vida normal do Espírito. As existências corpóreas não passam de pontos na vida espírita. (R.E., jun/1863, “Algumas refutações”)(1)
Por numerosos que sejam as existências corpóreas, elas são limitadas à existência do corpo, e a sua soma total não compreende, em todos os casos, senão uma parte imperceptível da vida espiritual, que é ilimitada. (C.I., VIII 11)(4)
Guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto. (Ev., V 28)(3)
A união da alma ao corpo começa na concepção. (L.E., 344)(2)
O desgosto da vida é efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade. Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido. (L.E., 943)(2)
Jamais tem o homem o direito de dispor de sua vida. (Ev., XXVIII 71)(3)
O Espírito protetor se dedica ao indivíduo desde o nascimento até a morte e muitas vezes o acompanha na vida espírita, depois da morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas. (L.E., 492)(2)

1. KARDEC, Allan. Revista Espírita.
2. _________. O Livro dos Espíritos.
3. _________. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
4. ________. O Céu e o Inferno.

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