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terça-feira, 3 de junho de 2014

Evangelho e Espiritismo

Longe de negar ou destruir o Evangelho, ao contrário, o Espiritismo vem confirmá-lo, explicar e desenvolver, pelas novas leis da natureza que ele revela, tudo quanto o Cristo disse e fez; projeta a luz sobre pontos obscuros de seu ensino, de tal modo que aqueles para os quais certas partes do Evangelho eram inatingíveis, ou pareciam inadmissíveis, as compreendem sem esforço ou auxílio do Espiritismo, e as admitem. Veem melhor o seu alcance e podem separar a realidade da alegoria. O Cristo lhes parece maior: não é mais um simples filósofo, é um Messias divino. (R.E., setembro de 1687, “Caráter da Revelação Espírita”, nº 41)(1)
Se considerar-se, além disso, o poder moralizador do Espiritismo, pelo fim que ele assina a todas as ações da vida, pelas consequências do bem e do mal, que faz tocar com o dedo; a força moral, a coragem, as consolações que dá nas aflições por uma inalterável confiança no futuro, pelo pensamento de ter perto de si os seres que foram amados, a segurança de os rever, a possibilidade de entreter-se com eles, enfim, pela certeza de que tudo quanto se faz, de tudo quanto se adquire em inteligência, em ciência, em moralidade, até a última hora da vida, nada fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento, reconhecer-se-á que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa de seu advento se acha mesmo realizada, porque, de fato, ele é que é o verdadeiro Consolador. (R.E., setembro de 1687, “Caráter da Revelação Espírita”, nº 42)(1)
O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da religião: Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras; sobretudo porque mostra que essas penas e recompensas são corolários naturais da vida terrestre e, ainda, porque no quadro que apresenta do futuro, nada há que a razão mais exigente possa recusar. (L.E., Conclusão V)(2)
Eu vos digo em verdade que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido. (Ev., Prefácio)(3)
O Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance. Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá. (Ev., I 9)(3)
Ensinam os Espíritos qualquer moral nova, qualquer coisa superior ao que disse o Cristo? Não, o Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus.
Os Espíritos vêm não só confirmá-la, mas também mostrar-nos a sua utilidade prática. Tornam inteligíveis e patentes verdades que haviam sido ensinadas sob a forma alegórica. E, justamente com a moral, trazem-nos a definição dos mais abstratos problemas da psicologia.
Jesus veio mostrar aos homens o caminho do verdadeiro bem.
Deus envia hoje os Espíritos, a fim de lembrarem novamente aos homens, e com maior precisão, para tudo sacrificar ao orgulho e à cobiça. (L.E., Conclusão VIII)(2)
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo; preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da Lei: ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. (Ev., VI 4)(3)
Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres.
Essa a fé que o Espiritismo faculta, e que doravante será o eixo em torno do qual girará o gênero humano, quaisquer que sejam os cultos e as crenças particulares.
O Espiritismo leva aos resultados que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro.

1. KARDEC, Allan. Revista Espírita.
2. ________. O Livro dos Espíritos.
3. ________. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

http://oclarim.org/site/
 

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