a partir de maio 2011

quinta-feira, 24 de julho de 2014

MILAGRES E O ESPIRITISMO

OS MILAGRES DO EVANGELHO
 
Resumido por Joel Matias
 
Superioridade da natureza de Jesus
 
Jesus foi um mensageiro direto do Criador, um Messias divino; suas virtudes situavam-se em nível muito acima das possibilidades da humanidade terrestre; não estava sujeito às fraquezas do corpo, pois o dominava completamente; seu perispírito era "tirado da parte mais quintessenciada dos fluídos terrestres". Tratava-se de um Espírito Superior, desprendido da matéria e sua alma devia ligar-se ao corpo "senão pelos laços estritamente indispensáveis"; possuía dupla vista, que devia ser permanente e de excepcional penetração. A pureza de seus fluídos perispirituais lhe "conferia imensa força magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem". Jesus não foi um poderoso médium curador, pois, pela sua superioridade, agia por si mesmo; poderia ser considerado médium de Deus.
 
Sonhos
 
Durante o sono, a alma penetra momentaneamente no mundo espiritual, entrando em contato com os Espíritos afins, encarnados e desencarnados. Nessas ocasiões, os Espíritos Protetores lhe transmitem conselhos mais diretos, dos quais muitas vezes guarda lembrança ao despertar. Nem todos os sonhos, entretanto, representam avisos da Espiritualidade. "Cumpre se inclua entre as crenças supersticiosas e absurdas a arte de interpretar os sonhos".
 
Estrela dos magos
 
A descrição de S. Mateus não é passível de verificação. Não poderia tratar-se de uma estrela, podendo, entretanto, ter sido a aparição de um Espírito sob forma luminosa, ou a transformação de "uma parte do seu fluído perispirítico em foco luminoso".
 
Dupla vista
 
Possuía Jesus a faculdade da vista espiritual em grau elevado e as narrações evangélicas atestam várias passagens em que demonstrava conhecer os pensamentos das pessoas, através das "irradiações fluídicas desses pensamentos", refletidas como num espelho em seus perispíritos. Esta faculdade permitiu ao Mestre indicar o local exato em que Simão deveria lançar suas redes para enchê-las de peixes, no episódio da pesca tida por milagrosa. Conhecia as disposições íntimas de Pedro, André, Tiago, João e Mateus, quando os chamou e imediatamente o acompanharam. Previu a traição de Judas e adiantou a Pedro que por três vezes o negaria.
 
Curas
 
Perda de sangue: Na passagem em que uma mulher é curada de hemorragia, doença de que era vítima há muitos anos, após tocar nas vestes de Jesus, sem que houvesse deste um ato de vontade, como imposição das mãos ou magnetização, ocorreu "a irradiação fluídica normal para realizar a cura". O fluído terapêutico deve ser dirigido à matéria orgânica a fim de repará-la. Pode ocorrer pela vontade do curador ou ser "atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra, pela fé do doente". A fé a que Jesus se referia era a força atrativa desenvolvida pela doente que lhe permitiu a cura. A falta de fé "opõe à corrente fluídica uma força repulsiva" que lhe paralisa a ação. Por esta razão, pode acontecer que de dois doentes que tenham a mesma enfermidade, somente um venha a ser curado.
Cego de Betsaida: Procedeu Jesus a duas aplicações nos olhos do cego, que gradualmente recuperou a visão, evidenciando-se o efeito magnético, com recuperação "gradual e consequente a uma ação prolongada e reiterada, se bem que mais rápida do que na magnetização ordinária".
Paralítico: No caso da cura do paralítico de Cafarnaum, em que o Mestre lhe disse: "Meu filho, tem confiança; perdoados te são os teus pecados" entende-se que aquela doença representava expiação de males praticados em existências anteriores. Equivalia a Jesus dizer-lhe: "Pagaste tua dívida; a fé que agora possuis elidiu a causa de tua enfermidade".
Os dez leprosos: Quando Jesus curou dez leprosos próximo a Galiléia e somente um deles - um samaritano - retornou para agradecer a Deus a graça recebida, deu uma lição e um exemplo de tolerância, pois curou indistintamente judeus como também samaritanos que eram desprezados pelos primeiros. O samaritano demonstrou sua fé e reconhecimento vindos do âmago do coração, enquanto que os demais demonstraram ingratidão e a dureza de seus corações, sendo de se supor que não tenham se beneficiado da graça concedida, retornando-lhes os seus males.
Mão seca: Os fariseus observavam se Jesus curaria um doente em dia de sábado, a fim de o acusarem. Ordenando ao doente se dirigisse ao centro do templo, perguntou aos fariseus se era permitido naquele dia "fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou tirá- la", ao que não lhe responderam. Sentindo a dureza de seus corações, encarou-os, disse ao homem para estender a mão, e curou-o.
A mulher curvada: Ficaram também confusos os adversários de Jesus quando, ao ensinar em um sábado numa sinagoga, curou uma mulher possuída há dezoito anos por um Espírito que lhe deixava totalmente curvada. Tendo ficado indignado o chefe da Sinagoga, inquiriu-lhe Jesus quem deixaria de aliviar a carga de seu boi ou jumento, dando-lhe de beber, somente por se tratar de um dia de sábado, e por que então não poderia libertar aquela doente da influência daquele Espírito.
O paralítico da piscina: Em Jerusalém havia uma piscina chamada Betesda alimentada por uma fonte natural intermitente com propriedades curativas. Acreditava-se que, a agitação das águas era produzida por um anjo do Senhor, e quem primeiro tivesse nelas entrado seria curado de qualquer doença. Encontrou Jesus, próximo à piscina, um homem paralítico há 38 anos, e perguntou-lhe se desejava curar-se; disse-lhe:"Levanta-te, toma o teu leito e vai-te". Mais uma vez protestaram os fariseus porque era sábado. Reencontrando o homem que curara, acrescentou jesus: "Vês que foste curado; não tornes a pecar, para que te não aconteça coisa pior". Aos fariseus disse que Deus não cessa em nenhum momento suas obras pelo que também ele obrava incessantemente. Jesus deu a entender ao homem que sua doença era uma punição por seus erros, avisando-lhe que poderiam retornar seus males caso não se modificasse. Procedia a curas nos sábados a fim de protestar contra o fanatismo dos fariseus e mostra- lhes que a verdadeira virtude está nos sentimentos e não nas práticas exteriores.
Cego de nascença: Mais uma vez num sábado encontrou Jesus um cego de nascença e, fazendo um pouco de lama com saliva e terra, untou-lhe os olhos e mandou-o lavar-se na piscina de Siloé, após o que o homem passou a enxergar claramente. Levaram-no aos fariseus que, após interrogá-lo e a seus pais, o expulsaram da sinagoga, por não ter admitido ter sido "um possesso do demônio aquele que o curara e porque rende graças a Deus pela sua cura". Mesmo nos dias atuais as curas efetuadas pelo Espiritismo são tidas como diabólicas pelas religiões tradicionais.Haviam os discípulos perguntado a Jesus se aquele homem nascera cego por algum pecado seu ou de seus pais, referindo-se evidentemente a uma vida anterior. A resposta negativa indica que se tratava de uma "provação apropriada ao progresso daquele Espírito". A lama empregada serviu de veículo ao fluído espiritual que produziu a cura.
Numerosas curas operadas por Jesus.- Pregando nas sinagogas, Jesus procedia a curas no meio do povo, provando que "o verdadeiro poder é o daquele que faz o bem". Aliviava ossofrimentos dos homens e, por isso, fazia numerosos prosélitos. Quando João Batista mandou perguntar-lhe se era o Cristo, respondeu: "Ide dizer a João: os cegos vêem, os doentes são curados, os surdos ouvem, o Evangelho é anunciado aos pobres". Assim também o Espiritismo cura, além dos males físicos, as doenças morais, fazendo adeptos entre aqueles que "recebem a consolação para suas almas" e não entre aqueles que pretendem apenas observar fenômenos extraordinários, não lhe reconhecendo a força moral.
Possessos
 
Juntamente "com as curas, as libertações de possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus". Sua superioridade era tal que à sua ordem não podiam os Espíritos resistir e se afastavam efetivamente de suas vítimas. Eram muitos os casos de possessões na Judéia àquele tempo, evidenciando-se uma invasão de Espíritos maus em caráter de epidemia. Diziam os fariseus que era com auxilio de Belzebu, príncipe dos demônios, que Jesus expulsava os maus Espíritos, ao que o Mestre mostrou a insensatez que seria se Satanás expulsasse a si mesmo.
 
Ressurreições
 
A filha de Jairo.- Jesus foi chamado por um chefe de sinagoga para impor as mãos sobre sua filha de 12 anos que estava para morrer. Lá chegando ordenou que as pessoas que choravam sua morte se afastassem dizendo-lhes que não estava morta , mas apenas adormecida. Tomando-lhe as mãos ordenou que se levantasse o que ela imediatamente fez e se pôs a andar.
Filho da viúva de Naim: Ao se aproximar da cidade de Naim, deparou Jesus com um cortejo fúnebre; tratava-se de um rapaz, filho único de uma viúva. Compadecido com o sofrimento materno, Jesus ordenou ao moço que se levantasse a que este sentou-se e começou a falar para espanto dos presentes. Tal fato, considerado milagroso, espalhou-se por toda a Judéia e circunvizinhanças.
Assim como também a ressurreição de Lázaro, os casos citados evidenciavam ter havido ataque de letargia ou síncope, pois, seria contrário às leis da Natureza o retorno ao corpo de um Espírito após rompido o laço perispirítico. Era costume na época sepultar-se logo em seguida alguém que deixasse de respirar, considerando-o morto. (Sabe-se que há casos de letargia que se prolongam por mais de oito dias). Houve então nos casos citados a cura produzida pelo Mestre e não ressurreição.
 
Jesus caminha sobre a água
 
Jesus se dirigiu "caminhando por sobre o mar" aos discípulos que dentro de um barco, se viam amedrontados com a fúria das águas; Pedro pediu-lhe para fazer o mesmo, a que o Mestre mandou-o ir ao seu encontro. Deu alguns passos, vacilou e começou a afundar, sendo socorrido por Jesus, que lhe disse: "Homem de pouca fé! Por que duvidaste?". O fenômeno de levitação de um ser humano produz-se "sob ação das leis da Natureza", por efeito da mesma "força fluídica que mantém no espaço uma mesa, sem ponto de apoio". Poderia também ter ocorrido a aparição tangível de Jesus, estando longe seu corpo real.
 
Transfiguração
 
Jesus proporcionou a Pedro, Tiago e João a oportunidade inesquecível de observarem fenômeno em que se transfigurou totalmente, realçado de excepcional fulgor, em razão da extrema pureza de seu perispírito. Fenômeno também inteiramente explicável dentro da ordem da Natureza, foi a aparição de Moisés e Elias.
 
Tempestade aplacada
 
Enquanto atravessava um lago com seus discípulos, Jesus adormeceu. Diante de súbita tempestade que ameaçava virar o barco, acordaram-no assustados ao que Jesus "falou, ameaçador, aos ventos e às ondas agitadas e uns e outras se aplacaram, sobrevindo grande calma", para espanto e admiração dos discípulos. Não é possível afirmar-se "se há ou não inteligências ocultas presidindo à ação dos elementos". Jesus, entretanto, dormia tranqüilamente, demonstrando segurança advinda de que seu Espírito "via não haver perigo nenhum e que a tempestade ia amainar".
 
Bodas de Caná
 
Tal acontecimento é referido somente por S. João, não tendo causado impressão maior. Se realmente ocorreu, foi o único no gênero, pois, Jesus não era afeito a demonstrações materiais que aguçassem a curiosidade, próprias dos mágicos. Mais racional é se considerar tal fato como uma parábola destinada a levar ensinamentos aos presentes.
 
Multiplicação dos pães
 
Para as pessoas sérias essa narrativa é vista com sentido alegórico, "em que se compara o alimento espiritual da alma ao alimento do corpo". Pode-se também admitir que as pessoas presentes, ávidas de ouvir as palavras de Jesus, fascinadas "pela poderosa ação magnética que ele exercia sobre os que o cercavam", não tenham tido "necessidade material de comer". Sabia então Jesus que poucos pães bastariam, mostrando aos discípulos "que também eles podiam alimentar por meio da palavra". Posteriormente, nas passagens denominadas "O fermento dos fariseus" e "O pão do céu", ficou confirmado o fato de que o Mestre não se referia a pães materiais, quando disse aos discípulos: "Ainda não compreendeis que não é do pão que eu vos falava..." afirmando que se trabalhasse principalmente para conseguir o "pão do céu", e dizendo: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê nunca terá sede".
 
Tentação de Jesus
 
O episódio da tentação de Jesus não corresponde a uma ocorrência física; deve ser entendida como uma parábola, a fim de mostrar aos homens sua falibilidade, devendo vigiar sua mente "contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder", devendo ainda prevenir-se contra os perigos da ambição. Também inadmissível seria a tentação moral do Cristo, pois, "o Espírito do mal nada poderia sobre a essência do bem". Assim também as parábolas do filho pródigo e do bom samaritano mostram a misericórdia do Pai face o arrependimento do filho que, tendo sucumbido às tentações mas, praticando a lei de amor, vale mais aos Seus Olhos do que os irmãos que o desprezaram.
 
Prodígios por ocasião da morte de Jesus
 
Com relação às trevas que teriam ocorrido por ocasião da morte de Jesus, tal fato não foi notado, pois, não consta em citações de nenhum historiador; poderia ter havido obscurecimento do Sol causado pelas "manchas físicas que lhe acompanham o movimento de rotação", sem causar no entanto trevas. Pode também ter havido algumas aparições de Espíritos naquela ocasião, o que também seria um fenômeno natural. "Compungidos com a morte de seu Mestre, os discípulos de Jesus sem dúvida ligaram a essa morte alguns fatos particulares", que em outra ocasião não teriam notado.
 
Aparição de Jesus, após a sua morte
 
Jesus apareceu após sua morte, em várias ocasiões, descritas com detalhes por todos os evangelistas, não se podendo duvidar de tais fatos que, sendo semelhantes a muitos fenômenos antigos e atuais, são explicáveis "pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito" o qual chega em certos casos a tornar-se tangível. As circunstâncias dos aparecimentos e desaparecimentos de Jesus, algumas vezes em recintos fechados, sua linguagem breve e sentenciosa, a sensação de surpresa e medo causada pela sua presença, tudo isto demonstra que "se mostrou com o seu corpo perispirítico, o que explica que só tenha sido visto pelos que ele quis que o vissem".
 
Seu maior milagre foi "a revolução que seus ensinos produziram no mundo". Jesus era pobre, nascido no seio de um pequeno povo sem expressão política ou literária, pregou sua doutrina durante apenas três anos, tempo esse em que foi "desatendido e perseguido pelos seus concidadãos". Foi "obrigado a fugir para não ser lapidado", traído por Judas, renegado por Pedro - seus apóstolos - supliciado como um criminoso; entretanto, mesmo sem nada escrever, "sua palavra bastou para regenerar o mundo"; "sua doutrina matou o paganismo onipotente e se tornou facho da civilização".
 
Desaparecimento do corpo de Jesus
 
Tal fato foi constatado no terceiro dia após a crucificação, pelas mulheres que foram ao sepulcro. Alguns consideraram um fato milagroso, outros atribuíram "a uma subtração clandestina".
 
Há a teoria de que Jesus não teria tido um corpo material e sim um "corpo fluídico" sendo aparentes seu nascimento, atos de sua vida e sua morte. Assim se explicaria o desaparecimento de seu corpo do sepulcro. Entretanto, no período anterior à sua morte "tudo se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias da vida". Durante toda a sua vida revelou-se com os "caracteres inequívocos da corporeidade", sendo "acidentais os fenômenos de ordem psíquicas". "Depois de sua morte, ao contrário, tudo nele revela o ser fluídico". Supliciado e morto, "todos o puderam ver e tocar". Seu corpo foi sepultado normalmente, "donde forçoso é concluir que, se foi possível que Jesus morresse, é que carnal era o seu corpo".
 
Por outro lado, sendo o corpo "a sede das sensações e das dores físicas, que repercutem no centro sensitivo ou Espírito", segue-se que um Espírito sem corpo físico "não pode experimentar os sofrimentos". Não se pode duvidar que Jesus sofreu materialmente, pois de outra forma a paixão, sua agonia, seu último brado teria sido uma comédia indigna de um ser tão superior. "Jesus, pois, teve, como todo homem, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é atestado pelos fenômenos materiais e pelos fenômenos psíquicos que lhe assinalaram a existência".
 
(Publicado no Boletim GEAE Número 436 de 30 de abril de 2002)
 
 
 
 
 
 
A Gênese"
 
Cap XIII - Deus Faz Milagres?
 
15. Quanto aos milagres propriamente ditos, desde que nada é impossível a Deus, ele os pode sem dúvida fazer; mas ele os tem feito?
 
Em outros termos:
 
- Ele derroga as leis que estabeleceu?
 
Não compete ao homem prejulgar os atos da Divindade e os subordinar à fraqueza de seu entendimento; entretanto, em face das coisas divinas, temos, para critério de nosso juízo, os próprios atributos de Deus. Ao soberano poder ele junta a soberana sabedoria, e daí se deve concluir que nada faz de inútil.
 
- Por que, então faria milagres?
 
Para provar seu poder, dizem.
 
- Mas o poder de Deus não se manifesta de maneira muito mais potente, pelo conjunto grandioso das obras da criação, pela sabedoria previdente que a preside nas suas partes ínfimas, bem como nas maiores?
 
- Pela harmonia das leis que regem o Universo?
 
- Não é isso superior a algumas e pueris derrogações, que todos os prestidigitadores sabem imitar?
 
- Que diríamos de um perito mecânico que, a fim de provar sua habilidade desmantelasse um relógio construído com suas mãos, obra-prima da ciência, somente para mostrar que pode desfazer o que fez?
 
- Seu saber não se manifesta, ao contrário, pela regularidade e pela exatidão do seu movimento?
 
A questão dos milagres propriamente ditos não é, pois, da alçada do Espiritismo; porém, apoiando-nos no raciocínio de que Deus nada faz de inútil, ele emite esta opinião: Os milagres não são necessários para a glória de Deus; nada no Universo se afasta das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo suas leis perfeitas, ele não tem necessidade de as derrogar. Se se trata de fatos que não compreendemos, é que ainda nos faltam os conhecimentos necessários.
 
16. Admitindo que, por motivos que não podemos apreciar, Deus pudesse derrogar acidentalmente as leis que estabeleceu, tais leis já não seriam imutáveis; porém, pelo menos é racional pensar que somente ele tem tal poder; não se poderá admitir, sem lhe negar o atributo de onipotência, que ele haja dado ao Espírito do mal o poder de desfazer a obra divina, praticando por seu lado prodígios para seduzir mesmo os efeitos, o que implicaria a idéia de um poder igual ao seu; no entanto, é isso o que nos ensinam.
 
Se Satanás tem o poder de interromper o curso das leis naturais, que são obra divina, sem permissão de Deus, é mais poderoso que Deus: então, Deus não terá a onipotência; se Deus lhe delega tal poder, como pretendem, para induzir mais facilmente os homens ao mal, Deus não possui a soberana bondade. Num e noutro caso, é a negação de um dos atributos sem os quais Deus não seria Deus.
 
Daí vem a Igreja distinguir os bons milagres, que vêm de Deus, dos maus milagres que vêm de Satanás: porém, como estabelecer a diferença?
 
Que um milagre seja satânico ou divino, não será menos uma derrogação das leis que unicamente emanam de Deus; se um indivíduo é curado por um meio do qual se diga ser milagroso, quer tenha sido feito por Deus ou por Satanás, nem por isso ele estará menos curado. Será preciso ter uma idéia bem pobre da inteligência humana, para esperar que doutrinas semelhantes possam ser aceitas em nossos dias.
 
A possibilidade de certos fatos considerados como miraculosos, é reconhecida; deve-se concluir deles que, qualquer que seja a fonte que se lhes atribui, trata-se de efeitos naturais dos quais podem usar, tanto Espíritos, como encarnados, como de tudo, como de sua própria inteligência e de seus conhecimentos científicos, para o bem ou para o mal, segundo sua bondade ou sua perversidade. Um ser perverso, pondo seu saber em ação pode, pois, fazer coisas que passam por prodígios aos olhos dos ignorantes; porém, quando tais efeitos têm com resultado um bem qualquer, seria ilógico atribuir-lhes uma origem diabólica.
 
17. Porém, dizem, a religião se apóia em fatos que não serão explicados, nem são explicáveis. Inexplicados, podem ser; inexplicáveis, é outra questão.
 
Sem falar do milagre da criação, o maior de todos, sem contradita, e que hoje voltou ao domínio da lei universal, já não se vêem, sob o império do magnetismo, do sonambulismo, do Espiritismo, se reproduzirem os êxtases, as visões, as aparições, a visão à distância, as curas instantâneas, as levitações, as comunicações orais e outras com os seres do mundo invisível, fenômenos conhecidos desde tempos imemoriais, considerados outrora como maravilhosos, e demonstrados hoje como pertencentes à ordem das coisas naturais, e conforme à lei constitutiva dos seres?
 
Os livros sagrados estão cheios de fatos desse gênero, qualificados como sobrenaturais; porém, como os mesmos são encontrados, análogos e mais maravilhosos ainda, em todas as religiões pagãs da antiguidade, se a verdade de uma religião dependesse do número e da natureza de tais fatos, já não seria possível saber qual delas devesse prevalecer.
 
 
 
 
Milagres e curas espirituais
Autor: Leonardo M Moreira
 
O Espiritismo esclarece que o chamado “milagre” não existe da forma como é admitido por um grande número de criaturas. Realmente, se considerarmos o dito “milagre” como algo totalmente contrário às Leis Naturais, teremos que considerar que tal fenômeno não deixa de ser algo meramente mitológico. A Doutrina Espírita explica que os chamados “milagres” são fenômenos frequentemente incompreendidos e/ou ignorados tanto pela “Ciência Oficial” como pela Religião. Assim, enquanto a Ciência Oficial, tida por muitos como materialista, rejeita as evidências da ocorrência do fenômeno, justamente por se negar a estudar qualquer fato de pressupostas implicações espirituais, as Religiões Ortodoxas exploram o mesmo evento como “algo divino”, que derrogaria as Leis Naturais, admitindo que tais fenômenos seriam inerentemente incompreensíveis por se tratarem de “Mistérios”. Assim, os religiosos, apesar de sua evidente limitação na explicação destes fatos, manteriam uma espécie de poder intelectual sobre tais eventos, aproveitando do descaso dos cientistas. A manutenção deste tipo de postura por grande número de representantes dos dois grupos supracitados faz com que a maioria das criaturas permaneça na mais profunda ignorância a respeito dos princípios básicos que explicam os mecanismos pelo qual os supostos “milagres” ocorrem.
 
No entanto, as Leis Naturais incluem não somente aquelas que regem a matéria, mas igualmente aquelas que estão relacionadas aos fenômenos espirituais. O Espiritismo fazendo uma união sinérgica entre Ciência e Religião, que é inédita na história da humanidade, estabelece que os “milagres” são fenômenos perfeitamente explicáveis e estudáveis e que foram taxados como “espetaculares”, “maravilhosos” e “inadmissíveis” intelectualmente, por ignorância das suas causas e mecanismos de ação.
 
Assim sendo, é possível entender que, se a Química, a Física e a Biologia são ciências que estudam fenômenos observados dentro da esfera do mundo material, o Espiritismo estuda as Leis Naturais que regem o Mundo Espiritual e o Intercâmbio com o Mundo Físico. Portanto, seria interessante que o estudioso do Espiritismo, que busque lograr um aprofundamento nos conteúdos espíritas, apresentasse um conhecimento básico sobre as ciências materiais, uma vez que, nesse “intercâmbio com o mundo físico”, são estudados aspectos complexos dessa interface espírito-matéria.
 
Dentro desse contexto, o entendimento dos chamados “milagres” passa necessariamente pela compreensão da realidade psicossomática do ser humano. Essa realidade é formada por uma série de realidades minimamente independentes e interagentes que seriam o Espírito propriamente dito (A Mente), o Corpo Mental, o Corpo Espiritual (Perispírito ou Modelo Organizador Biológico), o Duplo Etérico (Corpo Vital) e o Corpo Físico ou Material.
 
O Perispírito e o Duplo Etérico, como realidades intermediárias em termos de materialidade entre o Espírito (A Mente) e o Corpo Material do indivíduo encarnado, representam peças chaves em quaisquer fenômenos de natureza paranormal. Logo, os fenômenos mediúnicos e os fenômenos anímicos observados em todos os tempos na história da humanidade têm, nas propriedades desses dois sistemas, pré-requisitos fundamentais para as suas respectivas compreensões.
 
As chamadas “Curas Espirituais”, por exemplo, que são observadas em todas as culturas, ritos e religiões, somente podem ser explicadas a partir do entendimento dessa inter-relação entre os componentes do “complexo humano” encontrado no indivíduo reencarnado. De fato, tais fenômenos, na maioria das vezes, envolvem componentes materiais, semimateriais e espirituais.
 
Os “Passes”, as “cirurgias espirituais” e processos similares de curas físicas e mentais envolvem, portanto, a administração de recursos materiais, semimateriais e espirituais.
 
A atuação de ordem mais materializada estaria associada principalmente às propriedades do duplo etérico (corpo vital) do médium que exerce essa ação fluídica. De fato, o duplo etérico ou corpo vital seria composto predominantemente de fluido vital, o qual, uma vez exteriorizado, poderia ser chamado de ectoplasma, conforme nomenclatura proposta pelo “Pai da Metapsíquica”, Charles Richet. É importante salientar que o ectoplasma sofre significativa influência da alimentação do médium, pois o “corpo vital” ou “corpo energético” dos alimentos ingeridos constitui um importante componente desse fluido vital que consiste no elo entre o perispírito propriamente dito e o corpo físico. Além disso, o fluido vital seria uma espécie de “combustível” para o corpo físico, sendo, por conseguinte, importante influência para a definição prévia e provisória do tempo de vida física do indivíduo encarnado.
 
A influência da alimentação na constituição do fluido vital é uma das causas da necessidade de disciplina alimentar por parte dos médiuns, sobretudo daqueles que desenvolvem trabalhos com grande doação de energia fluídica, como é o caso dos chamados “médiuns de cura”. De fato, a “mediunidade de cura”, entre várias peculiaridades, não deixa de ser também uma mediunidade de efeitos físicos, pois, mesmo atuando predominantemente sobre o perispírito do necessitado, o efeito esperado e desejado de cura do corpo material é obviamente uma espécie de “efeito físico”, tal como as célebres materializações de Espíritos.
 
Desta forma, assim como os Espíritos desencarnados sentem a influência da matéria, a energia semimaterial de natureza mais densa, como é o caso do fluido vital, poderia igualmente influenciar a organização da matéria dos corpos físicos. Obviamente, os Espíritos esclarecidos quanto a esse intercâmbio fluídico utilizam desses mecanismos para os diversos objetivos a que estão vinculados, sejam eles elevados ou não. Os Espíritos superiores administram recursos em favor dos indivíduos encarnados. Poderíamos citar o livro “Nosso Lar”, onde encontramos uma passagem em que o segundo marido de Zélia, a viúva de André Luiz, estava com a saúde muitíssimo debilitada e foi recuperado fisicamente através de Passes Espirituais de Narcisa e André Luiz, que utilizavam, entre outros recursos, da administração de essências retiradas de mangueiras e eucaliptos por Mentores Espirituais. Essa passagem ilustra que o corpo vital, sendo também uma realidade dos vegetais, pode contribuir juntamente com o ectoplasma animal e outros fluidos espirituais para gerar saúde física.
 
Esse intenso intercâmbio fluídico entre o mundo espiritual e os indivíduos encarnados explica uma série de fenômenos conhecidos da literatura espírita, como, por exemplo, a vampirização por parte de entidades muito atrasadas do fluido vital de um suicida e de vários cadáveres de bois no matadouro, conforme narração de André Luiz na obra “Missionários da Luz”. Nesta mesma obra, Espíritos inferiores que “habitavam” um lar sem barreira de proteção magnética, em função da pouca elevação espiritual da família, aspiravam os fluidos que emanavam dos alimentos que eram cozidos, haurindo dos mesmos fluidos vitais que eram prazerosos a estes Espíritos, obviamente muito vinculados à matéria. Ainda em “Missionários da Luz”, no capítulo intitulado “Passes”, é narrado um interessante caso relacionado a uma jovem gestante que estava literalmente passando fome, devido a dificuldades econômicas de seu marido. Consequentemente, as condições físicas dessa mulher e de seu feto eram de grande fragilidade, implicando em grande risco de morte para o bebê. Os Mentores Espirituais auxiliaram intensamente essa senhora através dos Passes, utilizando de fluidos vitais emanados pelos médiuns passistas encarnados, logrando melhorar sensivelmente o quadro de saúde dela e de seu filho.
 
Pode-se citar igualmente interessante caso de Chico Xavier, quando o maravilhoso médium visitou uma família com sérios problemas espirituais para fazer o que hoje poderíamos denominar de “atendimento fraterno”. Chico, que adorava bananas, se encantou com um cacho de bananas muito formosas que havia na mesa. No decorrer da conversa com os familiares, entretanto, Chico Xavier ficou extremamente chocado ao ver duas entidades espirituais inferiores entrarem no recinto e literalmente comerem as bananas. Ora, como um Espírito desencarnado pode comer a banana?! Posteriormente, Emmanuel esclareceria a Chico Xavier que o referido lar não tinha barreiras vibratórias em função de uma sintonia mental com entidades negativas, em função de seus sentimentos, pensamentos e hábitos negativos do ponto de vista moral. Assim, seres espirituais atrasados e com perispíritos muito materializados e que teriam grande necessidade de sensações de ordem material não teriam impedimentos maiores para entrarem no lar, podendo gerar obsessões e quadros lamentáveis em função da afinidade vibratória. Ao sentirem fome, estes Espíritos comeram, de fato, as bananas, ingerindo o corpo vital das mesmas. Por outro lado, além de eliminarem grande parte do conteúdo vital das bananas, deixaram nas mesmas impregnações fluídicas negativas, fazendo com que as bananas se tornassem alimentos perigosos para aqueles que as ingerissem, tanto sob o aspecto físico quanto do ponto de vista espiritual.
 
O Espírito organiza o Perispírito, pois o Espírito haure dos constituintes da atmosfera de um determinado planeta, a constituição do seu próprio Perispírito, conforme nos ensina “A Gênese”, de Allan Kardec. Logo, assim como o Espírito determina o nível fluídico da constituição do seu Perispírito, dependendo da matéria-prima haurida na atmosfera em função da sua evolução espiritual, o Perispírito modela e direciona grande número de fenômenos biológicos no corpo de carne.
 
Assim sendo, as chamadas curas espirituais deveriam ser mais propriamente denominadas de “Curas Perispirituais”, pois o Perispírito é o principal foco das influências magnéticas proporcionadas pela fluidoterapia, incluindo aí os Passes, a Água Magnetizada e a intervenção fluídica do mundo espiritual. Neste contexto, é importante frisar que a legítima cura verdadeiramente espiritual é a transformação moral da criatura para o bem, pois, elevando a vibração, em função da elevação de valores espirituais e melhoria de sentimentos, pensamentos e ações, iniciaria efetivamente o processo de tratamento real da causalidade das enfermidades espirituais que são a causa primária das afecções perispirituais e físicas.
 
O próprio Divaldo Franco narra que, em suas palestras, ocorre um número incontável de cirurgias no perispírito dos indivíduos que estão assistindo a conferência, pois, em função da elevação de pensamentos, sentimentos e propósitos na reunião, acontece uma maior elevação de condição espiritual dos assistentes, favorecendo maior sintonia fluídica com os protetores espirituais e viabilizando a eficácia da intervenção espiritual.
 
Para concluir, seria interessante lembrar o famoso caso evangélico da multiplicação de pães e subsequente alimentação das multidões com cinco pães e dois peixes. Nesta interessante ocorrência, Jesus pode ter se valido do somatório dos ectoplasmas gerados por Ele e por seus Apóstolos, além dos fluidos dos Espíritos desencarnados superiores que estavam acompanhando a passagem. Ademais, essências vegetais podem ter sido trazidas para o local, o que explicaria a sensação de saciedade dos presentes. Com relação à multiplicação dos pães propriamente dita, poderia ter sido simplesmente um transporte ou uma materialização em que o auxílio dos Apóstolos, que eram grandes médiuns de efeitos físicos, pode ter contribuído de forma significativa. Ademais, não podemos esquecer o magnetismo pessoal de Jesus e de sua mensagem, o que certamente tornava sua preleção profundamente atraente e tranquilizante, sob os mais profundos aspectos. Obviamente, nesta análise estamos admitindo a possibilidade da ocorrência literal destes fatos, o que pode não ter acontecido exatamente como os textos relatam.
 
Fonte: O Consolador
 
 
  
 
 
 
Os 38 "milagres" de Jesus na visão espírita
 
Ivan René Franzolin
 
O espiritismo adota o conceito da ciência quanto aos fenômenos denominados de milagres, entendendo que eles, simplesmente não existem! A ciência parte da premissa que a natureza obedece a leis naturais; sua função é descobrir essas leis e agir sobre as causas, para fazer que o mesmo fenômeno se reproduza quando for desejado. Quando um determinado fenômeno não se explica com as leis já conhecidas, a ciência segue dois caminhos: considera que houve algum tipo de artifício/mal-entendido ou que é preciso estudar e pesquisar mais sobre o assunto. Em relação as ocorrências contidas nos evangelhos, a ciência tem preferido seguir apenas pelo primeiro caminho.
 
A ciência espírita, embora também se baseie na existência de leis naturais, difere da ciência oficial, por acreditar que elas atuam sobre a parte espiritual da criação, refletindo na matéria. Difere ainda, de modo fundamental, quando aceita a existência e o uso de um sentido novo conhecido por mediunidade, além dos cinco conhecidos, para aplicar os métodos experimentais necessários ao exame e estudo científico dos fatos.
 
Para o espiritismo, sendo perfeito Criador — perfeitas são suas leis e naturais os fenômenos da vida. É difícil para nós — os humanos, imaginarmos um sistema perfeito que atenda a todas as necessidades sem apresentar qualquer desvantagem e ainda possa acompanhar a transformação do mundo, trazendo só benefícios e assegurando um bom destino a toda a criação, variando apenas a dimensão temporal.
 
Paradoxalmente à perfeição absoluta que entendemos o Criador, acabamos pensando que há erros, injustiças, esquecimentos. Acabamos imaginando que precisamos alertar e pedir constantemente a interferência divina em nosso dia-a-dia. Acabamos concluindo que Deus atende aos desejos de uma minoria privilegiada, curando uns, oferecendo uma sobrevida a outros, mas deixando multidões submetidas aos mais diferentes tipos de sofrimento. O espiritismo veio explicar, ou melhor, dar as primeiras explicações sobre a lei de ação e reação que faz repercutir em cada um os seus próprios atos e pensamentos, a lei de cooperação, a lei de sintonia, a lei de progresso, a lei de justiça e outras tantas que apesar de derrubarem nossa crença nos milagres, faz engrandecer ainda mais nossa compreensão de Deus, aumentando nossa confiança, trazendo explicações e consolo em nossos problemas, dando forças para enfrentar as dificuldades, motivando e oferecendo subsídios para a nossa transformação interior rumo à felicidade plena.
 
Historicamente, o homem sempre necessitou do amparo da dor ou do fenômeno surpreendente, para acreditar em Deus, em si mesmo e nas forças naturais do universo que escapam ao exame dos sentidos comuns. Por isso os milagres tem tido um papel relevante na transformação moral do homem. Todavia, na medida em que os ser cresce e se desenvolve, deixa para trás o período natural de infância e passa a não precisar dos mesmos estímulos para sentir, crer e entender. A doutrina espírita atinge primeiro os seres que almejam mais conhecimentos e anseiam pela depuração de seus sentimentos.
 
Acima de toda a nova compreensão que hoje temos, os milagres ainda nos encantam, particularmente aqueles ocorridos pela influência do mestre Jesus. É fascinante ler e estudar esses fenômenos, procurando descobrir suas causas, as leis que os regem, sabendo que eles estão disponíveis para todos nós, aguardando nossa capacitação. É fascinante acompanhar o desenrolar dos milagres e procurar desvendar a beleza contida na intenção e nos sentimentos que originam cada um, próprios de um ser evolutivamente muito acima de nós. Precisamos ver o que cada fato extraordinário está tentando nos dizer. Como eles foram produzidos tem uma importância secundária, face ao que eles podem significar e ensinar sobre a natureza espiritual do homem.
 
São 38 fenômenos relatados nos quatro evangelhos, ocorridos pela intervenção direta ou indireta de Jesus. Lucas apresenta o maior número: 25, talvez por seu interesse em medicina e João relata apenas 10. A maior parte dos "milagres" trata de curas. Somente dois são relatados nos quatro evangelhos, treze aparecem em três evangelhos, 9 em dois evangelhos e 14 apenas em um evangelho.
 
Fonte: Portal do Espírito

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